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Cavaco apela ao voto

O Presidente da República defendeu este sábado que as eleições de domingo são "particularmente decisivas", condenando a abstenção, e frisou que o próximo Governo terá de cumprir os compromissos do programa de ajuda externa.

Na sua tradicional mensagem no dia de reflexão, Cavaco Silva fez um forte apelo ao voto nas legislativas de domingo e condenou a opção pela abstenção, argumentando que "se abdicarem de votar, não têm depois autoridade para criticar as políticas públicas".

"O facto de as eleições terem lugar num tempo de sacrifícios e de grandes interrogações quanto ao futuro é uma razão acrescida para que cada um manifeste a sua vontade e diga quem deve assumir a responsabilidade de governar", exortou Cavaco Silva, considerando que a grave situação do país "faz com que as eleições de amanhã [domingo] sejam particularmente decisivas".

Assim, o Presidente da República defende que o Governo que resultar das eleições terá "a responsabilidade de honrar os compromissos assumidos" no âmbito do programa de ajuda externa.

No entanto, advertiu, "ao contrário do que por vezes se diz", a acção do próximo Executivo não vai estar "limitada ao cumprimento do memorando de entendimento" acordado com as instituições internacionais.

Tal como já tinha assinalado na mensagem que dirigiu ao país a propósito do acordo de ajuda externa, em Maio, Cavaco Silva reiterou que "o novo Governo terá muito mais para decidir e fazer, de modo a garantir a justiça social, o crescimento da economia e o combate ao desemprego".

por Lusa e DN.pt
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