Review
BRET MICHAELS
“Songs Of Life”
[CD – Poor Boys Records/Recital]
Confesso que nunca comunguei muito do furor estilístico do glam/sleazy rock, nem muito menos vivi a moda teenager trazida de L.A., na década de 80, por nomes como Poison ou Mötley Crue. Entretanto, a moda foi desvanecendo com o advento do grunge e a falta de inspiração dos músicos deste espectro que fez com que os seus trabalhos se tornassem cada vez mais pobres e desinteressantes.
“Songs Of Life”
[CD – Poor Boys Records/Recital]
Confesso que nunca comunguei muito do furor estilístico do glam/sleazy rock, nem muito menos vivi a moda teenager trazida de L.A., na década de 80, por nomes como Poison ou Mötley Crue. Entretanto, a moda foi desvanecendo com o advento do grunge e a falta de inspiração dos músicos deste espectro que fez com que os seus trabalhos se tornassem cada vez mais pobres e desinteressantes.
A gozar desta temporada áurea com os Poison esteve o vocalista Brett Michaels que decidiu hoje partir para uma carreira a solo, talvez à procura de mais algum sucesso e a aproveitar alguns créditos que tenha herdado da banda na altura. Mas a verdade é que o estilo tem assistido a um ténue revivalismo e os Poison até têm lançado álbuns e voltado a encher algumas salas. De qualquer forma, a crua realidade é que basta dar “meia-vista” de olhos aos seus novos trabalhos para percebermos imediatamente que as suas fontes criativas continuam mais “secas” que viajante perdido em estéreis planícies desérticas.
Confesso que ao longo das 12 faixas que perfazem este trabalho nunca me senti minimamente seduzido pelas suas melodias, riffs ou refrões pseudo-majestosos. Já para não falar na rebeldia irrisória, puramente pop-rock [estilo Blink 182], de temas como “Menace To Society”, “Loaded Gun” ou “It’s My Party” ou nas secantes baladas “Raine”, “Forgiveness” ou “One More Day”, em regime mellow/heartbreaker, que não servem para impressionar a mais sentimental das miúdas. Esta é uma das coisas que sempre me provocou repulsa neste tipo de trabalhos – demasiado romantismo e sentimentalismo plásticos com espírito “eu sou playboy”. Cá para mim isto não pega e é desta forma que me fecho na minha apreciação, meramente pessoal, para evitar ser incoerente ou ainda ferir a susceptibilidade dos fãs.
Já que gostos são para se respeitar e isto é regra que todos nós, sejamos críticos, músicos ou fãs de música, devemos sempre preservar, da minha parte fica o respeito pelas pessoas que gostam deste tipo de música, pois foi para elas que Brett Michaels fez este disco.
[4/10] N.C.