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«É muito mais divertido gravar sóbrio»: Phil Anselmo [Down]

Cientes de que o mercado discográfica está cada vez mais saturado e que isso leva a que as pessoas tenham cada vez menos tempo para ouvir álbuns de longa-duração, os Down escolheram há alguns meses que os seus próximos lançamentos seriam quatro EP’s. O primeiro, com nome ainda a definir mas com seis temas já garantidos, promete rebuscar as influências mais básicas da banda, como Black Sabbath, Saint Vitus e Witchfinder General. Para Phil Anselmo (vocalista) tratar-se-á de “um disco de puro doom metal”.

Em entrevista à última edição da Metal Hammer inglesa, Phil explicou ainda que o conteúdo das letras deste primeiro EP acercam-se de um espírito apaziguador: “É muito mais simples dizer do que fazer, mas ultimamente, em vez de sacudir as penas prefiro ter amigos do que inimigos. É fácil arranjar inimizades, ser-se negativo, mas é muito difícil amar”, concluiu Phil, referindo-se ainda ao elevado número de assassinatos cometidos por jovens na sua cidade.

Em relação ao processo de composição deste novo trabalho, o guitarrista Kirk Windstein confessa que “há vezes em que existe grande tensão na sala de ensaios”, pois todos os elementos da banda “têm uma personalidade muito forte”. Porém, a experiência diz-lhe que “ao fim de umas horas estão todos a sorrir”. “É preciso descer-se ao inferno para se chegar ao céu”, considerou.

Este trabalho marca ainda uma das poucas vezes em que Phil avançou para estúdio sem exceder-se no álcool. “Para mim é muito mais divertido gravar sóbrio. Dessa forma, consegues prestar atenção a tudo.” Ainda assim, não esconde que existem por lá algumas cervejas, “mas só depois do trabalho feito”.

Sobre o estado global do metal, Anselmo deixou ainda uma análise. “Vimos ouvindo há 20 anos que o metal está a morrer, mesmo na época dos Pantera. Diziam-nos que íamos vender menos bilhetes porque a moda do nu-metal ia dominar o mundo. E agora vejam o que aconteceu! O metal nunca está morto!”

Os dois músicos recordaram ainda a mediática saída de Rex Brown no ano passado. Assumindo que algumas razões são pessoais e outras musicais, ficou, todavia, assegurado que todos os elementos dos Down continuam “grandes amigos” do baixista ex-Pantera.

Mais complexa é a relação de Phil com Vinnie Paul (ex-Pantera). Segundo Phil, os dois não se falam “desde 2001”, mas deixa claro que a sua ”porta está aberta” para a reconciliação. E apesar de Vinnie continuar aparentemente “a fazer questão de manter os ressentimentos presentes”, Phil não tem dúvidas: “Ele adoram-me”.
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