Review
FALLING DUSK
“Vitta”
[CD – Edição de autor]
Embora não sejamos fundamentalistas, este trabalho de estreia dos nacionais Falling Dusk cai um pouco estranhamente no nosso espaço. Com uma clara tendência pop, o preparado musical destes lisboetas acaba por ser surpreendente, mas no modo confuso como é apresentado. Primeiro, estilisticamente, ficamos sem perceber para onde a banda pretende caminhar [ainda para mais com um passado ligado ao power metal melódico] e, segundo, ao que parece, este é um trabalho composto pelos seus dois únicos membros originais para uma série de convidados, nomeadamente, nas vozes, segundas guitarras e baixo, ao jeito de projectos como Ayreon ou Avantasia, com as devidas distâncias.
Contudo, neste projecto já só permanece o seu principal compositor, André Prista [Profusions], e o vocalista aqui convidado, Camilo Simões, de raízes açorianas, que acabou por ingressar a tempo inteiro na banda. Não percebemos bem o que se passou com os restantes elementos, mas parece que agora a banda se sente completa para avançar com um projecto que se formou em 2001 e que já cruzou um hiato forçado de dois anos. No geral, toda a informação sobre “Vitta” é pouco explícita e este parece-se com um retalhado manto de cores e sensações, sem com isso significar que seja harmonioso. Aliás, é aí que peca redondamente este projecto. Conceptual, presumivelmente, já que a banda parece ter certas empatias filosóficas, a verdade é que a vontade de oferecer um trabalho diversificado e complexo, dá a este um feeling quase de “compilação”, sem haver um fio condutor que lhe dê consistente. Temos por um lado o pop rock vincado, com recurso a alguma electrónica que acaba por resultar bem e, subitamente, temas de Heavy Metal tradicional como “Defiance”, em que os falsetes do vocalista convidado são muito dignos, e de peso groovy como “Panic”, também com um óptimo executante no baixo.
No fundo, e por mais que não queiramos aceitar, não encontramos aqui uma base musical segura que corresponda até à qualidade de certos convidados. Quando assim é, há pouco a dizer. Até a aposta num produtor estrangeiro para a masterização se apresenta infrutífera. Aliás, alguns dos temas aqui presentes estão subvalorizados pela sua captação e produção deficientes. Não há nada aqui de surpreendente em termos de composição e execução que nos possa, para já, fazer depositar especial fé nos Falling Dusk. “Vitta” apresenta-se auspicioso, mas só até o colocarmos a rodar…
“Vitta”
[CD – Edição de autor]
Embora não sejamos fundamentalistas, este trabalho de estreia dos nacionais Falling Dusk cai um pouco estranhamente no nosso espaço. Com uma clara tendência pop, o preparado musical destes lisboetas acaba por ser surpreendente, mas no modo confuso como é apresentado. Primeiro, estilisticamente, ficamos sem perceber para onde a banda pretende caminhar [ainda para mais com um passado ligado ao power metal melódico] e, segundo, ao que parece, este é um trabalho composto pelos seus dois únicos membros originais para uma série de convidados, nomeadamente, nas vozes, segundas guitarras e baixo, ao jeito de projectos como Ayreon ou Avantasia, com as devidas distâncias.
Contudo, neste projecto já só permanece o seu principal compositor, André Prista [Profusions], e o vocalista aqui convidado, Camilo Simões, de raízes açorianas, que acabou por ingressar a tempo inteiro na banda. Não percebemos bem o que se passou com os restantes elementos, mas parece que agora a banda se sente completa para avançar com um projecto que se formou em 2001 e que já cruzou um hiato forçado de dois anos. No geral, toda a informação sobre “Vitta” é pouco explícita e este parece-se com um retalhado manto de cores e sensações, sem com isso significar que seja harmonioso. Aliás, é aí que peca redondamente este projecto. Conceptual, presumivelmente, já que a banda parece ter certas empatias filosóficas, a verdade é que a vontade de oferecer um trabalho diversificado e complexo, dá a este um feeling quase de “compilação”, sem haver um fio condutor que lhe dê consistente. Temos por um lado o pop rock vincado, com recurso a alguma electrónica que acaba por resultar bem e, subitamente, temas de Heavy Metal tradicional como “Defiance”, em que os falsetes do vocalista convidado são muito dignos, e de peso groovy como “Panic”, também com um óptimo executante no baixo.
No fundo, e por mais que não queiramos aceitar, não encontramos aqui uma base musical segura que corresponda até à qualidade de certos convidados. Quando assim é, há pouco a dizer. Até a aposta num produtor estrangeiro para a masterização se apresenta infrutífera. Aliás, alguns dos temas aqui presentes estão subvalorizados pela sua captação e produção deficientes. Não há nada aqui de surpreendente em termos de composição e execução que nos possa, para já, fazer depositar especial fé nos Falling Dusk. “Vitta” apresenta-se auspicioso, mas só até o colocarmos a rodar…
[4/10] N.C.
Estilo: Rock/Pop/Metal
Discografia:
- “Creatures From Heave” [Demo CD 2003]
- “Puzzling Gardens” [Promo CD 2008]
- “Vitta” [CD 2008]
www.fallingdusk.eu
www.myspace.com/fallingdusk
Estilo: Rock/Pop/Metal
Discografia:
- “Creatures From Heave” [Demo CD 2003]
- “Puzzling Gardens” [Promo CD 2008]
- “Vitta” [CD 2008]
www.fallingdusk.eu
www.myspace.com/fallingdusk