Review
THE STORYTELLER
“Tales Of A Holy Quest”
[CD – Black Lodge/Sound Pollution/Recital]
Este é o segundo registo dos The Storyteller que nos chega quase dois anos após lançarem “Crossroads” pela No Fashion Records. Agora regressados e sob a etiqueta da sueca Black Lodge, os também suecos The Storyteller apresentam-nos mais um conto cheio de fantasias, espadas, castelos, reis, princesas, guerreiros... e power metal, claro está.
“Tales Of A Holy Quest”
[CD – Black Lodge/Sound Pollution/Recital]
Este é o segundo registo dos The Storyteller que nos chega quase dois anos após lançarem “Crossroads” pela No Fashion Records. Agora regressados e sob a etiqueta da sueca Black Lodge, os também suecos The Storyteller apresentam-nos mais um conto cheio de fantasias, espadas, castelos, reis, princesas, guerreiros... e power metal, claro está.Contudo, o imaginário destes contadores de histórias revela-se demasiado previsível e já bastante usado. Se em vez disso tivessem apostado na inovação e não tanto na preservação das suas raízes certamente o trabalho soaria mais interessante. O power metal deste quarteto é, sem dúvida, bem executado, até bem próximo da força tradicional do género mas falta-lhe mais um pouco de ousadia para destacar. A voz de Persson é talvez o elemento que cai mais no "fantasma" das comparações, aproximando-se muito dos registos vocais de Blaze Bailey e Ian Gillan, embora seja notável a amplitude dos seus rasgos vocais testemunháveis especialmente no início de “Conviction”.
Para além disso, os restantes elementos executam um bom trabalho, embora discreto, sendo que as guitarras são as que se mostram mais versáteis e capazes de nos surpreender. Por vezes os riffs destilados conseguem ser bastante poderosos e contagiantes, entrelaçando-se perfeitamente com as típicas cavalgadas rítmicas da bateria e com alguns solos interessantes. Embora este não seja daqueles trabalhos de power metal muito velozes, o ritmo atinge velocidades altas, enquanto outras a meio-gás conferem uma dinâmica curiosa ao trabalho. Talvez pelos ambientes autenticamente fairytalers, passe a expressão, proporcionados pelas vozes e por temas como “The Mass”, sentimo-nos como se nos estivessem a embalar com um alegre hino sobre deuses, reinos mágicos e heróis de espada-à-cinta. A produção de Fredrik Nordstrom nos conceituados estúdios Fredman não podia ser outra senão competente e de qualidade.
Para terminar, os The Storyteler poderão não ter criado um trabalho surpreendente mas, com certeza, agradável de se ouvir.
[7/10] N.C.
