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«Não tivemos vergonha de voltar a fazer coisas que consideramos simples»: Mike Gaspar [Moonspell]

O Myspace Portugal realizou uma entrevista com Mike Gaspar, baterista dos Moonspell, na recente actuação da banda no Incrível Almadense, em noite de Halloween, em que falou da forma com os novos temas para o futuro álbum da banda foram aparecendo e como se relacionam com o anterior “Night Eternal”. Ficou perspectivado um regresso ao passado e a promessa de uma surpresa.

Sobre o período que levou à composição do novo álbum, Gaspar explica que foram precisos “três anos” para ter tudo a postos, devido à intensa agenda da banda.

“Há três anos que já estamos a trabalhar nele. Quando sair fará mais ou menos quatro anos desde o último lançamento que foi o ‘Night Eternal’, de 2008. Isto porque tivemos muito sucesso e muitas oportunidades de fazer digressões pelo mundo fora e participar em festivais de Verão. E com todas as dificuldades que a indústria passa hoje em dia, ter esta oportunidade é incrível e não as podíamos recusar. Somos do tipo de bandas que se tem concertos marcados faz tudo para os concretizar.”

Os novos temas da banda foram surgindo de forma intermitente mas focada em ideias e rascunhos que foram sendo desenvolvidos nos poucos intervalos da sua agenda ao vivo.

“Sempre que temos uma oportunidade de descanso tentamos começar a gravar algo e a ter algumas ideias. Mais tarde, quando há oportunidade, voltamos a elas. Temos músicas que, passados um ou dois anos voltamos a elas. Fomos sempre refinando tudo o que fizemos. Acho que nunca tivemos tanto tempo para ver especificamente tudo o que queremos reproduzir depois de tantos anos de experiência.”

Já no aspecto sonoro e criativo, o baterista luso-americano garantiu que a banda se recorreu de velhos processos para encontrar a magia que tinham quando eram mais novos.

“Há aquela fase, entre os 30 e os 40 anos, em que se começa a ter muitas saudades dos primeiros anos de vida, da adolescência, dos 20 e poucos anos, em que era tudo novo e excitante. Acho que foi aí que fomos alimentar-nos um pouco para este novo álbum. Acho que esta é que é a grande diferença. Não tivemos vergonha de voltar a fazer coisas que consideramos simples. Cada álbum tende a ser mais complexo, mais rápido, mais intenso, mais gótico… Por isso, desta vez, tentámos fazer uma boa mistura e um bom equilíbrio entre todos estes elementos.

Mike Gaspar diz-se ainda confiante de que este novo conjunto de temas será o mais consentâneo com a identidade dos Moonspell.

“Acho que pela primeira vez conseguimos expor criativa e artisticamente tudo o que vai dentro de nós, o que é sempre complicado porque os Moonspell vivem entre dois mundos paralelos, o metal e o gótico. Desta vez encontrámos uma solução muito boa que vão descobrir mais tarde (agora não vou revelar), a partir da qual, finalmente, pudemos ter as melhores músicas que alguma vez fizemos. Sentimo-nos muito satisfeitos e podemos dizer que fizemos tudo o que podia ser alcançado com essa música. Quanto ao resto, como em todos os álbuns, tudo depende do público. Eles é que mandam.”
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