Inventem-se novos fãs
Em 1994, Daniel Sampaio, (re)conhecido psiquiatra e autor de vários best-sellers acerca do autoconhecimento humano lançava Inventem-se Novos Pais, a obra que lhe grangeou fama e onde expunha a melhor forma de os progenitores lidarem com filhos adolescentes. Inspirado no título, afirmo sem pejo que o Metal português necessita, urgentemente, que se inventem novos fãs. Mais críticos, pensantes, interventivos.
Sem pretender generalizar (o que, além de profundamente injusto, seria irresponsável), verifico nalguns espaços, físicos e virtuais, uma inquietante tendência para o "carneirismo". Com efeito, demasiados fãs aceitam acriticamente a opinião da maioria, mesmo que no seu íntimo defendam a tese contrária à do "rebanho" (as "palmadinhas" cínicas nas costas, os sorrisos forçados e as frases de incentivo, vazias de sinceridade, representam bem este infeliz cenário).
Não menos triste do que esta atitude passiva é a incapacidade que algumas personagens denotam para esgrimir opiniões de forma séria, construtiva, válida, justificada, perspectivando a evolução e o desenvolvimento do Metal. Infelizmente, abunda o gracejo, o sarcasmo, a piada fácil, o cinismo e a troça dirigidos a todos quantos "ousam" apresentar soluções, alternativas, sugestões e ideias para o desenvolvimento do nosso Metal. Debater as questões e os desafios, maiores ou menores, que se colocam à música de peso nacional, é algo mal visto. Aliás, numa cena com enorme percentagem de jovens abaixo dos 25 anos, que sempre viveram em Democracia, a crítica selvagem à pluralidade de opinião deixa-me preocupado.
Prevalece nalgumas franjas desta população (sublinho o vocábulo "algumas") uma perspectiva retrógrada e ortodoxa da música pesada. É o vazio de ideias, incapacidade de reflexão e posicionamento intransigente, quase autoritário, que certos elementos da geração P2P têm para oferecer. Que legitimidade possuem para criticar quando se remetem às palas nos olhos, recusando olhar para os lados? Quando mal conhecem os assuntos sobre os quais tentam se pronunciar-se? Quando não formulam opinião válida e consistente? Quando nada fazem pelo Metal? Que legitimidade têm para julgar quem questiona, legitimamente (ho, sacrilégio dos sacrilégios), as "instituições" do Metal português? Para bem do nosso Underground, que se inventem novos fãs. E já!
Dico
Sem pretender generalizar (o que, além de profundamente injusto, seria irresponsável), verifico nalguns espaços, físicos e virtuais, uma inquietante tendência para o "carneirismo". Com efeito, demasiados fãs aceitam acriticamente a opinião da maioria, mesmo que no seu íntimo defendam a tese contrária à do "rebanho" (as "palmadinhas" cínicas nas costas, os sorrisos forçados e as frases de incentivo, vazias de sinceridade, representam bem este infeliz cenário).
Não menos triste do que esta atitude passiva é a incapacidade que algumas personagens denotam para esgrimir opiniões de forma séria, construtiva, válida, justificada, perspectivando a evolução e o desenvolvimento do Metal. Infelizmente, abunda o gracejo, o sarcasmo, a piada fácil, o cinismo e a troça dirigidos a todos quantos "ousam" apresentar soluções, alternativas, sugestões e ideias para o desenvolvimento do nosso Metal. Debater as questões e os desafios, maiores ou menores, que se colocam à música de peso nacional, é algo mal visto. Aliás, numa cena com enorme percentagem de jovens abaixo dos 25 anos, que sempre viveram em Democracia, a crítica selvagem à pluralidade de opinião deixa-me preocupado.
Prevalece nalgumas franjas desta população (sublinho o vocábulo "algumas") uma perspectiva retrógrada e ortodoxa da música pesada. É o vazio de ideias, incapacidade de reflexão e posicionamento intransigente, quase autoritário, que certos elementos da geração P2P têm para oferecer. Que legitimidade possuem para criticar quando se remetem às palas nos olhos, recusando olhar para os lados? Quando mal conhecem os assuntos sobre os quais tentam se pronunciar-se? Quando não formulam opinião válida e consistente? Quando nada fazem pelo Metal? Que legitimidade têm para julgar quem questiona, legitimamente (ho, sacrilégio dos sacrilégios), as "instituições" do Metal português? Para bem do nosso Underground, que se inventem novos fãs. E já!
Dico