Músicos Avulso - Álvaro Fernandes (Pitch Black)
Aqui começa o verdadeiro “striptease” intelectual aos músicos da nossa praça e arredores, do mais reconhecido ao anónimo. Sem descriminar ninguém e fazendo jus ao título desta rubrica, a SoundZone tentará dar a conhecer ao público o lado menos visível e mais humano dos artistas desprendendo-se do conceito de banda. A filosofia é a da descompressão, do entretenimento, de um certo “recreio dos sentidos”, mas sempre com o intuito de se tentar transmitir pontos de vista, personalidades e vivências que nos possam servir de referência. A SoundZone pretende também com este um espaço interactivo. Por isso, fazemos o apelo aos nossos leitores para que nos sugiram por e-mail questões e artistas que gostariam de ver neste formato. Aqui (quase) nada ficará por dizer.
Data de nascimento e naturalidade?
9 de Junho de 1975, Porto.
Como descreve sua terra natal e que sentimentos esta lhe traz? Gosta de ter crescido lá ou se pudesse tinha escolhido outra localidade ou mesmo país para nascer?
Mesmo país, mesma cidade! Não mudava nada, excepto muitas mentalidades. Mas isso está fora do meu alcance! O Porto é imponente, é a cidade invicta e orgulho-me de ter nascido e vivido cá toda a minha vida. Povo hospitaleiro e simpático.
Que traço faz da sua infância? Lembra-se das brincadeiras e traquinices que tinha? Que tipo de miúdo é que era?
Era tranquilo e não dava grandes dores de cabeça aos meus pais, a não ser em assuntos escolares. Brincava na rua, jogava futebol, andava de bicicleta, etc.. Não existiam telemóveis e ninguém se perdia ou desencontrava. E quando chegava à hora de jantar, a minha mãe tinha de vir à janela gritar! Hoje em dia manda-se uma sms…
Porque dava dores de cabeça aos seus pais em assuntos escolares? Não era um aluno empenhado?
Era preguiçoso, estudar nunca foi o meu forte. Soa mal dizer isso mas não tinha mesmo jeito para aquilo! Ter que memorizar páginas e páginas de História só para um teste e dois dias depois já não me lembrar de nada!
Que matérias/áreas mais o entusiasmavam e, por outro lado, quais as que mais detestava?
Português, Inglês e Filosofia eram as minhas preferidas. Detestava tudo o que tivesse a ver com números (Matemática, Físico-química, etc.).
Lembra-se de algum momento marcante enquanto estudante?
Já no 10º ano, se não me engano, tive uma professora de História que era simplesmente horrível. Nem os alunos exemplares e excelentes conseguiam boas notas. Era frustrante para eles e ridículo. Não tinha qualquer simpatia por nós e era mal-educada. Eu nunca admiti isso e sempre tive conflitos. Por ter sido expulso duas vezes das suas aulas tive de anular a matrícula à disciplina para que as coisas não piorassem. Lembro-me também da brincadeira com os “peidinhos engarrafados” nas aulas quando era puto. Muito me ria! Eram outros tempos... hoje em dia bate-se nos professores e isso é que tem piada. Se bem que aquela professora de História que referi merecia até mais do que isso!
A sua ligação ao metal surge quando e como?
Nunca me consigo lembrar do ano exacto e tenho sempre de fazer as contas. 1987/88, acho. Tinha um colega de turma que um dia convidou-me a ir até casa dele depois das aulas para me mostrar uns discos que eram do irmão. Saí de lá com uma cassete que me gravou na hora: o mítico “Do You Feel Like We Do” do Peter Frampton (naquela altura fiquei a pensar que o gajo era tão bom guitarrista que a guitarra falava mesmo), uns temas dos Iron Maiden do “Live After Death” e do King Diamond.
Como aprendeu, neste caso, a tocar guitarra?
