Cirurgia demora cem dias
Realizar uma operação em Portugal demora em média cerca de cem dias, segundo dados revelados esta segunda-feira pelo secretário de Estado-adjunto da Saúde, Manuel Pizarro. No ano passado foram realizadas 482 928 cirurgias e 10,7 milhões de consultas hospitalares, ou seja, cada português foi em média uma vez visto por um médico num hospital.
Os dados divulgados pelo Secretário de Estado adjunto da Saúde, Manuel Pizarro, revelam também uma queda de 35% no total de inscritos para cirurgia de 248 mil em 2005 para 161 mil no ano passado. Uma redução que é acompanhada de um aumento de 40% do total de operações de 345 mil em 2006 para 482 mil em 2010.
Manuel Pizarro defende que os números revelam que é necessário melhorar a capacidade de resposta na cirurgia vascular e justificou a redução de operações no Algarve de 8,2% com a falta de capacidade hospitalar na região.
O total de operações ao cancro realizadas no ano passado desceu 3,7% face a 2009, divulgou ontem o ministério da Saúde.
É a primeira quebra desde 2006 e segundo o secretário de Estado-adjunto da Saúde, Manuel Pizarro, uma explicação possível para a redução de 40 833 cirurgias para 39 309 pode resultar de ter sido atingida a capacidade máxima cirúrgica.
Manuel Pizarro negou, contudo, que a redução da actividade cirúrgica na área oncológica resulte da política de corte na despesa realizada pelo Estado.
Entre as diferentes neoplasias malignas, o maior número de cirurgias, com 8940, foi de cancro de pele, com um acréscimo de 1,7%, face a 2009. Com 5170 cirurgias, o cancro de mama registou um decréscimo de 5,7%. O cancro do cólon e recto representa o terceiro maior grupo de operações, com 5039, havendo também uma redução de 1,6%.
Na lista de inscritos para cirurgias na área do cancro verifica-se uma redução do tempo médio de espera de 79 dias em 2005 para 24 no ano passado.
O tempo médio de espera no conjunto de cirurgias foi em 2010 de 3,3 meses, em 2005 era de 8,6 meses.
João Saramago
In Correio da Manhã
Foto: João Miguel Rodrigues
Os dados divulgados pelo Secretário de Estado adjunto da Saúde, Manuel Pizarro, revelam também uma queda de 35% no total de inscritos para cirurgia de 248 mil em 2005 para 161 mil no ano passado. Uma redução que é acompanhada de um aumento de 40% do total de operações de 345 mil em 2006 para 482 mil em 2010.
Manuel Pizarro defende que os números revelam que é necessário melhorar a capacidade de resposta na cirurgia vascular e justificou a redução de operações no Algarve de 8,2% com a falta de capacidade hospitalar na região.
O total de operações ao cancro realizadas no ano passado desceu 3,7% face a 2009, divulgou ontem o ministério da Saúde.
É a primeira quebra desde 2006 e segundo o secretário de Estado-adjunto da Saúde, Manuel Pizarro, uma explicação possível para a redução de 40 833 cirurgias para 39 309 pode resultar de ter sido atingida a capacidade máxima cirúrgica.
Manuel Pizarro negou, contudo, que a redução da actividade cirúrgica na área oncológica resulte da política de corte na despesa realizada pelo Estado.
Entre as diferentes neoplasias malignas, o maior número de cirurgias, com 8940, foi de cancro de pele, com um acréscimo de 1,7%, face a 2009. Com 5170 cirurgias, o cancro de mama registou um decréscimo de 5,7%. O cancro do cólon e recto representa o terceiro maior grupo de operações, com 5039, havendo também uma redução de 1,6%.
Na lista de inscritos para cirurgias na área do cancro verifica-se uma redução do tempo médio de espera de 79 dias em 2005 para 24 no ano passado.
O tempo médio de espera no conjunto de cirurgias foi em 2010 de 3,3 meses, em 2005 era de 8,6 meses.
João Saramago
In Correio da Manhã
Foto: João Miguel Rodrigues