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Review

DEMONOID
“Riders Of The Apocalypse”

[CD – Nuclear Blast/Mastertrax]

Os Demonoid são uma das novas apostas da Nuclear Blast. A editora alemã mais uma vez soube capturar talento e qualidade e não perdeu a oportunidade de assinar o trabalho de estreia deste ilustre quarteto que bem pode ser apelidado de “super-grupo”. Senão vejamos: Kristian Nieman [guitarrista dos Therion], o seu irmão Johan Nieman [baixista], Christofer Johnsson [vocalista de Therion] e Rickard Evensand [baterista de Chimaira, ex-Soilwork].

“Riders Of The Apocalypse” é então a primeira investida deste grupo liderado por Kristian que certamente não teve dificuldades em juntar este pessoal e construir um trabalho, como seria de se esperar, muito competente. Aqui o que Kristian e companhia fazem é bem diferente daquilo que desenvolvem nos seus colectivos de origem, ainda que os Therion tenham passado por uma fase inicial bem mais pesada. Os Demonoid são uma banda de death/thrash metal bem tradicional, ao jeito do que o estilo nos deu a oferecer no final dos anos 80, inícios de 90, e ainda com uma ligeira costela black metal, estilo Bathory, como poderão constatar pelo meio das duas primeiras faixas do álbum. Estas duas faixas, “Wargods” e “Firestorms”, às que se juntam ainda “Witchburner”, perfazem um início de álbum absolutamente devastador, um murro impetuoso que nos deixa a “cambalear” até ao fim do álbum. Excepção para os ligeiros abrandamentos de “14th Century Plague” e “The Evocation”, duas faixas mais obscuras e compassadas que nos fazem ganhar algum fôlego para, logo de seguida, voltarmos a ser “empurrados” contra a parede. Nesta segunda chegamos mesmo a escutar alguns coros mais sinfónicos [talvez uma das poucas aproximações a Therion, para além de alguns apontamentos de guitarra ao longo do álbum] e uma voz feminina muito subtil, mas sem nunca se desviarem demasiado dos seus propósitos.

“Riders Of The Apocalypse” trata de um conceito lírico de destruição e isso reflecte-se intensamente na sua música. Uma estreia muito saborosa que, apesar de não nos propor nada de novo, consegue ter os ingredientes necessários para nos deixar despertos do princípio ao fim.

[8/10] N.C.
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