Sozinho. O “Black Album” dos Metallica teve um impacto até hoje sem precedentes a todos os níveis! Embora hoje em dia não goste do álbum todo (só três ou quatro temas) admito que, naquela altura, abriu-me novos horizontes em termos musicais. E fiquei ainda mais viciado no metal, fui descobrindo mais bandas e uma coisa levou à outra. Apesar de já conhecer e gostar dos anteriores álbuns dos Metallica, ainda eram algo extremos para quem tinha passado os últimos anos a ouvir AC/DC, Helloween, Judas Priest, Iron Maiden, Alice Cooper, Mötley Crüe, W.A.S.P., Aerosmith, etc.. Ainda hoje sou da opinião de que a geração da minha idade (eu inclusive) que viveu o lançamento daquele disco não percebeu o quão comercial e MTV era aquilo! Porque a nível de produção, para 1991, era qualquer coisa de assombroso. E a nível de composição era quase como o gajo que escreve as músicas da Lady Gaga compor um álbum de metal e pensar: “Isto tem de bater”. E, de facto, naquela altura, todos os temas eram bombásticos! Simples, melódicos e pesados! Dava pano para mangas isto mas pronto... tudo para dizer que aquele álbum surgiu na altura certa, tal como outros surgiram no seu tempo e tiveram um impacto semelhante, mudaram algo. Como é óbvio, todo esse sucesso trouxe muita coisa má mas a vida é mesmo assim. Houve outras que vieram por bem e seriam bem diferentes hoje se não tivesse existido o “Black Album”! E claro que depois daquele disco, os Metallica tornaram-se na maior desilusão do mundo do metal a par com os Sepultura. Ao menos ensinaram-me a nunca cometer os erros dos outros!
Qual foi o primeiro disco de metal que ouviu e o que comprou?
Iron Maiden e Iron Maiden! O “Live After Death” foi o primeiro que ouvi. O “Killers” foi o primeiro LP original que comprei.
Passou por aquela fase pré-metal em que ouvia tudo o que lhe aparecia? Tem, por exemplo, vergonha de certas coisas que ouvia?
Não, pois ainda as ouço quanto mais não seja pela nostalgia! Ouvia outros géneros antes sendo que a música sempre esteve presente. Sem ter nada a ver com metal (ou mesmo com rock) ouvia o que me aparecia pela frente: os hits da altura (anos 80) e, entretanto, fui ficando fã de uma ou outra banda ou músico. Sabrina e Samantha Fox, claro! Também Michael Jackson, Abba, Sade, Pink Floyd, Dire Straits, Phil Collins, Heróis do Mar, Xutos & Pontapés e por aí fora. Nesse percurso conheci umas coisas que ainda hoje penso terem sido as que, mais tarde, originaram o clique quando ouvi hard rock e mtal pela primeira vez. O clique que divide as nossas fases pré-metal e pós-metal. “Run To You” do Bryan Adams, “Born In The USA” do Bruce Springsteen e “Touch Me” da Samantha Fox. Essas músicas têm determinadas partes que eu delirava em absoluto e são grandiosos temas de rock mesmo (independentemente do seu potencial comercial). E para além destes três temas, foi também o Billy Idol! Esse gajo é (e sempre será) o maior! Para alguns foram os Led Zeppelin, para outros os The Doors, os Pink Floyd, os Yes, os The Beatles e por aí fora. Depende das experiências e da geração/idade de cada um. No meu caso, foi mesmo o Billy Idol e aqueles três outros temas.
Qual foi o primeiro concerto a que assistiu?
Foi na minha escola secundária. Muff Dive era a banda. De metal foi Suicidal Tendencies e Metallica, em Alvalade. Perdi alguns concertos míticos aqui no norte que me fazem ainda hoje dar cabeçadas na parede, porque nenhum dos meus amigos ouvia metal na altura e não tinha companhia (nem dinheiro).
E o que mais o marcou até hoje e porquê?
Alice Cooper no Pavilhão Atlântico. Ouço-o desde o início e foi a primeira vez que o vi. Fiquei emocionado, pois esperei anos por aquele momento. É um deus!
Qual é a sua grande referência musical e porquê?
Tenho várias mas tendo de escolher uma terá de ser Death! Para além do Chuck Schuldiner ser um visionário e ter conseguido estar sempre anos à frente do seu tempo (do primeiro ao último trabalho) é um compositor extraordinário, gostava de música mais do que tudo e viveu sempre para ela até ao fim.
