Review
HIMSA
"Hail Horror"
[CD - Prosthetic Records]
Se já quase toda a gente praticamente perdeu a fé de que o metalcore nos possa ainda oferecer algo de novo, no entanto, há que reconhecê-lo que, de quando em vez, nos surgem bandas que sempre conseguem brindar-nos com grandes malhas e composições muito fortes. Exemplo disso são os Himsa, oriundos de Seattle, que assinam aqui o seu segundo tomo pela Prosthetic Records.
"Hail Horror"
[CD - Prosthetic Records]
Se já quase toda a gente praticamente perdeu a fé de que o metalcore nos possa ainda oferecer algo de novo, no entanto, há que reconhecê-lo que, de quando em vez, nos surgem bandas que sempre conseguem brindar-nos com grandes malhas e composições muito fortes. Exemplo disso são os Himsa, oriundos de Seattle, que assinam aqui o seu segundo tomo pela Prosthetic Records.
O sucessor de “Courting Tragedy And Disaster” (2003) representa um considerável crescimento a nível musical e aqui podemos encontrar finalmente uma banda de convicções fortes e que soube tornar o seu som mais dinâmico. Hoje em dia os Himsa apresentam um equilíbrio perfeito entre peso e melodia e isto faz-lhes, com certeza, cativar muito mais gente que os ouça. Longe de se terem tornado mais acessíveis, a melodia que aqui encontramos está longe de atingir refrões orelhudos à lá Killswitch Engage mas, no entanto, empregam alguma melodia contida nos leads de guitarra. De resto, os riffs pesados e a rapidez são uma constante ao longo destes temas podendo-se facilmente notar influências das bandas thrash da Bay Area e ainda um cunho sueco indissociável neste tipo de bandas. Excepção feita para o ligeiro abrandamento de “Wither” e “Wolfchild” que, não se tratando de temas lentos, conferem um certo descanso ao nosso ritmo cardíaco, sendo que o segundo pode muito bem ser considerado o tema mais “orelhudo” desta dezena de canções. A mestria dos solos são outro dos destaques deste disco que a nível vocal nunca deixa espaço para devaneios melódicos. Jonhy Petitbone faz questão de demonstrar aqui toda a sua visceralidade e a irreverência do seu tom hardcore. A produção do disco não podia estar mais forte graças aos toques mágicos do holandês Tue Madsen (The Haunted, Mnemic, Heaven Shall Burn).
Resumindo, vão encontrar aqui tudo o que fez o sucesso de grandes bandas de metalcore actuais, com o atractivo de que estes são, de facto, temas muito bem escritos. O caso dos Himsa é o típico caso de uma grande banda que só não consegue mais notoriedade porque o timming é tardio e a área em que se move já está muito saturada. Mas ainda assim, este “Hail Horror” promete trazer muita coisa boa a estes americanos. Dêem uma espreitadela.
[8/10] N.C.