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Review

LIGEIA
“Gloria”

[CD – Iron Glory/Soulfood/Recital]

Lembram-se de lendas como Warlock e Doro Pesch? Certamente que sim. E se gostavam do que estes germânicos faziam então vão sentir bastante prazer ao escutar este “Gloria”. Os Ligeia são uma banda de true heavy metal, no sentido mais tradicional que o termo possa ter e que nos faz lembrar ainda bandas como Stormwitch, Manowar e Majesty. Formados em 1999, desde então lançaram o álbum “Made In Stone” e um maxi-single de dois temas, em 2002. Pouco depois, a banda esteve prestes a lançar o seu segundo trabalho, “Beyond The Sky”, mas problemas com a sua antiga editora adiaram este lançamento para dois anos mais tarde, agora na forma deste “Gloria”.

Os Ligeia produzem aquilo que poderá ser descrito como uma autêntica homenagem aos seus ídolos dos anos 80, numa onda de revivalismo que se tenta recriar, sem, no entanto, se pretender fazer nada de novo ou transpor este som para o novo milénio. E é por isso mesmo que, por mais nostálgico e saudosista que se seja, não se consegue muito bem compreender como se ousa criar hoje dia um trabalho como este. Talvez haja uma explicação para isso, que me parece a mais óbvia: os Ligeia ainda estão numa fase bastante descaracterizada da sua carreira e falta mesmo muita maturidade e alguns atributos técnicos para que essa possa vir a evoluir.

O problema maior parece mesmo estar na voz da frontwoman Daniela Unglert, mesmo a precisar de algumas correcções e de muito mais convicção e força. Se bem que, por vezes, nos deixe algo confusos em relação ao seu verdadeiro potencial. Ora nos soa agradável, ora nos soa um verdadeiro desastre… Nos registos mais altos terá mesmo que rever a lição e esforçar-se muito mais para a próxima…

A nível instrumental, também nada de excepcional vão encontrar, para além de um bom trabalho de guitarra que, ainda assim, não deixa de soar algo monótono. “Mistress Of The Night” e “Gloria” conse-uem, no entanto, ser bons temas de heavy metal, onde não falta a força bélica dos seus hinos e um “guerreirismo” épico pronto a satisfazer mentes mais nostálgicas.

[5/10] N.C
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