Entrevista Jon Oliva's Pain
EM ESTADO DE ALERTA
Quando se possui verdadeira alma e paixão, concebem-se músicos que se mantêm arejados e saudavelmente activos durante muitos anos. Partindo de um envolvimento hereditário e muito precoce com a música, foi com apenas 19 anos, mais precisamente em 1979, que Jon Oliva fundou os seminais Savatage, ao lado de seu irmão Criss Oliva, e escreveu álbuns históricos como “Sirens”, “Hall Of The Mountain King” ou “Gutter Ballet”. Compositor ávido e distinto, Jon Oliva decidiu, entretanto, em 1992, separar-se do grupo que o lançou para o mundo para dedicar mais tempo aos seus Doctor Butcher. Porém, o músico regressa surpreendentemente, em 2001, para dar voz a “Poets And Madmen”. Revelando-se sol de pouca dura, o grupo da Florida acaba por afastar-se, embora mantendo os seus elementos próximos no projecto instrumental Trans-Siberian Orchestra. Ainda assim, é apelando à sua independência inata que Jon Oliva cria os seus Jon Oliva’s Pain, em 2003, para deixar jorrar a sua transbordante criatividade. Este projecto serve igualmente para o vocalista e teclista cravar e esterilizar as suas feridas pessoais, nomeadamente as da perca de seu irmão Criss e, muito recentemente, do seu grande amigo e produtor de longa data Greg “Super G” Marchak, que gerou tanto “assombro” como motivação durante a gravação de “Global Warning”, o seu terceiro trabalho com este projecto. Este é, por isso mesmo, também um tributo aos seus ente queridos que o deixaram e um incontestável contributo de classe para o Rock e Heavy Metal de costela tradicional e progressiva. Apesar do momento complicado que vivem, para Jon e Christopher Kinder [baterista] não há motivos para a inspiração falhar, como demonstram na entrevista que se segue.
“Global Warning” resulta como um hino a alertar para as atrocidades que o Homem está a infligir no nosso planeta. Significa que também estão preocupados com o assunto...
Chris: Sim, com certeza! Olhem à vossa volta nos dias que correm... Será que existe alguém contente com o rumo que a Humanidade está a tomar? Honestamente, a maioria das pessoas levanta-se diariamente, vai para o trabalho e toma conta das suas famílias. E a maioria das pessoas deste planeta não são responsáveis pela situação em que nos encontramos actualmente. Existe uma minoria de população a forçar as suas vontades e a impor a sua ganância sobre os outros. Nem um único americano tem algo de bom a dizer sobre a guerra no Iraque, excepto os políticos... O que é que isto nos revela? Teríamos que ser cegos, burros e estúpidos para não percebermos que o sistema está 100% corrompido e vai continuar a declinar-se a menos que mudanças massivas sejam implementadas no mundo.
Olha para o futuro da Humanidade com algum positivismo?
Chris: Sim! Na América isto já aconteceu ao longo da sua história, mas se as pessoas à volta do globo não se agruparem e forçarem uma mudança verdadeira e positiva, podem esperar que o mesmo se continue a passar.
Sentiram uma dor enorme com o desaparecimento do Greg Marchak. Como foi trabalhar em estúdio dessa vez sem a sua presença? Compreendo se não quiserem falar deste assunto...
Chris: Temos que continuar a falar desse assunto e com grande admiração pela sua vida e legado. O Greg era um ser muito especial e um produtor e engenheiro fantástico. Ele era um autêntico membro da banda, mesmo que nunca estivesse em palco connosco. Qualquer verdadeiro músico sabe que é o esforço de todos que concebe o trabalho final de um disco. O Greg era um génio a extrair o que de melhor tínhamos para oferecer... E ela fazia-o com um sorriso e cuidado tremendo perante todos os detalhes dos Jon Oliva’s Pain!
Sentem que perderam alguma magia face à sua ausência durante a produção de “Global Warning”? Imagino até qual será a dedicatória especial deste disco...
Chris: No princípio, a gravação de “Global Warning” foi um processo muito, muito duro. Começámos a gravar apenas duas semanas após o seu falecimento. Contudo, aprendemos tanto com o Greg que a sua inspiração guiou-nos através de toda e qualquer sessão de gravação. Sentimos o seu espírito em todo o lado... E sabemos que ele está sempre connosco. Este disco foi para ele e acreditamos que isso é visível nas canções desse novo álbum e na performance da banda.
