Review
CONSTRUCDEAD
“Violaded”
[CD – Black Lodge/Recital]
Se já todos sabemos que o espectro death metal melódico alcançou uma grande popularidade nos últimos tempos, graças a trabalhos de qualidade superior dos suecos In Flames e Soilwork, também é sabido que muitas outras bandas se têm tentado aproveitar dessa febre para tirar algum partido pessoal. Acontece que isto nem sempre tem sido feito da melhor forma ou daquela mais conveniente e aquilo a que temos assistido na realidade são bandas a fazerem meras reciclagens dos trabalhos das bandas anteriormente mencionadas sem que com isso consigam acrescentar absolutamente nada de novo ao género já de si saturado.
“Violaded”
[CD – Black Lodge/Recital]
Se já todos sabemos que o espectro death metal melódico alcançou uma grande popularidade nos últimos tempos, graças a trabalhos de qualidade superior dos suecos In Flames e Soilwork, também é sabido que muitas outras bandas se têm tentado aproveitar dessa febre para tirar algum partido pessoal. Acontece que isto nem sempre tem sido feito da melhor forma ou daquela mais conveniente e aquilo a que temos assistido na realidade são bandas a fazerem meras reciclagens dos trabalhos das bandas anteriormente mencionadas sem que com isso consigam acrescentar absolutamente nada de novo ao género já de si saturado.Sendo que nos Construcdead pontifica o baterista Erik Thyselius, que acumula funções nos Terror 2000, banda onde também faz parte Bjorn “Speed” [Soilwork], que aparece ainda a participar neste disco, e sendo que “Violaded” é produzido por Peter Wichers, também dos Soilwork, seria de esperar que o som aqui contido estivesse muito próximo daquilo que a banda sueca tem desenvolvido nos últimos tempos. Aliás, as semelhanças são demasiado evidentes em temas como “Hate” ou “Wounded” que bem podiam figurar num álbum dos Soilwork. A fórmula é exactamente a mesma: vozes melódicas alternando com outras mais agrestes, refrões sempre melódicos e muito orelhudos, guitarras bem demarcadas com uma sonoridade tipicamente sueca e uma dinâmica rítmica que, embora interessante, nos dá de novo aquela sensação de dejá vu.
A produção está um bocadinho longe daquilo a que outras bandas do género já nos habituaram hoje em dia mas apesar disso tudo e da banda não estar a fazer nada de novo, é inegável que estas composições demonstram um elevado nível de maturidade e nos conseguem satisfazer em bastantes momentos.
“Violaded” é o segundo disco dos Construcdead, sucedendo a “Repent” de 2002... Agora resta-nos esperar que, para a próxima, a banda aposte em provar que não está nisso apenas para ser mais uma mas sim para tentar inovar de alguma maneira. Algo que sabemos de que são capazes.
[7/10] N.C.