Quais são as suas habilitações literárias e qual é a sua ocupação profissional?
Tenho o 12º ano e sou vendedor numa loja.
Para si, qual seria a profissão ideal?
Músico, claro!
Qual é o seu grande hobby?
A música!
Qual a viagem que mais o marcou até hoje e qual é o seu destino preferido de férias?
A mais longa que fiz foi até à Alemanha. Foi uma única vez e foi ao Wacken, em 2004. Essa foi a que mais me marcou. De resto, só Vigo e Sevilha, nada mais. Não sou de viajar. Gerês é o meu destino preferido para férias. Delirei com São Miguel quando fomos lá tocar e gostava de ir mais vezes mas são tão caras as viagens que é uma pena!
Que local ou país deseja mais conhecer?
Holanda, Japão, Suécia e Noruega.
Tem um disco, canção, filme ou série da sua vida?
Tenho tudo isso e até mais que um de cada. Mas para mencionar apenas um, diria que Iron Maiden: “Seventh Son Of A Seventh Son”, “Phenomena” (Dario Argento) e “Lost”.
No sentido inverso; pior disco, canção, filme…
“St. Anger” dos Metallica, qualquer uma do álbum referido anteriormente e “Catwoman”.
Pratica ou acompanha algum desporto?
Natação em miúdo e nada mais. Não acompanho nenhum desporto, a não ser futebol unicamente de dois em dois anos (mundial e europeu) e qualquer jogo da nossa selecção.
É adepto de algum clube de futebol nacional? Qual?
O Boavista é o meu clube desde miúdo e sempre será. E como sou da cidade do Porto, a seguir ao Boavista a minha preferência será sempre o F.C. Porto.
Utiliza as redes sociais? Que visão tem dessas e que papel lhes atribui?
Sim, utilizo o MySpace e o facebook. O MySpace morreu desde que alterou a sua estrutura por completo e acho incrível como deixaram ficar tudo igual. Só serve para as bandas agora. O facebook é um autêntico contentor de spam e publicidade. Foram inteligentes e como rede social tem muita coisa boa. Não uso muito, apenas de vez em quando ou para manter contacto com algumas pessoas.
Consome ou já consumiu ilícitos?
Só os álbuns dos Cannabis Corpse!
Uma noite perfeita?
Gerês com a minha namorada!
É casado? Tem filhos?
Vivo com a minha namorada e não tenho filhos.
Que facto mais o orgulha e envergonha na história nacional e/ou internacional?
A nível nacional orgulho-me da nossa selecção ter chegado à final do campeonato europeu em 2004 e envergonho-me de termos perdido com uma equipa de merda! [risos] No plano internacional orgulho-me de termos músicos e bandas que me inspiraram todos os dias e envergonho-me do último álbum dos Morbid Angel.
Acredita em Deus? É devoto de alguma religião?
Não e não.
Acredita em fenómenos paranormais?
Acredito que possa existir algo mas não sei o quê porque nunca ninguém me mostrou.
E em extraterrestres?
Em vida longe daqui acredito que sim mas também ainda ninguém me convenceu de nada!
Para si, qual é o maior flagelo mundial?
O próprio Homem.
Qual é a sua opinião sobre o aborto e o casamento homossexual?
Sou a favor de ambos. Cada um é livre de se expressar da maneira que quiser e ser feliz como quer, sem qualquer tipo de marginalização.
Gosta de animais? Tem algum?
Mais do que das pessoas. Tenho duas gatas e em tempos já tive uma cadela e dois cães.
Gosta de videojogos? Qual o seu tipo e/ou jogo favorito?
Gosto de alguns mas não jogo regularmente. Em média talvez uma por ano. Nos últimos anos e até agora foram todos os GTA, mas para a Playstation 2 porque para além de ser pobre sou mais old school! [risos] Para a PS2, o GTA Vice City e o San Andreas e o PES 2004; para PC, o Metal Gear Solid, Resident Evil 2 e 3, Carmageddon 1 e 2, Soldier Of Fortune e Grim Fandango são os meus preferidos.
Enquanto músico, qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Quando partilhei o mesmo palco com os Exodus, Nuclear Assault, Onslaught, Tankard e Benediction.
