Défice orçamental do Estado aumentou 25% face a 2011
O défice do Estado nos primeiros quatro
meses do ano foi 3,1 mil milhões de euros, mais 25% do que no mesmo período de
2011. A justificar esta variação está, não só uma quebra na receita, como um
aumento da despesa.
Entre janeiro e abril
deste ano, a receita caiu 2,2%, empurrada principalmente dela contração de 3%
dos impostos. No entanto, é na despesa que a diferença em relação a 2011 é mais
marcante. A despesa efetiva do Estado cresceu 2,6%, apesar de os gastos
primários continuarem a cair (-0,9%).
A subida dos números
da despesa é justificada pelo pagamento de juros e outros encargos relacionados
com a dívida (57,9%), um calendário de juros de Obrigações do Tesouro e
Bilhetes do Tesouro mais pesado do que no mesmo período de 2011 e um incremento
de 4,6% das transferências correntes para a Segurança Social, devido à
transferência dos fundos de pensões dos bancários. Além disso, cresceu também a
contribuição financeira nacional para o orçamento da União Europeia (102,3
milhões de euros).
Por outro lado, para a
descida da despesa, contribuiu a redução das transferências para o Serviço
Nacional de Saúde (-9,5%), para isntituições de Ensino Superior e Ação Social
do Ensino Superior (19,7%) e para a Administração Local (5,6%); uma contração
da despesa com com pessoal (-5,8% em remunerações certas e
permanentes); e um decréscimo de aquisição de serviços.
Tudo somado, foram
14,16 mil milhões de euros. Mais 357 milhões que nos primeiros quatro meses de
2011.
Por Dinheirovivo.pt
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