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Review

ILL NIÑO
“Confession”

[CD – Roadrunner/Universal]

A 30 de Setembro chegou às lojas “Confession” o sucessor de “Revolution, Revolución” o auspicioso disco de estreia deste sexteto da Nova Jérsia. Algumas mudanças operadas no seio do grupo, como a entrada de Ahrue Luster (guitarrista de Machine Head) para o lugar de Marc Rizzo e a entrada de Danny Couto que vem substituir Roger Vazquez na percussão, poderiam antever algumas mudanças na sonoridade deste colectivo liderado pelo baterista Dave Chavarri. No entanto, ao que se assiste neste novo “Confession” é o aprofundar de tudo aquilo que a banda é e nos mostrou anteriormente – um som potente, agressivo, melódico e carregado de ritmos latinos e tribais.

O primeiro single “How Can I Live” pode resumir bem o que nos guarda o resto do disco: uma confluência minuciosa de peso, guitarras acústicas, ritmos exóticos e muita, muita melodia. Aliás, é principalmente à volta deste último elemento que assenta toda a base do disco. Os Ill Niño aproveitaram essa oportunidade para pegar no que de mais melódico e acessível tinha o anterior “Revolution, Revolucion” e explorá-lo ainda mais, construindo assim um disco muito mais virado para os típicos fãs de Papa Roach ou Linkin Park do que propriamente para os de Soulfly ou Slipknot. Embora continuem presentes momentos plenos de pujança e groove, estes são agora em muito menor quantidade, estando a maior quota parte do disco entregue a temas muito mais próximos de “What Comes Around”, “Unreal” ou “With You” do que a outros como “God Saves Us” ou “If You Still Hate Me”.

A verdade é que, após uma primeira audição o sentimento que me tomou foi o de alguma monotonia e desilusão. Quando se esperava que o grupo mostrasse uma faceta muito mais rockeira e rebelde, o colectivo opta assim por seguir uma fórmula "vencedora", no género daquela que faz os Linkin Park vender tantos e tantos milhares de discos, deixando no ar a ideia de que o grupo não quis abrir mão do sucesso comercial que um disco como esse pode garantir. No entanto, e com mais umas quantas audições, começamos a sentir-nos extremamente contagiados pelos refrões orelhudos e pelas estruturas catchy de “Ti Amo...I Hate You”, do single “How Can I Live”, “Unframed”, “This Time’s For Real” e de praticamente todo o disco.

As influências latinas são cada vez mais omnipresentes ao que se juntam agora algumas suaves passagens de teclados como se pode testemunhar em momentos mais serenos e românticos como “Numb”, “Have You Ever Felt” ou “All The Right Words”. Não sendo, com certeza, este o caminho que muitos fãs quereriam ver o grupo tomar, o certo é que para aqueles fãs mais pop, “Confession” promete fazê-los cair na tentação de ficar horas a fio com o ouvido preso ao altifalante da aparelhagem.

[8/10] N.C.
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