Primitive Reason
22.12.11 - TMN Ao Vivo, Lisboa
O mês de Dezembro marcou o regresso dos Primitive Reason aos palcos e em grande forma. Por volta das 22 horas, a TMN Ao Vivo, localizada no Cais do Sodré, não prometia encher, havendo mais fumadores na rua do que propriamente gente dentro da sala. Mas desengane-se quem acha que foi um concerto para poucas pessoas.
Passava pouco tempo da hora marcada quando se ouve o som do baixo, últimas afinações e preparativos antes da banda entrar em palco para aquilo que se adivinhava ser um grande concerto. O público era variado, tal como o estilo que identifica os Primitive Reason. Havia desde o pessoal com piercings e rastas como gente de fato e gravata.
A entrada faz-se com “Kindian” e o seu videoclip a passar num enorme ecrã por trás, com a mensagem inicial de Black Elk (índio que representa o tema): “…for nothing can live well except in a manner suited to the way the Power of the World lives and moves to do its work”. Inicialmente o público estava um pouco parado, sentindo-se apenas um ligeiro abanar de cabeças e muita atenção naquilo que iria acontecer. Depois de “Sage”, o terceiro tema, sentiu-se um ligeiro à vontade, tanto em cima de palco como no público que começava a vibrar com uma banda que mais parecia que nunca tinha estado afastada dos palcos. Apresentam em seguida “Seeds Among Rain” do álbum “Power To The People” com promessas de release para fevereiro.
Tal como foi prometido na divulgação do espectáculo, havia convidados especiais. O primeiro a entrar em cena foi Nuno Gomes no tema “Object”, enquanto Guillermo de Llera filmava tudo em cima de palco. O segundo foi Sérgio Gaspar a representar excelentemente o tema “Seven Fingered Friend” e levando a um grande abanão na sala TMN. O terceiro convidado, James Beja, interpretou o tema “Bobo Grey” depois de um encore.
Temas como “Dinero”, “The Day Will Come” e “Walk inside” também fizeram parte da setlist da noite. E o final de uma grande noite estava reservado ao peso de “Born from Fear”.
De notar a excelente combinação entre os elementos da banda; o saxofone que dá um poder brutal às músicas, o baixo que cria um groove estrondoso e os riffs de guitarra que juntamente com a bateria e Guillermo criam… Primitive.
Texto: Filipa Loulé