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Review

SWITCHTENSE
"Brainwash Show"

[EP - Edição de autor]

Pese embora tenha sido lançado em Março do presente ano, só agora nos foi dada a oportunidade de estabelecer contacto com este “Brainwash Show”. Apesar disso, nunca é tarde para promovermos alguns trabalhos e as boas reacções que o seu lançamento gerou e também a sua chegada à final de um concurso/votação que por pouco não os levava a fazer parte do cartaz deste ano do festival Super Bock Super Rock, aguçaram desde cedo a nossa curiosidade em torno dos Switchtense.

Este quarteto da Moita formou-se em 2002 e deste então lançou duas maquetas. O seu terceiro trabalho surge no formato EP e é um verdadeiro manifesto de atitude DIY, sendo totalmente gravado, produzido e misturado pela banda nos The Fog Studios. Este espírito rebelde e insurgente está também bem patente no conceito e no teor musical das seis faixas que compõem este EP. Falámos de uma objecção à manipulação a que estamos sujeitos por parte dos media e como esta influencia os comportamentos de uma sociedade e, por outro lado, de um thrash metal com muita atitude hardcore. Podíamos muito bem, aos primeiros minutos de escuta, rotular este “Brainwash Show” como um mero produto fiel das tendências metalcore que reinam (ou reinavam?) no cenário metálico actual, mas aos poucos acaba por sobressair uma certa conjuntura musical tradicional. No entanto, é-nos difícil encarar estes Switchtense como uma novidade demasiado relevante, muito longe disso... Apesar da crueza da gravação que nos remonta a um cenário bastante longínquo, do peso e rapidez de uns Sepultura ou o balanço de uns Machine Head, muito do que aqui se ouve também é resultado de um universo referencialmente contemporâneo. Temas como “Your Own Agression” ou “My War” são impossíveis de passar sem nos fazerem lembrar Lamb Of God.

Acontece de facto que para além da força das guitarras e de uma técnica apreciável, os Switchtense demonstram ainda aqui pouco para aquilo que acreditamos que sejam capazes de fazer. Sente-se o potencial, mas a nível de composição continuam a faltar ideias que se sobreponham ao óbvio. Metade destes temas são muito fortes mas, gradualmente, o interesse decaí deixando até a sensação que os últimos temas foram lá deixados para “encher”. Esta é certamente uma banda explosiva ao vivo (que o provem alguns vídeos que se encontram na net), mas numa perspectiva artística e de carreira este trabalho revela ainda pouca ambição. Contudo, não perca de vista esta banda cuja força está elevada aos patamares mais altos das sonoridades thrash nacionais.

[7/10] N.C.
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