Review
BLAZE
“Blood & Belief”
[CD – SPV/Edel]
Quem não sabe o que se passou com Blaze Bailey durante os últimos dois anos vai, com certeza, ficar a conhecer e a sentir tudo o que o circundou durante este período através deste novo álbum. Dois anos de depressão provocada pelo envolvimento com o álcool e a desintoxicação a que se submeteu por vontade própria, trouxeram de volta um Blaze rejuvenescido e a querer exteriorizar toda a sua dor, raiva e vontade de viver. E que melhor forma para fazer isso do que gravar um novo álbum? Cá está o poder terapêutico da música a funcionar! “Blood & Belief” é um espelho fiel destes dois anos difíceis da sua vida e a prova de que este músico não merece ser apenas reconhecido como o vocalista que substituiu Bruce Dickinson nos Iron Maiden. Até porque, já com os Wolfsbane, Blaze era um personagem com mérito próprio.
“Blood & Belief”
[CD – SPV/Edel]
Quem não sabe o que se passou com Blaze Bailey durante os últimos dois anos vai, com certeza, ficar a conhecer e a sentir tudo o que o circundou durante este período através deste novo álbum. Dois anos de depressão provocada pelo envolvimento com o álcool e a desintoxicação a que se submeteu por vontade própria, trouxeram de volta um Blaze rejuvenescido e a querer exteriorizar toda a sua dor, raiva e vontade de viver. E que melhor forma para fazer isso do que gravar um novo álbum? Cá está o poder terapêutico da música a funcionar! “Blood & Belief” é um espelho fiel destes dois anos difíceis da sua vida e a prova de que este músico não merece ser apenas reconhecido como o vocalista que substituiu Bruce Dickinson nos Iron Maiden. Até porque, já com os Wolfsbane, Blaze era um personagem com mérito próprio.
Sendo este já o terceiro álbum de originais da sua carreira a solo, nota-se aqui um amadurecimento interno e uma honestidade a transpirar por todos os poros. Algo triste, por vezes até melancólico, este álbum transporta, no entanto, bastante força. A abordagem é bastante directa; privilegia-se as guitarras bastante cheias e os riffs bem pesados. A melodia também surge ocasionalmente para que possamos sentir ainda melhor os momentos de convalescença que o músico teve de enfrentar. E isso sente-se mesmo [escutem “Life And Death”, “Tearing Myself To Pieces” ou “Regret”]. A sua voz transporta um misto de dor e bravura que não nos deixa indiferentes.
Com uma secção rítmica renovada, Blaze conta agora ao seu lado com o baixista Wayne Banks e o baterista Jason Bowld. O conhecido Andy Sneap é quem volta a produzir o disco e o resultado é, como seria de esperar, bastante coeso. O disco apresenta um som bastante denso e definido ao mesmo tempo. Sentimos que este disco foi a “cura” definitiva para Blaze e, para nós, resta-nos dizer que estamos contentes por vê-lo de volta.
[8/10] N.C.