Review
VERTIGO STEPS
“The Melancholy Hour”
[CD – Edição de autor]
Após as suas passagens pelos Arcane Wisdom, Redstains e Understream, curiosamente, bandas com sonoridades bastante distintas, o multi-instrumentista Bruno A. “estacionou” num projecto monocéfalo e idealizado para estúdio, com a ajuda do vocalista finlandês Niko Mankinen. Curiosamente, ou talvez não, com sonoridade bastante diferente estão também os Vertigo Steps, o que leva a crer que Bruno se moldava por princípios e influências particulares que em conjunto talvez fossem difíceis de praticar.
E ainda bem que acabou por seguir o seu caminho. Formados em 2007, os Vertigo Steps mostram no seu segundo assalto que são uma das pérolas "escondidas" do Rock/Metal nacional. “Escondida” apenas e talvez pelo facto de não actuarem ao vivo – pelo menos que se saiba – o que de alguma forma provoca algum desvanecimento mediático. Ou pelo menos assim o foi aquando da estreia homónima, em 2008. Porém, quando a qualidade é evidente nada disso pode afectar um percurso que agora tem em “The Melancholy Hour” um trampolim enorme para a afirmação dos Vertigo Steps.
“The Melancholy Hour”
[CD – Edição de autor]
Após as suas passagens pelos Arcane Wisdom, Redstains e Understream, curiosamente, bandas com sonoridades bastante distintas, o multi-instrumentista Bruno A. “estacionou” num projecto monocéfalo e idealizado para estúdio, com a ajuda do vocalista finlandês Niko Mankinen. Curiosamente, ou talvez não, com sonoridade bastante diferente estão também os Vertigo Steps, o que leva a crer que Bruno se moldava por princípios e influências particulares que em conjunto talvez fossem difíceis de praticar.E ainda bem que acabou por seguir o seu caminho. Formados em 2007, os Vertigo Steps mostram no seu segundo assalto que são uma das pérolas "escondidas" do Rock/Metal nacional. “Escondida” apenas e talvez pelo facto de não actuarem ao vivo – pelo menos que se saiba – o que de alguma forma provoca algum desvanecimento mediático. Ou pelo menos assim o foi aquando da estreia homónima, em 2008. Porém, quando a qualidade é evidente nada disso pode afectar um percurso que agora tem em “The Melancholy Hour” um trampolim enorme para a afirmação dos Vertigo Steps.
Claramente mais coeso, homogéneo, maduro e emotivo que o seu antecessor, “The Melancholy Hour” oferece uma interpretação sofisticada de música progressiva, onde o peso se mistura com ambientes à Katatonia e emocionalidade à Porcupine Tree e Green Carnation, mas também com um imediatismo que podia ser atribuído a uns Alice In Chains. A produção é superior (mais uma vez obra de Daniel Cardoso, aqui também baterista), mas será, em grande parte, pela inteligente malha de arranjos que aqui se verifica que este disco resulta tão cheio, brioso, versátil e com tanto por descobrir. É caso para dizer que isso só está à altura de quem tem a sensibilidade certa para perceber a importância dos “pequenos” detalhes.
Embora “Vertigo Steps” não tenha sido um mau disco, longe disso, pode-se dizer que Bruno A. encontrou o “click” que lhe faltava para conseguir confluir no seu imaginário experimental e progressivo um conjunto de estruturas que facilmente nos ficam no âmago. Salvaguardando alguns momentos eventualmente menos entusiasmantes de “The Melancholy Hour”, podemos já subir a parada para um próximo álbum, ainda mais equilibrado, sem medo de perdermos a aposta. [8.8/10] N.C.
Estilo: dark/progressive Metal
Discografia:
- “Vertigo Steps” [CD 2008]
- “The Melancholy Hour” [CD 2010]
