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Review

SARAH JEZEBEL DEVA
“The Corruption Of Mercy”
[CD – Listenable Records]

Se a estreia a solo da diva inglesa, conhecida pelos 14 anos de ligação aos Cradle Of Filth, para além dos Angtoria que fundou com Chris Rehn (ex-Evergrey e Abyssos) e outras inúmeras colaborações com nomes tão importantes como Therion, The Gathering ou Mortiis, tinha sido algo morna, a roçar a desilusão, este regresso muda facilmente a nossa opinião logo aos primeiros instantes.

O sucessor de “A Sign Of Sublime” arranca com um abrasivo “No Paragon Of Virtue”, perverso, sinfónico e a “esgalhar”, acercando-se de um universo Septic Flesh ou mesmo Cradle Of Filth. A toada abranda ligeiramente no seguinte “The World Won’t Hold Your Hand”, mas os arranjos sinfónicos e as linhas de guitarra continuam muito interessantes. É aqui, aliás, que Sarah consegue um dos melhores refrões desde que se dedicou ao seu próprio projecto.

Quem já conhecia “A Sign Of Sublime” já sabia também que Sarah não estava interessada em cantar ópera, até porque ao longo da sua carreira experimentou vários registos e a própria não será a mais dotada das sopranos. Aqui sobressai, sobretudo, a sua sobriedade numa expressão mais gótica, à excepção do tema título onde expõe o registo por que ficou mais conhecida, e o devido altruísmo entre a sua voz e o instrumental. Muito bem fica-lhe também a balada ao piano em “Pretty With Effects”.

Entristece-nos um pouco o caminho mais compassado que o disco assume a partir do terceiro tema, depois de tão portentoso arranque com “No Paragon Of Virtue”, mas há ainda reservadas algumas surpresas. E a maior será talvez a cover de “Zombie” dos The Cranberries, que acaba por não entrar muito bem à primeira, mas logo se revela um exercício de reinterpretação bem interessante (e bem pesado, é escusado dizer-se). Nota mais ainda para o interlúdio orquestral “What Lays Before You” que dá ênfase ao lado sinfónico que Sarah terá eventualmente herdado dos Angtoria ou Cradle Of Filth.

Por tudo isto, estamos certos que com “The Corruption Of Mercy”, Sarah Jane Ferridge (de seu nome de baptismo) dá um passo muito importante na sua afirmação como artista independente e com argumentos próprios, depois de um primeiro passo em falso. [7.9/10] N.C.

Estilo: Gothic/symphonic metal

Discografia (a solo):
- “A Sign Of Sublime” [CD – 2010]
- “The Corruption Of Mercy” [CD – 2011]

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