Review
KRONOS
"Symbolon"
[EP - Edição de autor]
O ângulo de hipóteses que temos em termos de géneros, ou sub-géneros, dentro do metal em Portugal, é cada vez mais amplo. A provar isso estão os novos nomes que vão emergindo no nosso éter musical, neste caso no campo do industrial/electro/goth, sem temores de extravasar ou chocar com os critérios artísticos do público nacional.
Os Kronos, oriundos de Vila Franca de Xira e formados em 2004, são um desses recentes exemplos e mostram-no bem com a edição de “Symbolon”. Este primeiro registo do grupo é uma consistente prova de personalidade, formando aí uma surpresa perante a [ainda] curta existência do grupo, apesar de André Louro (programações) e Luís Cirilo (guitarras) terem já feito parte de um outro projecto dentro do mesmo género – os Uber Mannikins. A banda passeia as suas composições pelo rock industrial, mas não se pense com isso que podemos esperar muito peso das suas guitarras distorcidas. Para além do tom gótico da voz de Hélder Raposo, o encadeamento dos seus elementos sonoros convergem frequentemente para tons dark wave característicos dos anos 80. Apesar de podermos segmentar os Kronos com os Bizarra Locomotiva ou Dr. Zilch, a banda lisboeta diversifica o seu trabalho e consegue momentos que nos fazem lembrar Orgy em temas como “Deconstruction” e outros que fazem fronteira com alguns trabalhos de Nine Inch Nails, espreitem “So Sick”.
Experimentalismo é, portanto, palavra de ordem na maneira de estar destes músicos. Mesmo nos idiomas usados e nos títulos das músicas, os Kronos fazem questão de marcar a diferença – temos letras proferidas em inglês e em português e títulos em alemão e francês. De negras ambiências e algum misticismo vive também este “Symbolon”, num exercício pouco usual em Portugal mas que, com estes Kronos, encontra um digno sustentáculo.
"Symbolon"
[EP - Edição de autor]
O ângulo de hipóteses que temos em termos de géneros, ou sub-géneros, dentro do metal em Portugal, é cada vez mais amplo. A provar isso estão os novos nomes que vão emergindo no nosso éter musical, neste caso no campo do industrial/electro/goth, sem temores de extravasar ou chocar com os critérios artísticos do público nacional.
Os Kronos, oriundos de Vila Franca de Xira e formados em 2004, são um desses recentes exemplos e mostram-no bem com a edição de “Symbolon”. Este primeiro registo do grupo é uma consistente prova de personalidade, formando aí uma surpresa perante a [ainda] curta existência do grupo, apesar de André Louro (programações) e Luís Cirilo (guitarras) terem já feito parte de um outro projecto dentro do mesmo género – os Uber Mannikins. A banda passeia as suas composições pelo rock industrial, mas não se pense com isso que podemos esperar muito peso das suas guitarras distorcidas. Para além do tom gótico da voz de Hélder Raposo, o encadeamento dos seus elementos sonoros convergem frequentemente para tons dark wave característicos dos anos 80. Apesar de podermos segmentar os Kronos com os Bizarra Locomotiva ou Dr. Zilch, a banda lisboeta diversifica o seu trabalho e consegue momentos que nos fazem lembrar Orgy em temas como “Deconstruction” e outros que fazem fronteira com alguns trabalhos de Nine Inch Nails, espreitem “So Sick”.
Experimentalismo é, portanto, palavra de ordem na maneira de estar destes músicos. Mesmo nos idiomas usados e nos títulos das músicas, os Kronos fazem questão de marcar a diferença – temos letras proferidas em inglês e em português e títulos em alemão e francês. De negras ambiências e algum misticismo vive também este “Symbolon”, num exercício pouco usual em Portugal mas que, com estes Kronos, encontra um digno sustentáculo.
[7/10] N.C.