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Entrevista Catacombe

ARTE CINÉTICA
"Kinetic é uma mistura de amor e ódio"

Nascidos em Vale de Cambra em 2007, os Catacombe mostram-nos que a música em Portugal está bem viva com a beleza e frescura do seu pós-rock/metal de cariz instrumental. Pedro Sobast falou com a SoundZone não só acerca de "Kinetic", o novo e bem aclamado álbum da banda portuense, mas também do passado e futuro da banda.

Dois lançamentos (o EP “Memoirs” e “Kinetic”) muito bem recebidos tanto a nível nacional como internacional. Estão surpreendidos com tantas boas críticas?
Não diria surpreendidos mas sim contentes com o feedback recebido; temos noção de que o trabalho tem qualidade dentro do género e que reúne condições para acolher críticas positivas, ainda para mais sabendo que não é fácil bandas de um país como o nosso conseguirem boa receptividade lá fora.

Para vocês, como descrevem o novo álbum?
O “Kinetic” é uma mistura de amor e ódio, é o resultado do choque entre as mais diversas influências e tendências musicais de quem o compôs. Mantém um pouco a linha do “Memoirs”, no que respeita ao contraste melódico e agressivo nas músicas, mas consideramo-lo um trabalho mais “alegre” do que o EP.

Como decorreram as gravações?
As gravações foram um processo algo demorado e conturbado. Surgiram muitas dúvidas de última hora - musicais, artísticas, pessoais até; além de que o planeamento podia ter sido diferente. Aproveito já agora para agradecer publicamente ao Paulo Lopes do estúdio Soundvision, por toda a sua paciência e dedicação na gravação e produção do álbum, o que contribuiu bastante para o resultado final.

Porquê o título “Kinetic”?
Este título não tem nenhum significado profundo ou muito especial, ao contrário do trabalho anterior. Digamos, apenas, que nasceu de um interesse e gosto pela arte cinética e seu conceito de movimento. De alguma forma sentimo-nos um pouco identificados com isso.

Como surgiu a oportunidade de assinarem pela Slow Burn Records?
Surgiu no meio do processo pós-gravação de álbum, ou seja, aquando do envio de press kits e alguns temas do álbum para várias editoras. A sua abordagem foi muito célere e das várias propostas que recebemos foi aquela que reuniu as condições que iam mais de encontro ao pretendido. Espero brevemente poder anunciar também o lançamento do “Kinetic” noutro formato que não o CD e através de outra editora.

Como nasceram os Catacombe?
Os Catacombe nasceram das “cinzas” de um outro projecto instrumental, Looney Tones. Começou por ser um projecto exclusivamente individual, que depois do lançamento do EP “Memoirs” passou ao formato banda, visto haver bom feedback e interesse geral em “ver” e ouvir as músicas ao vivo.

Como é ser o mentor deste projecto? Para ti é melhor trabalhar sozinho?
Sobre a primeira questão, neste momento sinto que o projecto é que é “mentor” de mim próprio e não o contrário. [risos] No que respeita a trabalhar sozinho ou não, depende muito de com quem se trabalha. Ambas as possibilidades têm coisas boas e más, e também resultados diferentes.

Acham que Portugal é um mercado difícil para o vosso género musical?
Um pouco, mas digamos que, no geral, o país já viveu melhores dias para o chamado meio musical mais underground. Por vezes é difícil meter pessoal nas salas de concertos e a venda de material discográfico é difícil fora desse ambiente. A comunidade anda mais preocupada com bandas e projectos hype, já para não falar sobre a nova vaga de música de “intervenção” que está na moda, mas isso é um assunto que dava uma tertúlia bem longa.

Já vi várias comparações da vossa banda a outras, nomeadamente a Explosions In The Sky e Paradise Lost. O que têm a dizer sobre isso? Quais são, na verdade, as vossas maiores influências?
Essa comparação em especial nasceu de uma mensagem pelo Myspace que veio mais tarde a dar entrada também na biografia da banda, e com alguma razão. Explosions In The Sky era, na altura, umas das bandas que mais ouvia e apreciava; e Paradise Lost foi há já algum tempo atrás umas das minhas grandes influências na guitarra; isso de algum modo reflectiu-se no “Memoirs”. De momento as influências são tão diversas que é difícil especificar alguma.

Quais são os planos para promoverem “Kinetic “ao vivo?
O primeiro concerto desta nova fase será provavelmente em finais de Abril, e esperamos, a partir daí, promover o álbum por alguns dos principais pontos do país; e quem sabe nos meses seguintes ao Verão iremos para fora também…

Mark Martins

www.myspace.com/catacombeband

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