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Review

MORBIVS
“Morbius”

[DCD – Edição de autor]

Os Morbius, banda oriunda de Amarante e fundada em 1997 por Pinto [bateria], Cristiano [voz/guitarra] e Bruno [guitarra], traz-nos em 2003 uma estreia surpreendente no que diz respeito a sonoridades mais antigas no panorama nacional. Falamos de death/thrash metal técnico ao jeito de uns Death, Obituary, Carcass e ainda Destruction e Exodus no lado mais thrash que ainda preservam.

Embora tenham surgido há sete anos demoraram alguns anos até consolidarem a sua formação e sonoridade. Nos primeiros tempos a banda viu-se reduzida a trio por falta de um elemento que preenchesse o lugar de baixista. Entretanto, em 1998 Marco [ex-Ocium Animatus] ocupa este lugar, saltando um ano mais tarde para a guitarra quando Bruno abandona por desinteresse e divergências musicais. Victor é quem lhe sucede no baixo. Mais mutações estariam para vir. Victor sai e Né entra para o baixo em 2001, ano este em que os Morbius finalmente se estreiam ao vivo. Esta actuação viria a abrir portas para muitas outras actuações, principalmente pelo norte do país e ainda uma em Espanha num pub em Vigo.

2003 é a altura em que começam a registar esta demo juntamente com Pedro Mouga e Nuno Araújo nos estúdios Oxigénio. Durante esse procedimento Né sai e é Marco quem fica encarregue de gravar as linhas de baixo. O resultado que nos apresentam ao longo destes sete temas é um poderoso e técnico death metal com reminiscências thrash e guitarras frenéticas a extravasar em solos e riffs pesados e muito competentes. A bateria e o baixo mostram-se perfeitamente à altura, com principal destaque para a bateria. A voz remete-nos para o timbre de Chuck Schuldiner, voz essa que é também uma mais-valia neste trabalho, sendo que os Morbius bem se podem dar por contentes por nunca terem arranjado um outro vocalista fixo já que Cristiano desempenha as duas funções na perfeição. A produção também está bastante aceitável, principalmente ao nível de guitarras. A bateria é que, por vezes, dá a sensação de precisar de uns ligeiros ajustes, principalmente na faixa “Twisted Metal” em que parece mais abafada e "poeirenta".

No geral, o balanço é muito satisfatório e vem provar que em Portugal temos gente muito competente a desenvolver metal extremo e técnico à boa maneira antiga. Os Morbius são certamente uns ilustres representantes nesta categoria.

[8/10] N.C.
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