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Entrevista Rage

PERSEGUIDORES DA RAIVA

Um dos nomes mais emblemáticos do power metal germânico está de volta. Os veteranos Rage preparam-se para lançar no próximo dia 6 de Outubro o sucessor de “Unit” editado no ano passado e que dá pelo nome de “Soundchaser”. Com já 20 anos de carreira, o trio formado por Peter “Peavy” Wagner, Victor Smolski e Mike Terrana promete trazer-nos um dos seus melhores álbuns de sempre. A SounD(/)Zone aproveitou o excelente momento de forma da banda para conversar com o líder, vocalista e baixista “Peavy” acerca do seu novo trabalho.

Eu sei que deves estar farto desta pergunta, mas uma vez que muitos dos mais jovens não conhecem o vosso nome por aqui, podes fazer um breve resumo da história dos Rage?
Eu formei a banda em 1983 e lançámos o nosso primeiro álbum um ano mais tarde sob a designação de Avenger. Um ano mais tarde decidimos mudar o nosso nome para Rage uma vez que já existia uma banda britânica com esse nome. Em 88, tivemos a nossa ascensão na Europa e em 92 a nossa internacionalização. Em 96 começamos a trabalhar com uma orquestra lançando 3 álbuns, orquestra essa que nos viria a acompanhar em tourneé sendo esta a primeira vez que isto aconteceu com uma banda de metal. Entretanto, a banda teve 4 formações diferentes, de entre as quais recomendo a actual como a mais forte e lançou 17 álbuns, vários Eps, singles, compilações e outros lançamentos paralelos durante os últimos
20 anos...

O vosso novo álbum “Soundchaser” está prepaparado para ser lançadono próximo dia 6 de Outubro. Eu sei que vai trazer algumas surpresas. Gostarias de nos apresentar o novo álbum?
Eu considero o nosso novo álbum – Soundchaser – como um dos nossos melhores lançamentos (é claro que toda a gente diz sempre isso, mas desta vez é melhor acreditarem em mim). É um álbum conceptual que conta uma história inspirada por idéias de H.P. Lovecraft, que fala acerca das origens e das histórias de Biomechanoid, o “Soundchaser”, o robot que também já apareceu na capa do “Perfect Man” e do “Unity”. Musicalmente coeso e pesado, muito variado e com algumas das nossas melhores melodias e riffs.

Como foi gravar o álbum nos Mi Sueno Studios? Eu acredito que foi nessa altura que surgiu a ideia da participação especial do Andi Deris neste novo trabalho...
É verdade. Gravar nos estúdios do Andi foi como um dia feriado. Da maneira como ele nos tratou enquanto trabalhávamos e como velho amigo meu que é, era óbvio que ele iria cantar comigo. Foi tudo muito espontâneo e divertido...

Durante a vossa longa e bem sucedida carreira a banda gravou vários álbuns nos quais experimentou muitas maneiras de compor. No “Secrets In A Weird World” vocês mostraram-se mais experimentais, no seguinte “Reflections Of A Shadow” o som era mais radio friendly, no “Trapped” vocês mostraram-se verdadeiramente potentes. O “Missing Link” foi um álbum conceptual e vocês até gravaram um álbum com a Orquestra Sinfónica de Praga. Já te sentes inteiramente satisfeito como músico?
Há ainda muito mais para fazer e muitas mais canções para escrever. Todos estes álbuns são apenas paragens temporais, testemunhas do estado momentâneo da expressão criativa. Após um certo tempo já estou num estado diferente que quero explorar.

Muitos dos fãs e dos media consideram o álbum de 88 “Perfect Man” e uma das suas músicas -“Don’t Fear The Winter”- junto com o “Trapped”, as melhores e mais importantes gravações que vocês já fizeram. Concordas?
Estes álbuns são com certeza marcos importantes na carreira dos Rage. Eu considero o “Trapped” e o “Missing Link” igualmente importantes para o nosso reconhecimento internacional, assim como o “Lingua Mortis” e o “XIII” têm de ser mencionados e também o recente “Unity” que nos trouxe de novo para o centro do power metal.

Voltando mais atrás, tu mencionaste esta formação como a mais forte de sempre. Também já te ouvi dizer que esta era como uma “dream team”. No entanto, não receias que até mesmo essa formação também se possa separar como já aconteceu anteriormente com as outras?
Tu nunca podes adivinhar como as pessoas se vão desenvolver ao longo dos anos, é o mesmo que acontece numa relação entre homem e mulher. Só pelo facto de ninguém poder garantir a imortalidade isso não significa que não devas viver. Nós gostamos uns dos outros e gostamos da música que fazemos. Nós concordamos continuar a fazer música até podermos mas nós não temos controlo sobre muitas das circunstâncias que possam tornar possível a nossa permanência nisto. O negócio da música é um campo muito instável.

Fala-nos da paixão do Victor pelas corridas de carros!
O Victor é um piloto de corridas semi-profissional. Ele corre para a “Becker’s Racesport” e tem patrocínios de várias companhias. Ele neste momento está a correr em várias corridas importantes pela Europa. O melhor é informarem-se através do site www.victorsmolski.de.

Eu suponho que vocês já andam a preparar a próxima digressão Eu-ropeia com os Hello-ween. Que expectativas tens em relação a ela?
Eu penso que esta tournée vai ser muito boa para nós na medida em que vamos ter oportunidade de tocar em países onde já não tocamos há muito, bem como em outros onde nunca tocamos, o que nos dá a hipótese de fazer chegar a nossa música a novos fãs.

Suponho que estejas ansioso por cantar com o Andi na nova canção...
Acho que não iremos tocar esta canção com o Andi ao vivo.

Quando é que podemos esperar um concerto dos Rage em Portugal?
Nós temos uma data agendada para 17 de Novembro em Lisboa que está incluída na digressão com Helloween.

Nuno Costa
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