Chegaram a pôr a hipótese de cancelar as gravações de “Global Warning” após esse trágico acontecimento?
Jon: Nunca! O Greg nunca quereria que isso acontecesse.
Tem sido um verdadeiro guerreiro ao longo destes anos... Esta é a sua segunda enorme dor perante a perca de ente queridos. Esses acontecimentos servem-lhe de propósitos extra para escrever em suas memórias?
Jon: Sempre... Escrevo do coração e as canções que assino são sempre reflexões de experiências de vida, tanto passadas como presentes, boas e más.
Teve, por exemplo, algum dejá-vu ao escrever este novo trabalho?
Jon: Existem muitos temas que compus sob inspiração do meu irmão Criss e também da minha história nas lides da música. Voltar a ouvir as cassetes que o meu irmão guardava lembra-me muito quando eu e ele começámos a tocar quando ainda éramos adolescentes. Algum deste material é intemporal e vai continuar a fazer parte dos futuros lançamentos de Jon Oliva’s Pain.
Esta será, certamente, uma boa forma de o prestar tributo e senti-lo sempre ao seu lado...
Jon: Tê-lo a par do que eu e a banda grava será sempre uma prioridade. Se conseguirmos incluir as suas belas composições nos nossos futuros CD’s é porque ele continuará sempre connosco! O Criss viverá comigo em tudo o que fizer.
Como se sente hoje em relação à banda? A vossa consistência parece atingir o seu pico máximo neste terceiro trabalho...
Jon: Porquê? As bandas demoram anos a se desenvolverem e penso que, nesse aspecto, fazemos as coisas muito diferentes da maioria das bandas. Tentamos desafiar-nos e curtir o que fazemos. Raios, enquanto tiverem estes dois aspectos bem presentes na vossa música deixam de haver limitações em relação ao que pretendem atingir. Simplesmente tentamos escrever discos que não são unicamente para agradar os fãs, mas sim para desafiarmos as nossas capacidades para escrevermos grandes canções e captá-las em disco. Estamos, certamente, orgulhosos do “Global Warning” e isto é apenas o princípio dos Jon Oliva’s Pain.
Consta que se surpreenderam bastante com as vossas ideias enquanto compunham este terceiro álbum. Algumas delas parecem ter surgido, inclusive, de erros vossos! [risos]
Jon: Os erros são como que ingredientes acidentais numa, de outra forma, perfeita receita. A melhor comida é concebida exactamente da mesma forma. Tens que experimentar e levar-te aos limites e depois, inadvertidamente, do nada, alguém aparece com uma grande ideia para uma canção que todos tínhamos dado por concluída! Qualquer um dos nossos temas está aberto a mudanças até ao dia em que os gravamos. Se fecharmos a “janela” para essa oportunidade muito cedo, vamos perder a hipótese de saber como estes ficariam de outras maneiras. Esta é a razão por ser tão agradável trabalhar em Jon Oliva´s Pain. Tentaremos tudo até as coisas nos servirem da melhor forma.
Também costumam improvisar em estúdio. Registaram-se muitos momentos desses dessa vez?
Jon: Tirando as estruturas base dos temas, toda a gente era livre de tentar seja o que for que sentisse que podia melhorar a música. Esperamos que este fluir natural agrade aos fãs.
Continua a sentir-se como um hiper-criativo? Afinal de contas, criou este projecto para escoar o excesso de composições e ideias que tinha. Imagino que não seja muito dado a “bloqueios”…
Jon: Hoje em dia encontro mais inspiração do que nunca. O meu percurso musical foi preenchido com altos, baixos e algumas incertezas. Mas eu estou a entregar-me a um dom que me foi dado e estou sempre a ter ideias incríveis para músicas diariamente. Vivo tempos muito excitantes, sem dúvida.
Qual acha que é o segredo? Será que desenvolveu métodos ao longo de todos esses anos para evitar bloqueios criativos? A experiência será, com certeza, um factor favorável…
Jon: Apenas tento relaxar e deixar os meus dedos pronunciarem-se… Na verdade, é tão simples como isso!
JOP é o seu projecto a solo, creio não haver contestação. Contudo, assina todo o material que editam ou os vossos colegas de banda também contribuem com ideias?
