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Review

AMPLIFIER
“Amplifier”

[CD – Music For Nations/Mastertrax]

Esta é a estreia do trio britânico Amplifier. Com álbum homónimo, Sel Balamir [voz e guitarras], Neil Mahony [baixo] e Matt Brobin [bateria] iniciam a sua “viagem”, leia-se carreira musical, pela mesma porta que nomes como Tool e depois, mais atrás, Mogway, Led Zeppelin, The Who, The Police, entre outros. Tool é a influência que se sente mais à “flor da pele” quando se ouve este disco, especialmente nos dois primeiros temas. Depois a banda começa a afastar-se lentamente dessa referência e segue um percurso mais independente, embora os incitamentos à banda de Maynard continuem a ressaltar, ocasionalmente, ao longo do disco.

Mas não se pense que estes Amplifier não passam de meros admiradores do “cérebro” Tool, pois a ideia que fica e nos faz esboçar um sorriso, é que estes Amplifier conseguem construir um disco bastante rico, interessante e com um travo bastante adocicado para um primeiro trabalho. Quando é preciso distanciar estes Amplifier dos Tool, basta dizer que uns são ingleses e os outros americanos. Discutível ou não, a verdade é que se sente no fundo um conforto diferente ao ouvir propostas destas duas regiões do globo. A tradição marca sempre presença naquilo que se cria e nos Amplifier sente-se o típico post-classic rock ou art-rock britânico, como se lhe costuma chamar. Os Tool são, ainda assim, bem mais psicadélicos e modernos, enquanto que os Amplifier mantêm um toque bastante mais cru, embora sempre denso e hipnótico, apesar de contra-sensual que isso possa parecer.

O que sei dizer é que fiquei bastante surpreendido e satisfeito à medida que ia ouvindo a estreia destes britânicos. Bastante personalizados e substanciais, estes senhores acho que merecem um “minuto” da nossa atenção, pois realmente consigo vislumbrar muita coisa boa vinda deles e para eles. Isto caso o futuro não seja padrasto e a banda consiga arranjar um novo contracto, pois inesperadamente, a sua actual editora, aquela que foi uma das mais importantes e reveladoras da década de 80 até meados de 90, a Music For Nations, acaba de fechar as portas, deixando assim um grupo promissor sem estrutura adequada para fazer chegar às pessoas as potencialidades de um disco como esse. Por essa razão, fica a dúvida quanto ao seu futuro… Desejamos-lhes, entretanto, [muito] boa sorte.

[8/10] N.C.
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