Especial October Loud - Psy Enemy
PSY ENEMY
A importância de conhecer o nosso labirinto psicológico, consciente ou inconsciente, bem como o que estimula ou inibe o comportamento humano foi o que levou Sigmund Freud a despender todas as suas energias para descobrir mais sobre o nosso Ser. A nova disciplina clínica derivada deste esforço, a Psicanálise [surgida na década de 1890], teve um grande contributo para a Humanidade e inspirou muitas análises e estudos, sendo mesmo que no meio do atlântico uma banda como os Psy Enemy revê fielmente a sua mensagem e conceito nas descobertas do neurologista austríaco. Inibir os nossos instintos “animalescos”, encarar a realidade e o eu tal qual ele é e viver com princípios morais e éticos incutidos que nos prometem tornar “fabulosos”, geram um conflito psicológico que os Psy Enemy, muito determinados, juntam à sua música. Tão clínica como a sua mensagem está a sua música: Metal obscuro repleto de intrincados compassos musicais, é o que se pode esperar no seu contexto artístico.
À semelhança do estigma que atinge muitas bandas açorianas [por exemplo, o facto dos seus jovens membros terem que deixar a sua localidade para estudar], os Psy Enemy têm andado arredados dos palcos há bastante tempo. No entanto, o seu vocalista, Miguel Raposo, garante que “o trabalho dos Psy Enemy nunca cessou”. Acrescenta ainda que “existiram alguns contratempos a nível pessoal, não colectivo” que os afectaram psicologicamente mas “o trabalho da banda nunca cessou nem nunca cessará”. “A tecnologia, hoje em dia, assim o permite”, conclui.
Já com seis anos de carreira uma das perguntas que, naturalmente, se impõe, até pelo estatuto de que a banda goza a nível local, é: para quando um disco? “Um registo é algo que ambicionamos fazer, mas só quando acharmos que estamos totalmente satisfeitos com o nosso trabalho. Continuaremos a trabalhar até esse dia aparecer”, diz Raposo.
Em relação à edição 2009 do October Loud, o vocalista não hesita em elogiar a sua organização: “É mais um festival organizado, e muito bem, por músicos! Está ainda em fase de crescimento e tende a ser um festival de culto no underground micaelense”. Raposo diz ainda que o esforço feito nos Açores deve ser realçado. “Afinal de contas já vi bandas que vieram de vários sítios do país e do mundo com espectáculos muito inferiores a algumas bandas regionais”.
Numa mensagem final em relação ao que podemos esperar do seu concerto, ficam as garantias: “Quem vê Psy Enemy ao vivo não espera ver sempre a mesma coisa. Para nós uma actuação não se resume a mostrar tatuagens ou penteados engraçados. Para nós há alturas em que não é bom. O exponencial de negatividade é muito alto; nem falamos muito depois dos concertos. Isto acontece porque sabemos bem o que estamos a fazer num palco, sabemos o que queremos transmitir às pessoas, mesmo que isso tenha repercussões em nós próprios. Acima de tudo, os membros dos Psy Enemy quando estão em palco são artistas; tornam-se parte da mensagem”. Ao seu jeito bem frontal, acrescenta: “Sejam verdadeiros naquilo que fazem e fodam-se para o que dizem os outros. Confiem sempre nas vossas capacidades e ignorem toda a gente. Ignorem tanto as críticas boas como as más. Contribuam para o bem maior”.
Line-up:
Miguel Raposo [voz]
Luís Silva [guitarra]
Fábio Amaro [guitarra]
Paulo Andrade [baixo]
Filipe Ponte [bateria]
Ano de formação: 2003
Estilo: Math Metal
Discografia: N/D
Site: www.myspace.com/psyenemy
A importância de conhecer o nosso labirinto psicológico, consciente ou inconsciente, bem como o que estimula ou inibe o comportamento humano foi o que levou Sigmund Freud a despender todas as suas energias para descobrir mais sobre o nosso Ser. A nova disciplina clínica derivada deste esforço, a Psicanálise [surgida na década de 1890], teve um grande contributo para a Humanidade e inspirou muitas análises e estudos, sendo mesmo que no meio do atlântico uma banda como os Psy Enemy revê fielmente a sua mensagem e conceito nas descobertas do neurologista austríaco. Inibir os nossos instintos “animalescos”, encarar a realidade e o eu tal qual ele é e viver com princípios morais e éticos incutidos que nos prometem tornar “fabulosos”, geram um conflito psicológico que os Psy Enemy, muito determinados, juntam à sua música. Tão clínica como a sua mensagem está a sua música: Metal obscuro repleto de intrincados compassos musicais, é o que se pode esperar no seu contexto artístico.
À semelhança do estigma que atinge muitas bandas açorianas [por exemplo, o facto dos seus jovens membros terem que deixar a sua localidade para estudar], os Psy Enemy têm andado arredados dos palcos há bastante tempo. No entanto, o seu vocalista, Miguel Raposo, garante que “o trabalho dos Psy Enemy nunca cessou”. Acrescenta ainda que “existiram alguns contratempos a nível pessoal, não colectivo” que os afectaram psicologicamente mas “o trabalho da banda nunca cessou nem nunca cessará”. “A tecnologia, hoje em dia, assim o permite”, conclui.
Já com seis anos de carreira uma das perguntas que, naturalmente, se impõe, até pelo estatuto de que a banda goza a nível local, é: para quando um disco? “Um registo é algo que ambicionamos fazer, mas só quando acharmos que estamos totalmente satisfeitos com o nosso trabalho. Continuaremos a trabalhar até esse dia aparecer”, diz Raposo.
Em relação à edição 2009 do October Loud, o vocalista não hesita em elogiar a sua organização: “É mais um festival organizado, e muito bem, por músicos! Está ainda em fase de crescimento e tende a ser um festival de culto no underground micaelense”. Raposo diz ainda que o esforço feito nos Açores deve ser realçado. “Afinal de contas já vi bandas que vieram de vários sítios do país e do mundo com espectáculos muito inferiores a algumas bandas regionais”.
Numa mensagem final em relação ao que podemos esperar do seu concerto, ficam as garantias: “Quem vê Psy Enemy ao vivo não espera ver sempre a mesma coisa. Para nós uma actuação não se resume a mostrar tatuagens ou penteados engraçados. Para nós há alturas em que não é bom. O exponencial de negatividade é muito alto; nem falamos muito depois dos concertos. Isto acontece porque sabemos bem o que estamos a fazer num palco, sabemos o que queremos transmitir às pessoas, mesmo que isso tenha repercussões em nós próprios. Acima de tudo, os membros dos Psy Enemy quando estão em palco são artistas; tornam-se parte da mensagem”. Ao seu jeito bem frontal, acrescenta: “Sejam verdadeiros naquilo que fazem e fodam-se para o que dizem os outros. Confiem sempre nas vossas capacidades e ignorem toda a gente. Ignorem tanto as críticas boas como as más. Contribuam para o bem maior”.
Line-up:
Miguel Raposo [voz]
Luís Silva [guitarra]
Fábio Amaro [guitarra]
Paulo Andrade [baixo]
Filipe Ponte [bateria]
Ano de formação: 2003
Estilo: Math Metal
Discografia: N/D
Site: www.myspace.com/psyenemy