photo logopost_zps4920d857.png photo headerteste_zps0e0d15f7.png

Vagos Open Air 2010
06.08.10 - Lagoa de Calvão,Vagos

Esta edição do Vagos Open Air contou com alguns melhoramentos no recinto. Ao entrar vimos que existia uma bancada onde as pessoas se podiam sentar e assistir aos concertos sem estarem ao sol. Existiam mais barracas de comida e bebida, incluindo uma onde se vendia hidromel. Um aspecto que não melhorou foi o sistema de bilheteira: ingressos, convites e passes de imprensa, tinham todos de fazer fila única. Devido a esse facto não conseguimos assistir à actuação dos Prayers of Sanity

A primeira banda que vimos foram os MISS LAVA; uma mistura de heavy e stoner com muito groove. A banda é constituída por excelentes músicos, onde se destaca Johnny Lee com uma voz forte e uma presença irrequieta, marcada por um constante saltar de um lado para o outro. Desde o início da actuação que incentivaram o público a chegar-se mais para a frente, sugerindo que ali estava “mais fresco". Após isso a banda apresentou-se e prometeu: “we’re gonna kick your fucking ass!”. Temas como “Sleep With The Angels”, “Revolt” e “Blind Dog” fizeram as cabeças abanar. Já o single “Black Rainbow” foi acompanhado, desde o início, com palmas. Finalizaram com o tema-título do álbum de estreia, “Blues For The Dangerous Miles” e “Don’t Tell A Soul”, música escolhida pela MTV para a banda-sonora da terceira temporada da série “Skins”.

De seguida tivemos os GWYDION e notámos que tinham em Vagos muitos fãs trajados e pintados a rigor. O entusiasmo era geral e a cada música que tocavam fazia-se festa. A certo ponto da sua actuação, Ruben Almeida disse ser um prazer estar a tocar no Vagos Open Air, ao que o público reagiu em uníssono gritando o nome da banda repetidamente. “Ofiússa (A Terra das Serpentes)” foi acompanhada por vários copos de cerveja a voar e “Mead Of Poetry” com um comboio humano. De seguida “Cold Tempered”, “Turning Of The Wheel” e “Viking’s Horned Parody”, onde a dança foi uma das dominantes. Para o fim ficaram “The Terror Of The Northern” e “Six Trials To Become A Berzerker”. Um bom concerto destes representantes lusos.

E eis que chega a hora dos ENSIFERUM. Desde o início da actuação o alvoroço foi constante. Depois de “From Afar” e “Twilight Tavern”, Petri Lindroos saudou Vagos, dizendo que “é bom estar em Portugal pela primeira vez”.“Into Battle” foi cantado por todo o público presente. Em “Token Of Time”, tema mais antigo da banda, Petri pediu para todos levantarem os braços e em “Ahti” incentivou a audiência ao mosh. Alguns problemas técnicos levaram a uma pausa no alinhamento, mas nem assim o público arredou pé. A seguir interpretaram “Stone Cold Metal”, “One More Magic Potion” e “Treacherous Gods”. Terminaram a actuação com “Iron”. Em jeito de balanço, pode dizer-se que a banda esteve excelente do início ao fim do concerto.

Depois de muita dança e muito mosh entram em palco os MY DYING BRIDE que com o seu death/doom foram capazes de acalmar a assistência. Abrem com “Fall With Me” e “Bring Me Victory”, ambas de “For Lies I Sire”, de 2009. Aaron referiu que passaram-se oito anos desde a última actuação em Portugal e que um regresso do género é sempre saudado, pois são sempre bem recebidos. O público reagiu com uma grande ovação. Aaron apresentou David Grey (Akercocke) que está a substituir o baterista Dan Mullins, lesionado num joelho em Janeiro passado. Como sempre uma grande segurança da banda em palco e um frontman sempre muito expressivo e teatral. A fechar: o clássico “The Cry of Mankind”.

Para finalizar, os suecos MESHUGGAH. Vinte anos para se estrearem em Portugal… E pela reacção do público valeram a espera. A sua actuação começou com cerca de meia hora de atraso. Entram então em palco sob luzes vermelhas e envoltos em fumo. Dão início ao concerto com “Rational Gaze”, seguida por “Bleed” sem interrupção. A postura do vocalista Jens Kidman foi à altura dos temas e dos riffs bem graves. O mosh foi constante, “Straws Pulled At Random” foi outro dos temas que se pôde ouvir, mas mal ver devido ao exagero das luzes. Houve tempo para um encore; “Future breed machine”. Uma actuação de peso constante, do início ao fim.

Texto: Miguel Ribeiro
Fotografia: Paula Martins

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...