Entrevista Byzantine
VENENO DE SERPENTE
Do pacato estado de West Virginia, nos Estados Unidos, surge um dos actos mais surpreendentes da nova vaga de metal norte-americana. Não presumíveis de se reduzir a vulgar metalcore mas sim misturado com thrash metal (na veia de uns Meshuggah), a melodia de uns Killswitch Engage e ainda solos à Pantera - com uns requintes tribais aqui e ali -, os Byzantine assinam um dos mais surpreendentes trabalhos que nos chegou ultimamente. De seu nome “...And They Shall Take Up Serpents” [2005] sucede a “The Fundamental Component” de 2003, e ameaça trazer rapidamente os Byzantine para a ribalta das novas tendências do metal extremo. São compostos por apenas 3 elementos – Chris “OJ” Ojeda [vocalista, guitarrista], Tony Rorhbough [guitarrista, baixista] e Matt Wolfe [baterista]. Chris Adler [baterista de Lamb Of God] apadrinhou este projecto...Percebemos bem porquê. Do outro lado do Atlântico – Matt Wolfe.
Quando decidiram formar os Byzantine?
A ideia partiu do OJ, do Tony e do nosso antigo baixista – o Chris – que formaram o grupo há cinco anos atrás. Eu juntei-me à banda um bocado mais tarde, à três anos atrás mais precisamente
Vocês fizeram parte de outras bandas antes, certo? Não conseguiram realizar-se nestes projectos antigos?
Sim, passámos por outras bandas antes, mas torna-se um bocado difícil notabilizarmo-nos quando estamos localizados onde estamos...
Fala-nos dos vossos gostos musicais…
Eu oiço imenso metal mais antigo, nomeadamente Thrash. Também muito jazz e blues... Basicamente, tudo o que envolva talento.
E em relação ao universo Byzantine? Sentes que se trata de algo realmente refrescante?
Pelo menos sinto que não é tão maçador como muita coisa que há por aí...
Algumas pessoas dizem que o facto de vocês viverem em West Virginia, um lugar sem um verdadeiro panorama metálico, faz de vocês uma banda com um som muito próprio...
Eu penso que este facto tem contribuído para nos separarmos de uma cena actual algo saturada dentro da musica de peso. Eu penso que temos um som diferente de muitas bandas que andam por aí hoje em dia e ser de West Virginia é de facto uma grande razão para isso.
Tanto quanto sei o Chris Adler [baterista dos Lamb Of God] foi um importante elemento no lançamento da vossa carreira...
Sim! O Chris ouviu algum material das nossas velhas demos na internet e sacou-os, penso que foi assim... Portanto, sendo o individuo porreiro que é, assinou-nos pela sua antiga editora.
Vocês têm feito muitos concertos com eles, bem como com outros nomes muito conhecidos. Como te sentes em relação a essas experiências?
Têm sido experiências muito enriquecedoras. Penso que nos ajudou muito, como músicos, a pagar as nossas contas...
Falando agora do vosso novo álbum…Como é que ele tem sido recebido?
Estou certo que ele poderá parecer estranho nas primeiras audições. Mas nós quisemos escrever um álbum complexo e denso que fosse crescendo à medida que o ouvinte o fosse escutando.
Quais as diferenças entre este novo álbum e o anterior “The Fundamental Component”? Achas que conseguiram atingir todos os vossos objectivos com este novo trabalho?
Bem, nós somos todos muito perfeccionistas, por isso penso que nunca vamos atingir todos os nossos objectivos à medida que as gravações decorrem, mas chegamos bem perto desta vez. O “The Fundamental Component” podia ter sido muito mais trabalhado a nível de mixagem e da masterização, mas ficamos sem tempo nem dinheiro para isso. Eu penso que ele resultou bem, mas sempre haverão coisas que iremos querer mudar.
Fala-nos dos temas que vocês gostam de abordar... O último “The Fundamental Component” falava muito da religião e dos problemas da sociedade. E quanto a este, o que vos inspirou?