Jon: Neste projecto tudo é feito em equipa. Se alguém na banda tem uma ideia melhor do que a minha, esta é imediatamente adicionada à música. Acima de tudo, funcionamos em prol das canções e não estamos preocupados com quem as escreve.
Descreva-me, musicalmente, este novo disco. Parece-me repleto de variedade…
Jon: Penso que este disco abrange muitas e boas influências que eu e a banda temos. Não tivemos medo de tentar tudo o que nos ia em mente e foram dadas plataformas as todas as ideias que tivemos para estas poderem desenvolver-se. Algumas ideias eram boas, outras não. Mas acontece que quando tens muitas ideias por entre escolher acabas por optar pela mais correcta.
Compreendo que esteja muito ocupado hoje em dia com o novo álbum de JOP. Porém, por onde passam os vossos planos com os seus projectos paralelos?
Jon: Neste momento, não tenho nada programado para eles.
Embora esta seja uma pergunta “perigosa”, arrisco-me a perguntar-lhe se existe alguma motivação para reunir-se com os seus colegas dos Savatage?
Jon: Os Savatage são, basicamente, os Trans-Siberian Orchestra [TSO] de hoje em dia… Este é um projecto que funciona durante um ano tanto em disco como em tournée e depois pára. JOP vai continuar a ser a minha principal fonte absorsora para a música que crio. Adoro tocar com estes músicos porque eles trazem muito boas ideias para a sala de ensaios. Aqui tenho o melhor de dois mundos.
Recentemente, falou-se na hipótese de ser editado um CD+DVD especial dos Savatage, ao vivo, do período em que o Criss tocava na banda. Esta sempre é para consumar-se?
Jon: Ainda estamos a decidir o que fazer. Assim que tivermos uma resposta far-lha-emos pública. A partir de agora o objectivo é lançar o próximo disco dos TSO e celebrar o lançamento de “Global Warning” em tournée. Por fim, quero agradecer os inúmeros anos de apoio. Não havia outra maneira de continuar sem a vossa ajuda. Espero que gostem do novo álbum de JOP e que surjam oportunidades para vos visitarmos… Estaríamos lá para celebrar com “bombeiros e sirenes”. Adoramo-vos a todos!
www.jonoliva.net
www.myspace.com/jonoliva
Quando se possui verdadeira alma e paixão, concebem-se músicos que se mantêm arejados e saudavelmente activos durante muitos anos. Partindo de um envolvimento hereditário e muito precoce com a música, foi com apenas 19 anos, mais precisamente em 1979, que Jon Oliva fundou os seminais Savatage, ao lado de seu irmão Criss Oliva, e escreveu álbuns históricos como “Sirens”, “Hall Of The Mountain King” ou “Gutter Ballet”. Compositor ávido e distinto, Jon Oliva decidiu, entretanto, em 1992, separar-se do grupo que o lançou para o mundo para dedicar mais tempo aos seus Doctor Butcher. Porém, o músico regressa surpreendentemente, em 2001, para dar voz a “Poets And Madmen”. Revelando-se sol de pouca dura, o grupo da Florida acaba por afastar-se, embora mantendo os seus elementos próximos no projecto instrumental Trans-Siberian Orchestra. Ainda assim, é apelando à sua independência inata que Jon Oliva cria os seus Jon Oliva’s Pain, em 2003, para deixar jorrar a sua transbordante criatividade. Este projecto serve igualmente para o vocalista e teclista cravar e esterilizar as suas feridas pessoais, nomeadamente as da perca de seu irmão Criss e, muito recentemente, do seu grande amigo e produtor de longa data Greg “Super G” Marchak, que gerou tanto “assombro” como motivação durante a gravação de “Global Warning”, o seu terceiro trabalho com este projecto. Este é, por isso mesmo, também um tributo aos seus ente queridos que o deixaram e um incontestável contributo de classe para o Rock e Heavy Metal de costela tradicional e progressiva. Apesar do momento complicado que vivem, para Jon e Christopher Kinder [baterista] não há motivos para a inspiração falhar, como demonstram na entrevista que se segue.
“Global Warning” resulta como um hino a alertar para as atrocidades que o Homem está a infligir no nosso planeta. Significa que também estão preocupados com o assunto...