E o mais insólito?
Termos viajado até ao Fundão em 1996 com cinco pessoas num carro, todo o material nas nossas pernas e um sexto gajo na mala. Ainda por cima para tocarmos num concurso onde não conseguimos ganhar nenhum prémio e viemos de mãos a abanar para o Porto. O que vale é que fizemos muitas amizades e isso contou muito.
Arrepende-se de algo que fez na música?
De nada! Há sempre coisas que faria de maneira diferente, sem dúvida, mas nunca ao ponto de me arrepender.
Tem ainda algum sonho por cumprir na música?
Tantos! Ainda me falta partilhar um palco com Sodom, Kreator, Death Angel, Overkill e Slayer. Quero tocar no Wacken (ou outro qualquer do género) e dar concertos lá por fora.
Qual é a sua banda/artista nacional e internacional preferidos?
Nacional: Web, W.C. Noise, Genocide, Switchtense e Holocausto Canibal. Internacional: Alice Cooper, Death, Suicidal Tendencies e Suffocation.
O que acha da qualidade dos músicos e bandas nacionais?
Ao nível do que se faz lá fora. Temos bandas que já provaram isso, embora haja muita gente que ainda não reparou.
O que acha que falha, se é que alguma coisa falha, no panorama musical nacional? Há qualidade e quantidade de infraestruturas e público suficientes?
Público há! Se temos 25.000 pessoas para ver Iron Maiden e 50.000 para ver Metallica, temos público. O que não se percebe é como muitos concertos de bandas nacionais têm assistências de 50 pessoas e bandas como Exodus levam só 400. Há promotores, há festivais, há infraestruturas q.b. para um país como o nosso. Falta mesmo é o público aparecer e desaparecer esta geração do “saca tudo de borla da net e não compra nada”.
A internet é um problema ou uma virtude para os músicos e/ou a indústria discográfica?
Um problema para a indústria discográfica (aos olhos deles, não aos meus) e uma virtude para os músicos.
É a favor ou contra a pirataria?
Contra a pirataria. Mas na minha opinião, a pirataria é quem vende cópias ilegais ou faz dinheiro com obras obtidas gratuitamente. Sou a favor da partilha de ficheiros e do livre acesso à música. Quem gosta compra, quem não gosta não compra. A educação das pessoas é que tem de mudar!
O que acha dos organismos que gerem os direitos de autor, nomeadamente a SPA?
A SPA é uma palhaçada. Já estive inscrito, sei do que falo. Apresentei resultados e percebi como funcionam. Servem muito bem os “ricos” e roubam os “pobres”. A SPA funciona bem para quem tem cachets de €15.000 e vende 10.000, 20.000 unidades ou mais de um trabalho. Não funciona bem com uma banda como os Pitch Black ou outra qualquer que não esteja no mesmo patamar dos Trovante ou do Pedro Abrunhosa. Temos a GDA também que gere os direitos conexos dos artistas. Funciona bem, está adaptada a todas as realidades musicais. A SPA nem devia existir pois é um insulto para milhares de músicos que andam aí, principalmente para aqueles que ainda acreditam que devem estar inscritos lá.
Concorda com as leis que estão a ser estudadas para combater a pirataria (ACTA, SOPA, etc)?
De maneira nenhuma! Censura completa e absurda! É uma ditadura que está a ser imposta por pessoas que nem sabem o que é a música e que, aos poucos, está a matar a indústria. Se for tudo para a frente como querem, vai mesmo acabar com tudo e só vão sobreviver os Metallica, os U2, a Shakira, os Moonspell, os Machine Head, etc..
O que é que o irrita mais?
Passarem-me “atestados de burrice” e a falta de educação/respeito.
Qual é a maior surpresa que o podem fazer?
Arranjarem-me músicos empenhados, profissionais, interessados, trabalhadores e com espírito de grupo e sacrifício para tocarem thrash metal. É tão raro em Portugal que seria uma autêntica surpresa para mim aparecerem-me alguns pela frente! Neste momento, procuro um baterista.
Já praticou algum acto de solidariedade?
Sim, muitos!
Acha que ainda tem algum dom escondido por revelar?
