Review
U.D.O.
“Thunderball”
[CD – AFM/Recital]
A voz dos lendários Accept está de volta. Desde o seu abandono em 1986 que Mr. Udo Dirkschneider se tem dedicado por inteiro aos U.D.O.. Desde então, lançou uma série de álbuns e este é mais um que nos chega, desta vez em estreia pela AFM Records. Quando refiro que este se trata de mais um álbum de U.D.O., creio que isso deve ser interpretado literalmente.
“Thunderball”
[CD – AFM/Recital]
A voz dos lendários Accept está de volta. Desde o seu abandono em 1986 que Mr. Udo Dirkschneider se tem dedicado por inteiro aos U.D.O.. Desde então, lançou uma série de álbuns e este é mais um que nos chega, desta vez em estreia pela AFM Records. Quando refiro que este se trata de mais um álbum de U.D.O., creio que isso deve ser interpretado literalmente.
Este “Thunderball” não traz absolutamente nada de novo em relação ao que o músico tem feito. Aliás, a fórmula até já se começa a tornar um bocado irritante. Não fosse a habitual qualidade técnica dos músicos intervenientes e não sei quem salvaria as "honra do convento”. Não sendo propriamente um grande conhecedor da carreira de Udo, sinto que pouca basta para que cheguemos à conclusão de que a inspiração e o fulgor criativo deste músico já viveu melhores dias.
A fórmula das suas composições já não são capazes de surpreender ninguém. É caso para dizer que desta vez começa mesmo a cansar ouvir os trabalhos deste germânico, por incrível que possa parecer, pois uma lenda é sempre uma lenda. Mesmo assim, para o mais conservador e incansável dos ouvintes, este disco poderá ser uma boa aposta. Convém, apesar de tudo, que se perceba que este não é um mau álbum de todo, mas espera-se sempre mais de alguém que é tido como uma grande referência para o hard rock.
O álbum abre com o típico tema mais acelerado, neste caso com o tema-título, decrescendo de ritmo até chegar à inevitável balada, desta feita na forma de “The Land Of The Midnight Sun”. “Hell Bites Back será o tema mais “rebelde” do disco para depois atingirmos a "homenagem" aos fãs russos através de “Trainride In Russia”, um tema, quase em jeito de piada, inspirado nas cantigas tradicionais locais.
Outros momentos farão lembrar Accept, como é inevitável, mas nem isso chega para contrariar esta balança que pende muito mais para o campo da desilusão. Com o devido respeito, acho que é de exigir muito mais de um músico que tem tanto estofo.
[6/10] N.C.