photo logopost_zps4920d857.png photo headerteste_zps0e0d15f7.png

Entrevista *Shels

UMA PLANÍCIE PARA MEDITAR
“É uma viagem de ida e volta para outro mundo”

*Shels é o nome do projecto liderado por Mehdi Safa. A SoundZone falou com o talentoso multi-instrumentista sobre “Plains Of The Purple Buffalo”, os projectos passados, planos para uma futura digressão e também para um novo projecto que promete ser pesado.

Vocês nasceram das cinzas de bandas como Mahumodo e Devil Sold His Soul. Fale-nos um pouco de como surgiu a ideia de formar os *Shels.
Não acho que os *Shels tenham nascido das cinzas de nada. Toda a música de Mahumodo foi escrita por mim e pelo Tom e depois formámos os *Shels por algumas razões - *Shels é a continuação dessa música e no meu coração é a combinação e evolução do trabalho que foi feito em Mahumodo… Infelizmente, não pude continuar com Mahumodo por uma série de razões, uma das quais por eu ter-me mudado para os Estados Unidos em 2003. As outras razões foram o facto de eu não conseguir continuar a trabalhar com os outros membros por motivos pessoais e diferenças criativas. Se ouvires Devil Sold His Soul e *Shels vais notar grandes diferenças criativas. Eu senti que Mahumodo estava limitado a um certo género e queria soltar-me do facto de pertencer a uma banda de metal/hardcore “pesada”… queria mais liberdade para incorporar um leque mais vasto de coisas e penso que o fim dos Mahumodo resultou bem, pois os outros membros puderam também continuar com a liberdade de produzir a música que queriam. Eu sempre adorei a palavra “shels” e até considerei mudar o nome de Mahumodo para *Shels a uma certa altura. Então quando Mahumodo chegou ao fim, *Shels pareceu uma escolha clara para o próximo passo.

Fale-nos de “Plains Of The Purple Buffalo”. Como considera que é quando comparado musicalmente ao bem aclamado “Sea Of A Dying Dhow”?
O “Plains” é muito diferente do “Sea”. No meu ver, é muito mais maduro de vários modos e foi produzido mais como um álbum, enquanto o “Sea” foi escrito e produzido como várias faixas. São álbuns muito diferentes. O “Plains” tem definitivamente um tema e conceito e resulta melhor quando é ouvido como um álbum. Por sua vez, o “Sea” pode ser ouvido faixa a faixa.

De que conceito se trata?
É uma viagem de ida e volta para outro mundo como a meditação que te pode levar numa viagem.

Dão muito valor ao artwork que utilizam nos vossos álbuns. Quem é o responsável?
O Jim Hollingworth, um velho amigo com quem temos trabalhado. Ele é incrível! O seu estilo detalhado e a justaposição do seu estilo inocente e infantil com temas sérios ressoa connosco.

Vai haver uma tournée europeia para celebrar o lançamento deste novo álbum?
Claro, esperamos fazê-lo este ano mas, se não acontecer, certamente será no início do próximo.

Disse uma vez noutra entrevista que os *Shels eram uma “banda livre”. O que é que isto significa? Como conseguem gerir isto ao vivo e no estúdio?
No estúdio normalmente sou só eu e o Tom. Ele grava a bateria e eu as guitarras, vozes e teclas. Também o Arif Driessen tocou trompete neste álbum. Ao vivo, gostamos de ser livres para trabalhar com muitas pessoas diferentes. Vamos revelar o line-up para o “Plains Of The Purple Buffalo” nos próximos meses. Fica atento a isso!

Há planos para Mahumodo num futuro próximo?
(risos) Não. Como disse, *Shels é uma continuação disso, mas fica atento ao que vem aí. Nestes dois últimos álbuns abrimos as nossas asas e experimentámos muitas coisas diferentes daquilo que fizemos com Mahumodo. Contudo, o Tom e eu estamos com muita vontade de fazer algo muito pesado e “evil”. Pode ser que isto tome a forma de um EP ou projecto paralelo. Preparem-se para algo muito pesado vindo de nós em breve.

Mark Martins

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...