O OJ é que escreve a maioria das letras. Muitas delas são sobre assuntos relacionados com a nossa localidade, porque é o que conhecemos e sentimos. Alguns dos temas têm significados múltiplos e penso que cabe ao ouvinte retirar o sentido que quer de cada tema.
E porquê o nome Byzantine?
O OJ apareceu com o nome porque passou uma vista de olhos pelo dicionário e o significado de Byzantine era: “carregado por um cruel e método subjugado”; e ainda “complexo”, o que efectivamente encaixa muito bem no nosso som.
Vocês finalmente têm um álbum a circular na Europa. Isto ainda não havia acontecido ou já?
Ambos os nossos álbuns foram editados na Europa, pelo menos assim espero!(risos) É suposto estarem.
E quanto a concertos, já estiveram na Europa?
Tivemos em tournée no Reino Unido duas vezes, mas nunca tivemos oportunidade ainda de ir para o velho continente.
E desta vez há hipóteses disso acontecer?
Bem, nós realmente gostaríamos muito, mas teremos que fazer um grande esforço financeiro para ir para a Europa. Da última vez que fomos para o Reino Unido regressamos a casa num estado financeiro muito debilitado.
Pois, realmente as coisas são difíceis... Pelo que li, o OJ ainda mantém dois empregos, um de entregas de pizza ao domicílio e outro numa empresa de justiça, para poder se sustentar...
Pois...Definitivamente, ainda não ganhamos o dinheiro suficiente para poder viver disto.
No entanto, devem estar ansiosos por aqui vir, pois sabe-se que o público europeu está mais sintonizado com o vosso som do que o americano...
Eu penso que nos íamos dar bem na Europa. Lá as pessoas têm uma melhor apreciação de música.
PLAYLIST MATT WOLF
Forbidden - "Twisted Into Form"
Darkane - "Layer Of Lies"
Overkill - "Horrorscope"
Iron Maiden - "Seventh Son Of A Seventh Son"
Demolition Hammer - "Time Bomb"
Nuno Costa
Do pacato estado de West Virginia, nos Estados Unidos, surge um dos actos mais surpreendentes da nova vaga de metal norte-americana. Não presumíveis de se reduzir a vulgar metalcore mas sim misturado com thrash metal (na veia de uns Meshuggah), a melodia de uns Killswitch Engage e ainda solos à Pantera - com uns requintes tribais aqui e ali -, os Byzantine assinam um dos mais surpreendentes trabalhos que nos chegou ultimamente. De seu nome “...And They Shall Take Up Serpents” [2005] sucede a “The Fundamental Component” de 2003, e ameaça trazer rapidamente os Byzantine para a ribalta das novas tendências do metal extremo. São compostos por apenas 3 elementos – Chris “OJ” Ojeda [vocalista, guitarrista], Tony Rorhbough [guitarrista, baixista] e Matt Wolfe [baterista]. Chris Adler [baterista de Lamb Of God] apadrinhou este projecto...Percebemos bem porquê. Do outro lado do Atlântico – Matt Wolfe.
Quando decidiram formar os Byzantine?
A ideia partiu do OJ, do Tony e do nosso antigo baixista – o Chris – que formaram o grupo há cinco anos atrás. Eu juntei-me à banda um bocado mais tarde, à três anos atrás mais precisamente
Vocês fizeram parte de outras bandas antes, certo? Não conseguiram realizar-se nestes projectos antigos?
Sim, passámos por outras bandas antes, mas torna-se um bocado difícil notabilizarmo-nos quando estamos localizados onde estamos...
Fala-nos dos vossos gostos musicais…
Eu oiço imenso metal mais antigo, nomeadamente Thrash. Também muito jazz e blues... Basicamente, tudo o que envolva talento.
E em relação ao universo Byzantine? Sentes que se trata de algo realmente refrescante?
Pelo menos sinto que não é tão maçador como muita coisa que há por aí...