Chris: Sim, com certeza! Olhem à vossa volta nos dias que correm... Será que existe alguém contente com o rumo que a Humanidade está a tomar? Honestamente, a maioria das pessoas levanta-se diariamente, vai para o trabalho e toma conta das suas famílias. E a maioria das pessoas deste planeta não são responsáveis pela situação em que nos encontramos actualmente. Existe uma minoria de população a forçar as suas vontades e a impor a sua ganância sobre os outros. Nem um único americano tem algo de bom a dizer sobre a guerra no Iraque, excepto os políticos... O que é que isto nos revela? Teríamos que ser cegos, burros e estúpidos para não percebermos que o sistema está 100% corrompido e vai continuar a declinar-se a menos que mudanças massivas sejam implementadas no mundo.
Olha para o futuro da Humanidade com algum positivismo?
Chris: Sim! Na América isto já aconteceu ao longo da sua história, mas se as pessoas à volta do globo não se agruparem e forçarem uma mudança verdadeira e positiva, podem esperar que o mesmo se continue a passar.
Sentiram uma dor enorme com o desaparecimento do Greg Marchak. Como foi trabalhar em estúdio dessa vez sem a sua presença? Compreendo se não quiserem falar deste assunto...
Chris: Temos que continuar a falar desse assunto e com grande admiração pela sua vida e legado. O Greg era um ser muito especial e um produtor e engenheiro fantástico. Ele era um autêntico membro da banda, mesmo que nunca estivesse em palco connosco. Qualquer verdadeiro músico sabe que é o esforço de todos que concebe o trabalho final de um disco. O Greg era um génio a extrair o que de melhor tínhamos para oferecer... E ela fazia-o com um sorriso e cuidado tremendo perante todos os detalhes dos Jon Oliva’s Pain!
Sentem que perderam alguma magia face à sua ausência durante a produção de “Global Warning”? Imagino até qual será a dedicatória especial deste disco...
Chris: No princípio, a gravação de “Global Warning” foi um processo muito, muito duro. Começámos a gravar apenas duas semanas após o seu falecimento. Contudo, aprendemos tanto com o Greg que a sua inspiração guiou-nos através de toda e qualquer sessão de gravação. Sentimos o seu espírito em todo o lado... E sabemos que ele está sempre connosco. Este disco foi para ele e acreditamos que isso é visível nas canções desse novo álbum e na performance da banda.
Chegaram a pôr a hipótese de cancelar as gravações de “Global Warning” após esse trágico acontecimento?
Jon: Nunca! O Greg nunca quereria que isso acontecesse.
Tem sido um verdadeiro guerreiro ao longo destes anos... Esta é a sua segunda enorme dor perante a perca de ente queridos. Esses acontecimentos servem-lhe de propósitos extra para escrever em suas memórias?
Jon: Sempre... Escrevo do coração e as canções que assino são sempre reflexões de experiências de vida, tanto passadas como presentes, boas e más.
Teve, por exemplo, algum dejá-vu ao escrever este novo trabalho?
Jon: Existem muitos temas que compus sob inspiração do meu irmão Criss e também da minha história nas lides da música. Voltar a ouvir as cassetes que o meu irmão guardava lembra-me muito quando eu e ele começámos a tocar quando ainda éramos adolescentes. Algum deste material é intemporal e vai continuar a fazer parte dos futuros lançamentos de Jon Oliva’s Pain.
Esta será, certamente, uma boa forma de o prestar tributo e senti-lo sempre ao seu lado...
Jon: Tê-lo a par do que eu e a banda grava será sempre uma prioridade. Se conseguirmos incluir as suas belas composições nos nossos futuros CD’s é porque ele continuará sempre connosco! O Criss viverá comigo em tudo o que fizer.
Como se sente hoje em relação à banda? A vossa consistência parece atingir o seu pico máximo neste terceiro trabalho...
Jon: Porquê? As bandas demoram anos a se desenvolverem e penso que, nesse aspecto, fazemos as coisas muito diferentes da maioria das bandas. Tentamos desafiar-nos e curtir o que fazemos. Raios, enquanto tiverem estes dois aspectos bem presentes na vossa música deixam de haver limitações em relação ao que pretendem atingir. Simplesmente tentamos escrever discos que não são unicamente para agradar os fãs, mas sim para desafiarmos as nossas capacidades para escrevermos grandes canções e captá-las em disco. Estamos, certamente, orgulhosos do “Global Warning” e isto é apenas o princípio dos Jon Oliva’s Pain.
