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Review - Skypho - "Same Old Sin"

SKYPHO
“Same Old Sin”
[CD – Edição de autor]

É curioso como tão discretamente os Skypho foram subindo na sua carreira, mas sempre sob um princípio rígido de qualidade e ousadia. Isto pode parecer paradoxal, até porque a banda já venceu alguns concursos, tocou ao lado de bandas de renome e até já foi ao estrangeiro. Mas a sensação que temos é que o material que apresentam tem potencial para já serem ainda mais falados do que são. Talvez alguma coisa mude com este “Same Old Sin” que apresenta o sexteto de Albergaria-A-Velha, pela primeira vez, em longa-duração.

Recorrendo aos préstimos, novamente, de Ivo Magalhães nos Uncle Rock Studios, e, pela primeira vez, do aclamado Jens Bogren na parte da masterização, salta-nos logo à vista o excelente som deste disco. Depois, vem a amálgama sonora – esquizofrénica - que caracteriza os Skypho desde os tempos de “Nowhere Neverland”, de 2007, que, aliás, acaba por ser aqui representado em vários temas.

Imaginem uns Soulfly e Rage Against The Machine a “churrascar” com uns Primitive Reason e Alice In Chains enquanto uns Ill Niño se encharcam num qualquer beberete latino ameaçado de saque por uns Tendrills ou Korn. Mas… fica complicado resumir os Skypho a estes autores. Isto aqui só pode ser considerado música experimental com um astral radiofónico, ao que não fica alheia a excelente voz de Carlos Tavares. Ao mesmo tempo, o peso está presente, o que os suspende entre o mainstream e o underground. No fundo, estão no seu próprio patamar que é o mais importante.

Não obstante este arrojado melting pot, estamos certos de que o grupo pode evitar certas influências mais vincadas e fazer convergir algumas delas para um todo ligeiramente mais homogéneo. A questão é discutível e adivinhamo-la como o principal estigma dos Skypho – a sua própria categorização.

Entenda-se ainda que os Skypho não descobriram a pólvora, mas têm uma inteligência acima da média ao nível da escrita e são capazes de imprimir uma dinâmica elevada e contagiante aos seus temas. Há demasiado por onde se pegar aqui… e nos tempos que correm não há como não valorizar nem que seja a intenção. Um bem-haja há descomplexidade da música dos Skypho. [8.2/10] N.C.

Data de lançamento: 15 de Outubro de 2011
Notas de estúdio: Produzido, captado e misturado por Ivo Magalhães (Uncle Rock Studios, Portugal); masterizado por Jens Bogren (Fascination Street Studios, Suécia)
Estilo: Fusion Metal
Origem: Albergaria-A-Velha (Portugal)
Formação: 2000

Alinhamento:
1. “S.D.S.”
2. “Sleeping In The Monster’s Bed”
3. “A Última Caminhada”
4. “My Insomnia”
5. “Your Love, My Cage, My Prison, My Rage”
6. “Spirit”
7. “Nowhere Neverland”
8. “Demon’s Party”
9. “Darkness Of The Soul”
10. “My Last Words”
11. “Re_Nasce”
12. “Jungle Syndrome”
13. “White Bird”
Duração: 65:14 minutos

Elementos:
- Carlos Tavares [voz/guitarra acústica]
- Hugo Sousa [guitarra]
- Zé Vidal [guitarra]
- Ricardo Santos [baixo]
- Ricardo Fontoura [bateria]
- Hugo Oliveira [percussão]

Discografia:
- “Hidden Faces” [Demo CD – 2004]
- “Nowhere Neverland” [EP – 2007]
- “Same Old Sin” [CD – 2011]

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