Algumas pessoas dizem que o facto de vocês viverem em West Virginia, um lugar sem um verdadeiro panorama metálico, faz de vocês uma banda com um som muito próprio...
Eu penso que este facto tem contribuído para nos separarmos de uma cena actual algo saturada dentro da musica de peso. Eu penso que temos um som diferente de muitas bandas que andam por aí hoje em dia e ser de West Virginia é de facto uma grande razão para isso.
Tanto quanto sei o Chris Adler [baterista dos Lamb Of God] foi um importante elemento no lançamento da vossa carreira...
Sim! O Chris ouviu algum material das nossas velhas demos na internet e sacou-os, penso que foi assim... Portanto, sendo o individuo porreiro que é, assinou-nos pela sua antiga editora.
Vocês têm feito muitos concertos com eles, bem como com outros nomes muito conhecidos. Como te sentes em relação a essas experiências?
Têm sido experiências muito enriquecedoras. Penso que nos ajudou muito, como músicos, a pagar as nossas contas...
Falando agora do vosso novo álbum…Como é que ele tem sido recebido?
Estou certo que ele poderá parecer estranho nas primeiras audições. Mas nós quisemos escrever um álbum complexo e denso que fosse crescendo à medida que o ouvinte o fosse escutando.
Quais as diferenças entre este novo álbum e o anterior “The Fundamental Component”? Achas que conseguiram atingir todos os vossos objectivos com este novo trabalho?
Bem, nós somos todos muito perfeccionistas, por isso penso que nunca vamos atingir todos os nossos objectivos à medida que as gravações decorrem, mas chegamos bem perto desta vez. O “The Fundamental Component” podia ter sido muito mais trabalhado a nível de mixagem e da masterização, mas ficamos sem tempo nem dinheiro para isso. Eu penso que ele resultou bem, mas sempre haverão coisas que iremos querer mudar.
Fala-nos dos temas que vocês gostam de abordar... O último “The Fundamental Component” falava muito da religião e dos problemas da sociedade. E quanto a este, o que vos inspirou?
O OJ é que escreve a maioria das letras. Muitas delas são sobre assuntos relacionados com a nossa localidade, porque é o que conhecemos e sentimos. Alguns dos temas têm significados múltiplos e penso que cabe ao ouvinte retirar o sentido que quer de cada tema.
E porquê o nome Byzantine?
O OJ apareceu com o nome porque passou uma vista de olhos pelo dicionário e o significado de Byzantine era: “carregado por um cruel e método subjugado”; e ainda “complexo”, o que efectivamente encaixa muito bem no nosso som.
Vocês finalmente têm um álbum a circular na Europa. Isto ainda não havia acontecido ou já?
Ambos os nossos álbuns foram editados na Europa, pelo menos assim espero!(risos) É suposto estarem.
E quanto a concertos, já estiveram na Europa?
Tivemos em tournée no Reino Unido duas vezes, mas nunca tivemos oportunidade ainda de ir para o velho continente.
E desta vez há hipóteses disso acontecer?
Bem, nós realmente gostaríamos muito, mas teremos que fazer um grande esforço financeiro para ir para a Europa. Da última vez que fomos para o Reino Unido regressamos a casa num estado financeiro muito debilitado.
Pois, realmente as coisas são difíceis... Pelo que li, o OJ ainda mantém dois empregos, um de entregas de pizza ao domicílio e outro numa empresa de justiça, para poder se sustentar...
Pois...Definitivamente, ainda não ganhamos o dinheiro suficiente para poder viver disto.
No entanto, devem estar ansiosos por aqui vir, pois sabe-se que o público europeu está mais sintonizado com o vosso som do que o americano...
Eu penso que nos íamos dar bem na Europa. Lá as pessoas têm uma melhor apreciação de música.
PLAYLIST MATT WOLF
Forbidden - "Twisted Into Form"
Darkane - "Layer Of Lies"
Overkill - "Horrorscope"
Iron Maiden - "Seventh Son Of A Seventh Son"
Demolition Hammer - "Time Bomb"
Nuno Costa