Review
NEAERA
"The Rising Tide Of Oblivion"
[CD - Metal Blade/Recital]
Se, por incrível que pareça, a moda metalcore já começa a tresandar, num sinal óbvio e prematuro de cansaço, consegue-se ainda assim assistir ao surgimento de uma ou outra banda que, mesmo sem inovar grande coisa, apresenta um trabalho coeso e com qualidade. É o caso dos germânicos Neaera, que no decorrer de apenas ano e meio conseguiram gravar um álbum e lançá-lo pela Metal Blade. É na verdade uma prova indiscutível de qualidade mas também o “desespero” das editoras em assinar bandas e acompanhar uma moda.
Paralelamente, os Neaera têm real valor porque deles vislumbramos uma excelente capacidade técnica e forma de misturar brutalidade, ritmos death e black metal com melodia e tradição sueca. Poderá não parecer nada original mas é, de fact,o a forma como fundem esses elementos e empregam as doses apropriadas que resulta em algo de destaque. E aqui quando falamos de doses apropriadas não falamos propriamente de equilíbrio, mas sim de um pendor para as vertentes mais extremas em vez da fórmula mágica [e comercial] onde o peso quase é um mero assistente para os refrões intensamente orelhudos e contagiantes.
Pois, nesta altura, o “equilíbrio” começa-se a fazer cada vez mais de extremismo. Para que percebam como os Neaera se sentem tão à vontade com a veia brutal aqui apresentada, nomeadamente death e black metal, explicamos que três dos seus membros são oriundos de uma banda de death/grind chamada Malzan, que acaba por ser a responsável por termo-los aqui e agora a explorar uma vertente, que não obstante brutal, consegue incutir muito mais melodia e versatilidade que na sua anterior banda.
Sendo assim, eles conseguem aparentemente satisfazer todas as suas necessidades musicais [e o nosso prazer auditivo] e construir um trabalho cheio de potencial onde projectam um dos nomes mais interessantes dentro deste espectro nos últimos tempos. Uma banda a ter em conta, sem dúvida.
[8/10] N. C.
"The Rising Tide Of Oblivion"
[CD - Metal Blade/Recital]
Se, por incrível que pareça, a moda metalcore já começa a tresandar, num sinal óbvio e prematuro de cansaço, consegue-se ainda assim assistir ao surgimento de uma ou outra banda que, mesmo sem inovar grande coisa, apresenta um trabalho coeso e com qualidade. É o caso dos germânicos Neaera, que no decorrer de apenas ano e meio conseguiram gravar um álbum e lançá-lo pela Metal Blade. É na verdade uma prova indiscutível de qualidade mas também o “desespero” das editoras em assinar bandas e acompanhar uma moda.
Paralelamente, os Neaera têm real valor porque deles vislumbramos uma excelente capacidade técnica e forma de misturar brutalidade, ritmos death e black metal com melodia e tradição sueca. Poderá não parecer nada original mas é, de fact,o a forma como fundem esses elementos e empregam as doses apropriadas que resulta em algo de destaque. E aqui quando falamos de doses apropriadas não falamos propriamente de equilíbrio, mas sim de um pendor para as vertentes mais extremas em vez da fórmula mágica [e comercial] onde o peso quase é um mero assistente para os refrões intensamente orelhudos e contagiantes.
Pois, nesta altura, o “equilíbrio” começa-se a fazer cada vez mais de extremismo. Para que percebam como os Neaera se sentem tão à vontade com a veia brutal aqui apresentada, nomeadamente death e black metal, explicamos que três dos seus membros são oriundos de uma banda de death/grind chamada Malzan, que acaba por ser a responsável por termo-los aqui e agora a explorar uma vertente, que não obstante brutal, consegue incutir muito mais melodia e versatilidade que na sua anterior banda.
Sendo assim, eles conseguem aparentemente satisfazer todas as suas necessidades musicais [e o nosso prazer auditivo] e construir um trabalho cheio de potencial onde projectam um dos nomes mais interessantes dentro deste espectro nos últimos tempos. Uma banda a ter em conta, sem dúvida.
[8/10] N. C.