Consta que se surpreenderam bastante com as vossas ideias enquanto compunham este terceiro álbum. Algumas delas parecem ter surgido, inclusive, de erros vossos! [risos]
Jon: Os erros são como que ingredientes acidentais numa, de outra forma, perfeita receita. A melhor comida é concebida exactamente da mesma forma. Tens que experimentar e levar-te aos limites e depois, inadvertidamente, do nada, alguém aparece com uma grande ideia para uma canção que todos tínhamos dado por concluída! Qualquer um dos nossos temas está aberto a mudanças até ao dia em que os gravamos. Se fecharmos a “janela” para essa oportunidade muito cedo, vamos perder a hipótese de saber como estes ficariam de outras maneiras. Esta é a razão por ser tão agradável trabalhar em Jon Oliva´s Pain. Tentaremos tudo até as coisas nos servirem da melhor forma.
Também costumam improvisar em estúdio. Registaram-se muitos momentos desses dessa vez?
Jon: Tirando as estruturas base dos temas, toda a gente era livre de tentar seja o que for que sentisse que podia melhorar a música. Esperamos que este fluir natural agrade aos fãs.
Continua a sentir-se como um hiper-criativo? Afinal de contas, criou este projecto para escoar o excesso de composições e ideias que tinha. Imagino que não seja muito dado a “bloqueios”…
Jon: Hoje em dia encontro mais inspiração do que nunca. O meu percurso musical foi preenchido com altos, baixos e algumas incertezas. Mas eu estou a entregar-me a um dom que me foi dado e estou sempre a ter ideias incríveis para músicas diariamente. Vivo tempos muito excitantes, sem dúvida.
Qual acha que é o segredo? Será que desenvolveu métodos ao longo de todos esses anos para evitar bloqueios criativos? A experiência será, com certeza, um factor favorável…
Jon: Apenas tento relaxar e deixar os meus dedos pronunciarem-se… Na verdade, é tão simples como isso!
JOP é o seu projecto a solo, creio não haver contestação. Contudo, assina todo o material que editam ou os vossos colegas de banda também contribuem com ideias?
Jon: Neste projecto tudo é feito em equipa. Se alguém na banda tem uma ideia melhor do que a minha, esta é imediatamente adicionada à música. Acima de tudo, funcionamos em prol das canções e não estamos preocupados com quem as escreve.
Descreva-me, musicalmente, este novo disco. Parece-me repleto de variedade…
Jon: Penso que este disco abrange muitas e boas influências que eu e a banda temos. Não tivemos medo de tentar tudo o que nos ia em mente e foram dadas plataformas as todas as ideias que tivemos para estas poderem desenvolver-se. Algumas ideias eram boas, outras não. Mas acontece que quando tens muitas ideias por entre escolher acabas por optar pela mais correcta.
Compreendo que esteja muito ocupado hoje em dia com o novo álbum de JOP. Porém, por onde passam os vossos planos com os seus projectos paralelos?
Jon: Neste momento, não tenho nada programado para eles.
Embora esta seja uma pergunta “perigosa”, arrisco-me a perguntar-lhe se existe alguma motivação para reunir-se com os seus colegas dos Savatage?
Jon: Os Savatage são, basicamente, os Trans-Siberian Orchestra [TSO] de hoje em dia… Este é um projecto que funciona durante um ano tanto em disco como em tournée e depois pára. JOP vai continuar a ser a minha principal fonte absorsora para a música que crio. Adoro tocar com estes músicos porque eles trazem muito boas ideias para a sala de ensaios. Aqui tenho o melhor de dois mundos.
Recentemente, falou-se na hipótese de ser editado um CD+DVD especial dos Savatage, ao vivo, do período em que o Criss tocava na banda. Esta sempre é para consumar-se?
Jon: Ainda estamos a decidir o que fazer. Assim que tivermos uma resposta far-lha-emos pública. A partir de agora o objectivo é lançar o próximo disco dos TSO e celebrar o lançamento de “Global Warning” em tournée. Por fim, quero agradecer os inúmeros anos de apoio. Não havia outra maneira de continuar sem a vossa ajuda. Espero que gostem do novo álbum de JOP e que surjam oportunidades para vos visitarmos… Estaríamos lá para celebrar com “bombeiros e sirenes”. Adoramo-vos a todos!
www.jonoliva.net
www.myspace.com/jonoliva
Nuno Costa