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Promotores queixam-se que mais de metade do público não paga bilhete

É como se cada português tivesse ido a um único espectáculo em 2010. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), 10 milhões de pessoas assistiram a espectáculos, em Portugal, no ano passado, mas mais de metade... não pagou bilhete.

Num ano em que houve 30 088 espectáculos ao vivo – peças de teatro, ópera, concertos, dança, circo ou touradas – 10,2 milhões de pessoas marcaram presença (quase o mesmo do que em 2009), mas só 4,6 milhões pagaram bilhete.

"Se falarmos de salas de espectáculos privadas, os dados não me parecem rigorosos. Mas se incluirmos os espectáculos de entrada livre, oferecidos pelas autarquias e instituições públicas, já será razoável", considera Paulo Dias, administrador-geral da UAU, promotora, por exemplo, da peça ‘Mendes.come’, em cena no Teatro Villaret, em Lisboa. "Dá que pensar: os organismos públicos deviam rever esta oferta de bilhetes, pois é concorrência a uma actividade comercial essencial ao País", conclui.

Também para Álvaro Covões "não é bom existirem tantos convites" no sector público, sobretudo quando tal não acontece no privado. "Na Everything is New [promotora de concertos da qual é proprietário], as entradas gratuitas representam só dez por cento da actividade".

Covões considera que "o mercado cultural está a crescer", mas questiona o futuro: "Vamos ver o que acontece para o ano, com o aumento da taxa do IVA de seis para 13 por cento."

Entre receitas gerais de 85,2 milhões de euros, foram os concertos que mais público atraíram (3,8 milhões de pessoas), com receitas de 50,3 milhões de euros.

Por Sofia Canelas de Castro
In Correio da Manhã
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