«Ficámos presos ao que sabíamos fazer melhor - rock'n'roll»: Brian Johnson [AC/DC]
Ovocalista Brian Johnson concedeu recentemente uma entrevista ao New York Post onde discute o segredo da popularidade dos AC/DC, entre outros aspectos como a sua entrada para o grupo e a familiarização com Bon Scott.
Em relação a este último ponto, Johnson afirma que conheceu Scott em 1973-74. “A sua banda estava a abrir para a minha, os Geordie. Tive um caso terrível de apendicite e caí no chão, a pontapear e a dizer “Ooh!”, mas continuei a cantar. Aparentemente, ele disse ao pessoal dos AC/DC quando se juntou a eles, “ eu vi um tal de Brian Johnson a cantar e ele foi fantástico. Ele estava no chão a cantar, aos pontapés, a gritar – que interpretação!” Claro, não se tratava de uma interpretação. Estava realmente doente”.
Já a entrada para os AC/DC foi algo muito stressante ao início. “Cerca de três ou quatro meses após a morte do Bon, estou em Bahamas (para gravar o “Back In Black”). Foi ruinoso para os meus nervos. Cerca de três dias depois, eles disseram, “Brian, ouve isso e vê se consegues escrever letras”. Eles tinham um riff muito básico e disseram, “Estávamos a pensar chamá-lo “Shook Me All Night Long”. Sentei-me nesta noite com uma folha branca à frente e em cerca de 15 minutos tinha esse tema escrito”.
“Back In Black” é um dos maiores sucessos da carreira dos AC/DC, o qual Johnson diz que não foi suficiente para a sua vida se tornar no ideal de rockstar. “Absolutamente, não. Isto não seria permitido nos AC/DC. Sempre tivemos a consciência de que tínhamos um concerto no dia a seguir e que as pessoas tinham pago para vê-lo”.
Para além dessa “fórmula” de sucesso, a principal Johnson explica: “Ficámos presos ao que sabíamos fazer melhor – rock’n’roll”. Nunca demos ouvidos a companhias discográficas que diziam, “Têm que começar a deixar crescer o cabelo e usar casacos compridos com ventoinhas no palco”. Todas essas pessoas já não estão na indústria discográfica e nós ainda cá estamos”.