Morbid Death - Tour Report [Pt. 1]
A banda estava preparada e prestes a partir para uma nova “aventura” em território nacional e a vontade de subir aos palcos era enorme. Ao todo, a nossa comitiva era composta por seis pessoas – Gualter Honrado, Paulo Bettencourt, Patrícia Santos, José Miranda [técnico de som], Rui Frias e Ricardo Santos.
No dia 30 de Maio, pelas 8h30, estávamos a entrar num Airbus da SATA Internacional com o nome “São Miguel”. Foi uma viagem calma. Cerca de duas horas depois começávamos a avistar o destino – Lisboa. À nossa espera estava um funcionário da rent-a-car que, depois de todos os requisitos e formalidades, entregou-nos uma viatura que seria, em Barroselas, o nosso “comando central”.
Ao fim de cerca de seis horas de viagem entre Lisboa e Barroselas já se notava um ambiente espectacular, com muito som das roulottes de comes-e-bebes a “bombar” [sempre heavy metal, claro!] e do recinto de espectáculos. Era um misto de sons que muitas vezes não se conseguia descodificar. Mas também isto pouco importava porque reinava um ambiente de amizade, confraternização e… havia muita cerveja, entre outras bebidas à mistura.
Depois de uma noite muito fria, o dia da nossa estreia tinha chegado – dia 1 de Maio! Começámos a actuar pouco depois das 17h00 e durante 35 minutos sentimo-nos muito bem, apesar do azar ter “batido à porta” da banda. Íamos sensivelmente a meio da actuação quando depois de um movimento mais brusco, magoei-me no joelho direito. E logo no SWR, logo quando estávamos no continente! Mais uma situação inédita para nós – ter tocado dois temas sentado devido às dores insuportáveis! Mas não podíamos deixar Barroselas comigo sentado numa cadeira. Então abdiquei dela e os últimos dois temas foram tocados com grande sacrifício da minha parte. Terminámos com ‘Miséria’, tema pedido por alguns presentes no público. Missão cumprida… e com excelente feedback.
O dia seguinte foi passado em conjunto com a comunidade metaleira presente e mal começaram os gigs lá estávamos nós. Após ter assistido a uma parte do concerto de Sodom achámos que estava na altura de deixarmos Barroselas, eram cerca da uma e meia da manhã! Foi uma noite inteira a conduzir. Muito cansativo mas, mesmo assim, lá estávamos em Lisboa, de novo.
Um bom banho de água quente e uma boa tarde de sono era o que mais desejávamos na altura. O banho foi concretizado mas o de sono ficou adiado… tínhamos que ir de imediato para o Santiago Alquimista! Ao chegarmos ao bar, informaram-nos que o mais certo era não haver espectáculo. Não queríamos acreditar no que estávamos a ouvir e tal situação deveu-se a um evento que houve no dia anterior em que uma das colunas avariou. A tarde estava a passar muito rapidamente e a situação continuava na mesma… Após uma reunião entre o proprietário, promotor e bandas, chegou-se à conclusão que o evento iria em frente. Novo P.A. foi instalado.
Passada toda esta confusão, a noite chegou. Pouco vimos da actuação dos Desire porque tivemos que voltar à residencial para irmos buscar todo o merchandise e outras coisas que seriam necessárias. Tudo estava a correr bem quando, de repente, o azar voltou a “assombrar” a nossa actuação. O amplificador que o Rui estava a utilizar simplesmente começou a “falhar”! Com tudo isso tínhamos que terminar a nossa prestação de “cabeça erguida”. E foi o que fizemos, apesar de termos ficado um pouco tristes com tal situação. No teste de som estava tudo impecável mas parece que quando chega o momento da verdade, acontecem-nos coisas bizarras!
Hoje à noite [5 de Maio] será a nossa última actuação e esperemos que tudo corra sem quaisquer contratempos…
Ricardo Santos
[vocalista/baixista Morbid Death]
No dia 30 de Maio, pelas 8h30, estávamos a entrar num Airbus da SATA Internacional com o nome “São Miguel”. Foi uma viagem calma. Cerca de duas horas depois começávamos a avistar o destino – Lisboa. À nossa espera estava um funcionário da rent-a-car que, depois de todos os requisitos e formalidades, entregou-nos uma viatura que seria, em Barroselas, o nosso “comando central”.
Ao fim de cerca de seis horas de viagem entre Lisboa e Barroselas já se notava um ambiente espectacular, com muito som das roulottes de comes-e-bebes a “bombar” [sempre heavy metal, claro!] e do recinto de espectáculos. Era um misto de sons que muitas vezes não se conseguia descodificar. Mas também isto pouco importava porque reinava um ambiente de amizade, confraternização e… havia muita cerveja, entre outras bebidas à mistura.
Depois de uma noite muito fria, o dia da nossa estreia tinha chegado – dia 1 de Maio! Começámos a actuar pouco depois das 17h00 e durante 35 minutos sentimo-nos muito bem, apesar do azar ter “batido à porta” da banda. Íamos sensivelmente a meio da actuação quando depois de um movimento mais brusco, magoei-me no joelho direito. E logo no SWR, logo quando estávamos no continente! Mais uma situação inédita para nós – ter tocado dois temas sentado devido às dores insuportáveis! Mas não podíamos deixar Barroselas comigo sentado numa cadeira. Então abdiquei dela e os últimos dois temas foram tocados com grande sacrifício da minha parte. Terminámos com ‘Miséria’, tema pedido por alguns presentes no público. Missão cumprida… e com excelente feedback.
O dia seguinte foi passado em conjunto com a comunidade metaleira presente e mal começaram os gigs lá estávamos nós. Após ter assistido a uma parte do concerto de Sodom achámos que estava na altura de deixarmos Barroselas, eram cerca da uma e meia da manhã! Foi uma noite inteira a conduzir. Muito cansativo mas, mesmo assim, lá estávamos em Lisboa, de novo.
Um bom banho de água quente e uma boa tarde de sono era o que mais desejávamos na altura. O banho foi concretizado mas o de sono ficou adiado… tínhamos que ir de imediato para o Santiago Alquimista! Ao chegarmos ao bar, informaram-nos que o mais certo era não haver espectáculo. Não queríamos acreditar no que estávamos a ouvir e tal situação deveu-se a um evento que houve no dia anterior em que uma das colunas avariou. A tarde estava a passar muito rapidamente e a situação continuava na mesma… Após uma reunião entre o proprietário, promotor e bandas, chegou-se à conclusão que o evento iria em frente. Novo P.A. foi instalado.
Passada toda esta confusão, a noite chegou. Pouco vimos da actuação dos Desire porque tivemos que voltar à residencial para irmos buscar todo o merchandise e outras coisas que seriam necessárias. Tudo estava a correr bem quando, de repente, o azar voltou a “assombrar” a nossa actuação. O amplificador que o Rui estava a utilizar simplesmente começou a “falhar”! Com tudo isso tínhamos que terminar a nossa prestação de “cabeça erguida”. E foi o que fizemos, apesar de termos ficado um pouco tristes com tal situação. No teste de som estava tudo impecável mas parece que quando chega o momento da verdade, acontecem-nos coisas bizarras!
Hoje à noite [5 de Maio] será a nossa última actuação e esperemos que tudo corra sem quaisquer contratempos…
Ricardo Santos
[vocalista/baixista Morbid Death]