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Review

SUPREME MAJESTY
“Elements Of Creation”

[CD – Massacre Records/Mastertrax]

Temos que admitir que no espectro power metal melódico já pouco ou nada surge para nos impressionar ou renovar a esperança de uma possível revolução no género, ou que lhe seja injectado novos elementos, novas perspectivas. O power metal melódico vive da sua agradabilidade harmoniosa, do seu magnetismo, das suas melodias e letras cantaroláveis, do seu peso, rapidez e técnica sempre apurada. Sendo assim temos aqui uma fórmula, que apesar de sempre muito rígida, envolta em algum conservadorismo até, consegue arrancar-nos sempre [ou quase sempre, claro] boas reacções e sensações, isto se se cumprir bem a mistura que se apontou atrás.

Deste modo, trabalhos como este “Elements Of Creation” [o terceiro dos Supreme Majesty] pode ser apontado como mais um [bom] elemento dentro do vasto e saturadíssimo espectro do power metal melódico. Quero com isto dizer, que mesmo assim, o potencial destes suecos é mais que suficiente para nos despertar a atenção para este disco. Do power metal típico que encontramos logo à entrada com “Soulseeker”, podemos ainda acrescentar a veia épica e neo-clássica dos Supreme Majesty com “Spellbound” e “King Of Warriors” [o nome já diz tudo, Raphsody ressalta-nos à mente] respectivamente. Para além destas características encontramos ainda umas dinâmicas progressivas, particularmente salientadas no despique entre guitarra e teclas presente no pequeno instrumental “The Quest Part 1”.

Felizmente, o factor baladas não tem aqui tanto peso como, já enjoativamente, nos acostumou a maioria dos trabalhos de power metal melódico hoje em dia. Isto significa que este trabalho acaba por sair ileso à passagem da power ballad “One More Promise” a meio do disco. Logo regressa a rapidez típica dos bombos e dos riffs de guitarra e assim o trabalho acaba por não soar enfadonho, agradecendo-se o cirúrgico equilíbrio entre peso, rapidez e melodia. Para terminar, não poderia fechar esta review sem falar do [alto] potencial técnico dos músicos aqui intervenientes! Falamos do recém-chegado guitarrista Tobias Wernersson, um autêntico portento de talento, capaz de “rasgar” com solos à lá Malmsteen. O vocalista Joakim Olsson é outra das estrelas desta companhia, demonstrando categoria internacional e potencial para ir muito mais além no futuro, não obstante as suas grandes semelhanças vocais com Joakim Larsson dos Europe.

Em suma, um trabalho de grande qualidade dentro do power metal, muito agradável mesmo para aqueles que acham que já não vale a pena ouvir trabalhos de power metal.

[8/10] N.C.
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