Review
ERA VULGARIS
“What Stirs Within”
[CD – Open Your Ears Music/Lugga Music]
Sem um grande peso no mapa mundial, a Irlanda dá, entretanto, à luz um projecto de música sinuosa em que se interceptam vários estilos – desde o thrash ao death metal – os quais geram um resultado minimamente desafiante. No entanto, o termo prog é soberano, pois este, agora, trio manifesta-se suficientemente versátil e empenhado em manter a sua música dinâmica.
O death metal mais técnico de uns Death partilha grande culpa nesta abordagem. A outra cota parte divide-se por inúmeros colectivos thrash e heavy metal de casta old school que dá aos Era Vulgaris um carisma, de certo modo, peculiar. As variações rítmicas e as deambulações ambientais são um benefício para estes oito temas, mas a crueza que, por vezes, assumem dá-lhes uma imagem mais corrosiva do que propriamente de “músicos de pasta” mais empenhados em mostrar que dominam os seus instrumentos. As guitarras preenchem bem o seu espaço – com realce para alguns bons solos – e o baixo, por vezes, manifesta-se bastante acutilante, com paragens criadas precisamente para este brilhar. O mesmo acontece ao baterista Chris Cron, actualmente substituído por Anto Pellier, que no tema “I Must Have Your Brain” demonstra com os seus pequenos solos que dispõe de um bom leque de influências – uma boa escola, portanto. Concretamente, referimo-nos ao jazz que neste tema emerge como autêntica surpresa e confere pontos a favor deste grupo de Dublin. A guitarra acústica no final é um mimo também.
A banda demonstra assim que trabalha com detalhes, daí que “What Stirs Within” seja um disco que desperte o interesse ao longo da sua audição. A voz de Chris Rob é que se mostra algo esbatida e não se coaduna da melhor forma com este material. Para não falar que o seu tom limpo não é dos melhores. Contudo, falta alguma, ou bastante, força à produção deste disco. Mas lembremo-nos que este foi um trabalhado auto-financiado de uma banda que, para além disso, achou melhor combater a falta de oportunidades na indústria criando a sua própria editora. Portanto, depreende-se que os recursos não fossem os desejáveis. Ainda assim, a música dos Era Vulgaris é suficientemente característica para que nos deixe curiosos em relação a próximas edições.
“What Stirs Within”
[CD – Open Your Ears Music/Lugga Music]
Sem um grande peso no mapa mundial, a Irlanda dá, entretanto, à luz um projecto de música sinuosa em que se interceptam vários estilos – desde o thrash ao death metal – os quais geram um resultado minimamente desafiante. No entanto, o termo prog é soberano, pois este, agora, trio manifesta-se suficientemente versátil e empenhado em manter a sua música dinâmica.
O death metal mais técnico de uns Death partilha grande culpa nesta abordagem. A outra cota parte divide-se por inúmeros colectivos thrash e heavy metal de casta old school que dá aos Era Vulgaris um carisma, de certo modo, peculiar. As variações rítmicas e as deambulações ambientais são um benefício para estes oito temas, mas a crueza que, por vezes, assumem dá-lhes uma imagem mais corrosiva do que propriamente de “músicos de pasta” mais empenhados em mostrar que dominam os seus instrumentos. As guitarras preenchem bem o seu espaço – com realce para alguns bons solos – e o baixo, por vezes, manifesta-se bastante acutilante, com paragens criadas precisamente para este brilhar. O mesmo acontece ao baterista Chris Cron, actualmente substituído por Anto Pellier, que no tema “I Must Have Your Brain” demonstra com os seus pequenos solos que dispõe de um bom leque de influências – uma boa escola, portanto. Concretamente, referimo-nos ao jazz que neste tema emerge como autêntica surpresa e confere pontos a favor deste grupo de Dublin. A guitarra acústica no final é um mimo também.
A banda demonstra assim que trabalha com detalhes, daí que “What Stirs Within” seja um disco que desperte o interesse ao longo da sua audição. A voz de Chris Rob é que se mostra algo esbatida e não se coaduna da melhor forma com este material. Para não falar que o seu tom limpo não é dos melhores. Contudo, falta alguma, ou bastante, força à produção deste disco. Mas lembremo-nos que este foi um trabalhado auto-financiado de uma banda que, para além disso, achou melhor combater a falta de oportunidades na indústria criando a sua própria editora. Portanto, depreende-se que os recursos não fossem os desejáveis. Ainda assim, a música dos Era Vulgaris é suficientemente característica para que nos deixe curiosos em relação a próximas edições.