Já tenho 36 anos, por isso, se ainda tenho algum é bom que ele apareça enquanto estou por cá! [risos]
Prefere o Verão ou o Inverno? Sol ou frio? Praia ou neve?
Sol, verão e praia, sem dúvida!
Sente-se dependente do telemóvel?
Acho útil. Sou do tempo em que não tínhamos telemóveis, por isso, passo bem sem ele mas é útil e práctico, sem dúvida. Sem música é que não passo nada bem! [risos]
Qual é a sua comida favorita?
Leitão.
E a bebida?
Cerveja e água.
Sabe cozinhar? Qual o prato que confecciona com maior mestria?
Sim, sei cozinhar mas pouca coisa. Os pratos que sei fazer melhor são na base da invenção, logo não tenho receita para nenhum. Depende da fome que tenha na altura. Talvez francesinha (mas compro o molho, não sei fazer) e febras com molho de natas (mais uma tonelada de especiarias).
Qual é o seu maior medo?
Envelhecer. Não falo do aspecto físico mas daquela altura em que percebemos que estamos perder as nossas capacidades mentais e motoras. Acho extremamente cruel envelhecermos ao ponto de estarmos dependentes de terceiros e passarmos o resto das nossas vidas assim. É a natureza, claro mas acho cruel! É bom que aproveitemos todos os bons momentos que a vida nos dá e não perdermos tempo nenhum.
Tem alguma fobia?
Sou fascinado por tudo que é insecto e aracnídeo mas congelo com todo o tipo de animais que metam respeito (mesmo que seja só pela aparência). Uma vez, quando ainda vivia com a minha mãe, entrou-me um morcego no quarto, completamente assustado, coitado. Entrei em pânico e tive de ir acordá-la para o expulsar com uma vassoura. Ridículo não? É verdade, eu não sou “trve”! [risos]
Neste momento está optimista em relação à recuperação económica do país?
De maneira nenhuma! Não sou cego!
Identifica-se com alguma ideologia política?
Nenhuma! A não ser que existisse uma dos honestos e dos que se preocupam realmente com o bem do nosso país. Mas ainda não ouvi falar de nenhuma.
Se pudesse recuar no tempo, até onde e quando recuava? Porquê?
Até à década de 70. Mas tinha de ter 17 anos! Adorava viver tudo o que se passou (excepto a ditadura em Portugal) nessa altura. Principalmente no que diz respeito à música.
Acredita na reencarnação? Em quem ou no que gostava de reencarnar numa outra vida?
Não acredito. Se acreditasse, gostava de reencarnar em mim próprio e repetir tudo de novo.
É supersticioso? Qual a sua maior superstição?
Não sou supersticioso nem tenho nenhuma superstição.
Para si, como se descobrem as verdadeiras amizades? O que é uma verdadeira amizade?
Quando emprestas dinheiro e te pagam em menos de três meses! [risos] Penso que não há nada em particular. Isso vê-se nas pessoas. Mas diria que sabemos isso quando nos respeitam, nos ajudam e estão lá para qualquer coisa de que necessitemos.
Tem tatuagens? Qual a que mais sentido tem para si?
Sim. Tenho quatro no braço direito mas são todas a mesma. Ou seja, começou pequena e foi aumentando. Não tem nenhum significado especial. Pretendo também fazer no esquerdo e na perna direita.
E piercings?
Não tenho nenhum.
Considera-se vaidoso? Que cuidados tem com a aparência e a saúde?
Não sou vaidoso. Sou esquisito a comprar roupa mas simplesmente porque gosto de me sentir bem com o que visto. Não tenho grandes cuidados a não ser com a saúde. E mesmo assim, limito-me apenas a ter uma alimentação razoável. Umas saladas, beber água, leite, cereais, poucos sumos e açúcar, nada de merdas de McDonalds e afins e pouco mais. Devia ser mais cuidadoso, é um facto mas tento equilibrar dentro dos possíveis.
Qual o seu maior defeito e a sua maior virtude?
Sou teimoso, sem dúvida. A maior virtude é o respeito que tenho por todos, uma boa dose de bom senso e nunca prejudico deliberadamente ninguém. Acho que sou boa pessoa!
Nuno Costa