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Ensino Superior - Com mais vagas

A 1.ª fase arranca amanhã com 53 986 vagas. Pós-laboral já representa mais de 10% da oferta. Medicina tem 26 lugares adicionais

O ensino superior público volta a aumentar as vagas, pelo sétimo ano consecutivo. Entre o concurso nacional - cuja listagem o DN publica, na íntegra, nas próximas páginas - e as ofertas locais, a 1.ª fase de acesso arranca amanhã com um total de 53 986 vagas, mais 2068 (4%) em relação a 2009.

Um crescimento assente sobretudo nos horários pós-laborais. Com mais 1600 vagas e 45 cursos do que em 2009, este segmento assume cerca de 80% do aumento da oferta. Atinge ainda 5870 vagas em 180 cursos, o que significa que já representa mais de 10% do total da oferta das universidades e politécnicos públicos.

A aposta reflecte o "contrato de confiança" assinado em Janeiro, no qual o Governo garantiu mais 10 milhões de euros anuais às instituições a troco de um aumento das apostas dirigidas à população activa, não só ao nível das licenciaturas como nos mestrados e doutoramentos.

Recorde-se que as instituições comprometeram-se a formar 100 mil activos até 2014 (além dos que já formam actualmente). Actualmente, estima-se que apenas 15% dessa população tenha um diploma, um valor muito abaixo da média da OCDE.

O regime nocturno tem vindo a crescer nos últimos anos, sobretudo através da oferta dos politécnicos. Em 2010, no entanto, a Universidade do Minho parece ter sido a que mais apostou nessa via, com 14 cursos oferecidos em regime pós-laboral. No extremo oposto está Coimbra, que mantém as Ciências do Desporto como única opção para estudar à noite.

Ao nível das disciplinas tradicionalmente mais procuradas, o Direito é das que beneficiam desta aposta. Este ano lectivo - apesar das críticas que têm sido feitas à oferta nesta licenciatura, o total de vagas aumenta para 1330, uma centena a mais do que em 2009.

A Universidade de Lisboa passa a oferecer um total de 600 lugares, fruto do aumento dos cursos nocturnos, que crescem de 150 para 200 vagas. Também a Universidade do Minho cria 40 lugares de Direito em pós-laboral, a juntar às suas 110 do regime diurno. No Porto, há um crescimento de 10 lugares, todos diurnos, passando a existir 150 vagas.

Na Medicina (ver página seguinte) a oferta desta 1.ª fase cresce 26 lugares, para 1516. Em contrapartida, há uma descida nas ofertas para licenciados. Assim, no conjunto das ofertas, entrarão este ano no curso 1661 alunos, apenas mais três do que em 2009.

Este ano, pela primeira vez, além de recolocarem os lugares não ocupados, as universidades e politécnicos poderão pedir mais vagas na 2.ª fase, desde que demonstrem capacidade para acolher os alunos. Porém, não é previsível que sejam autorizados lugares adicionais em Medicina.

Pedro Sousa Tavares
In Diário de Notícias

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