Review
ARTAS
“The Healing”
[CD – Napalm Records/Recital]
Os Artas são mais uma banda muito jovem a receber a confiança de uma editora substancialmente reconhecida internacionalmente como é o caso da Napalm Records. E o som é… moderno [como aliás, cataloga o verso da cópia promocional de “The Healing”; o termo metalcore é evitado]. Há ainda a acrescentar que este quinteto, formado em 2005 ainda sob o título Staub & Schatten, foi adicionado às fileiras da Napalm Records por intermédio de um concurso de bandas que teve lugar em 2007.
À semelhança de outros certames, o resultado acabou por privilegiar uma banda de som moderno e potente. Mas não, para espanto de todos nós “The Healing” não é um previsível e enfadonho disco de metalcore ou pelo menos com todos os clichés que reconhecemos do género. Na base da sonoridade dos Artas está, efectivamente, muita influência sueca e norte-americana, mas ao mesmo tempo apresentam algumas divergências, a começar pelas vocalizações. É verdade que temos aqui vozes limpas, mas longe de serem arrebatadoramente melódicas e/ou "melosas" conseguindo tornar refrões orelhudos mas com um cativante toque de sujidade. Obimahan é, aliás, um vocalista com um timbre particular e, sobretudo, o sotaque e as letras, tanto em inglês como em alemão e espanhol, dão um aspecto interessante e multicultural a este material. “I don’t care about the familia, don’t give a fuck about the policia” é, aliás, uma frase que parece descaradamente assumir os Artas como fãs de Soulfly e Max Cavalera.
Se em 12 faixas também é verdade que o entusiasmo só se mantém em cerca de metade, podemos considerar positiva a interpretação que estes austríacos fazem de elementos death/thrash e hardcore e os condensam numa sonoridade actual. Grande destaque para a surpreendente e portentosa versão de “Gangsta’s Paradise” do rapper Coolio popularizado com o filme “Mentes Perigosas” em 1995. Realmente, estava-nos longe da ideia encontrar alguém a escrever uma versão deste tema e tão menos memorável como a que os Artas conseguiram. “The Healing” revela-se, no fim de contas, 50 minutos de música convencional mas que, estranhamente, nos proporciona sensações agradáveis.
“The Healing”
[CD – Napalm Records/Recital]
Os Artas são mais uma banda muito jovem a receber a confiança de uma editora substancialmente reconhecida internacionalmente como é o caso da Napalm Records. E o som é… moderno [como aliás, cataloga o verso da cópia promocional de “The Healing”; o termo metalcore é evitado]. Há ainda a acrescentar que este quinteto, formado em 2005 ainda sob o título Staub & Schatten, foi adicionado às fileiras da Napalm Records por intermédio de um concurso de bandas que teve lugar em 2007.
À semelhança de outros certames, o resultado acabou por privilegiar uma banda de som moderno e potente. Mas não, para espanto de todos nós “The Healing” não é um previsível e enfadonho disco de metalcore ou pelo menos com todos os clichés que reconhecemos do género. Na base da sonoridade dos Artas está, efectivamente, muita influência sueca e norte-americana, mas ao mesmo tempo apresentam algumas divergências, a começar pelas vocalizações. É verdade que temos aqui vozes limpas, mas longe de serem arrebatadoramente melódicas e/ou "melosas" conseguindo tornar refrões orelhudos mas com um cativante toque de sujidade. Obimahan é, aliás, um vocalista com um timbre particular e, sobretudo, o sotaque e as letras, tanto em inglês como em alemão e espanhol, dão um aspecto interessante e multicultural a este material. “I don’t care about the familia, don’t give a fuck about the policia” é, aliás, uma frase que parece descaradamente assumir os Artas como fãs de Soulfly e Max Cavalera.
Se em 12 faixas também é verdade que o entusiasmo só se mantém em cerca de metade, podemos considerar positiva a interpretação que estes austríacos fazem de elementos death/thrash e hardcore e os condensam numa sonoridade actual. Grande destaque para a surpreendente e portentosa versão de “Gangsta’s Paradise” do rapper Coolio popularizado com o filme “Mentes Perigosas” em 1995. Realmente, estava-nos longe da ideia encontrar alguém a escrever uma versão deste tema e tão menos memorável como a que os Artas conseguiram. “The Healing” revela-se, no fim de contas, 50 minutos de música convencional mas que, estranhamente, nos proporciona sensações agradáveis.