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Review

EVERGREY
“The Inner Circle”

[CD – Inside Out/Megamúsica]

Já se contam oito anos desde que os Evergrey se estrearam em disco. No entanto, só muito recentemente, mais precisamente no ano passado quando lançaram o aclamado “Recreation Day”, é que este quinteto sueco conseguiu conquistar o merecido respeito do público e da crítica. O talento sempre esteve lá, agora ainda mais vincado do que nunca. A única questão é que demorou mais um pouco até serem descobertos e levados a sério, aliás como acontece com muitas daquelas bandas predestinadas que primeiro têm que atravessar um período difícil até se afirmarem definitivamente como uma banda de génio. Eu próprio estaria a mentir se dissesse que os tinha acompanhado desde o início. Aliás, poucos tiveram esse privilégio. No entanto, hoje a curiosidade torna-se imensa quando se houve qualquer um dos seus dois últimos registos.

Praticamente inspirado só neste novo trabalho vou então tentar dar-vos a conhecer os Evergrey. Este quinteto sueco desenvolve um metal progressivo assente em ambientes dark e melancólicos, melodias e arranjos magistrais, com guitarras e ritmos, ainda assim, bem pesados. Não tão técnicos como se possa imaginar à partida quando se fala no termo progressivo, mas antes com maior preocupação em criar grandes canções sem nunca sacrificar os seus dotes técnicos. A voz de Tom S. Englund é a grande cereja em cima do bolo. A sua voz é absolutamente tocante, melodiosa, emotiva, agressiva quando é preciso. Temas como “The Wake Of The Weary”, “Harmless Wishes” ou “When The Walls Go Down” [este último com uma densa carga emocional de nos fazer estremecer] consegue apaixonar-nos logo de início. As orquestrações e os coros imponentes marcam presença um pouco por todo o álbum, especialmente nas faixas atrás referidas, dando-lhes uma dimensão notável.

O conceito inerente também é uma mais valia para o trabalho. À semelhança do que aconteceu com o anterior “Recreation Day”, que falava no flagelo da pedofilia, nesse Englund pega noutro tema forte para atacar todos aqueles que se escondem atrás dos princípios religiosos para impor a sua maneira de pensar.

Enfim, só resta mesmo dizer que a produção também está perfeitamente ajustada à qualidade da composição. Produzido pela própria banda, o som de “The Inner Circle” cai mesmo como uma bomba nos nossos ouvidos. Se ainda não prestaram atenção a esta banda, corram para o fazer. Este é certamente, um dos álbuns do ano.

[9/10] N.C.
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