Músicos Avulso - Hugo Andrade (Switchtense)
Aqui começa o verdadeiro “striptease” intelectual aos músicos da nossa praça e arredores, do mais reconhecido ao anónimo. Sem descriminar ninguém e fazendo jus ao título desta rubrica, a SoundZone tentará dar a conhecer ao público o lado menos visível e mais humano dos artistas desprendendo-se do conceito de banda. A filosofia é a da descompressão, do entretenimento, de um certo “recreio dos sentidos”, mas sempre com o intuito de se tentar transmitir pontos de vista, personalidades e vivências que nos possam servir de referência. A SoundZone pretende também com este um espaço interactivo. Por isso, fazemos o apelo aos nossos leitores para que nos sugiram por e-mail questões e artistas que gostariam de ver neste formato. Aqui (quase) nada ficará por dizer.
23
Agosto de 1981 (31 anos). Nasci em Alhos Vedros, freguesia do Concelho da
Moita.
Como descreve sua terra natal e que
sentimentos esta lhe traz? Gosta de ter crescido lá ou se pudesse tinha
escolhido outra localidade ou mesmo país para nascer?
A Moita
é uma terra pequena… e na altura em que eu era miúdo, mais pequena ainda. Não
trocava nada daquilo que tive aqui. As brincadeiras, a escola, os amigos, as
idas ao cinema ao sábado à tarde, as primeiras saídas e consequentes bebedeiras,
as festas da Moita que quando era miúdo eram vividas de uma forma totalmente
diferente do que se passa hoje. Gosto muito da minha terra.
Que traço faz da sua infância? Lembra-se das
brincadeiras e traquinices que tinha? Que tipo de miúdo é que era?
Sempre fui um miúdo muito
brincalhão e traquinas. Passava os dias a jogar à bola e fazer outro tipo de
brincadeiras com o resto das crianças do meu bairro. Vivia num bairro onde toda
a gente se conhecia e naquela altura era normal ficar até bem tarde a brincar
na rua, coisa que hoje em dia deve ser impossível… Às vezes até tão tarde que
obrigava a minha mãe a sair à rua para me ir apanhar!
Na escola era um aluno empenhado? Que
matérias/áreas mais o entusiasmavam e, por outro lado, quais as que mais detestava?
Não posso dizer que tenha sido um
aluno muito aplicado, mas tinha facilidade em aprender só do que ia apanhando
nas aulas. Nunca fui “marrão” e sempre tirei boas notas, sendo que podia muitas
vezes ter sido melhor. O meu maior problema era ser muito conversador e
distrair toda a gente, pelo menos é disso que me lembro de ver escrito naquelas
fichas de avaliação que os professores mandavam para casa para os pais verem.
Sempre fui bom em letras e péssimo em números. Matemáticas e Ciências eram o
meu terror, e foi por isso que, assim que pude, escapei-me. Adorava Português,
Inglês e História. Em Trabalhos Manuais e Educação Visual também fui sempre
péssimo.
Lembra-se de algum momento marcante enquanto
estudante? Alguma curiosidade, brincadeira, traquinice, alguma contenda com
algum professor?
Lembro
de quando andava na primária ter participado num teatro que contava a história
da Moita. Existiam várias personagens como os salineiros, os agricultores, etc..
Por ironia do destino, calhou-me ser um forcado. O mais marcante de tudo isto,
é que a nossa peça ganhou o prémio da melhor do distrito de Setúbal, e fomos,
por isso, escolhidos para voltar a representá-la num encontro de escolas que
vinham de toda Europa. Essa representação foi na Aula Magna. Foi a primeira vez
que subi a um palco… vestido de forcado! [risos] No Secundário pertenci à
Associação de Estudantes e isso fez-me saber trabalhar em conjunto e ter as
minhas primeiras experiências relacionadas com a organização de alguma coisa. No
ensino universitário passei por três Universidades diferentes: na Guarda, na
Covilhã e em Lisboa na Faculdade de Letras. Esta experiência marcou-me, pois
viver fora de casa quando tinha apenas 18 anos ensinou-me muito.
Concorda com o novo acordo ortográfico?
As pessoas
são sempre resistentes às mudanças, é normal que se reclame. Eu escrevo como
aprendi, porque estou assim habituado. Contudo, há coisas que realmente são
totalmente absurdas. Um espectador tornar-te num espetador. Não faz sentido
nenhum! [risos]
A sua ligação ao metal surge quando e como?
Surge
aos 14 anos. Tinha um amigo que ouvia sonoridades mais pesadas, e o primeiro
contacto com esta música foi feita na casa dele. Era um amigo mais velho do que
eu, e por isso, já tinha algumas bandas de eleição que costumava ouvir. Eram
elas Ratos de Porão, Sepultura e Metallica.
Como aprendeu, neste caso, a cantar?
Desde
miúdo que gostei de cantar. Depois numa fase da minha adolescência comecei a
aprender a tocar guitarra, mas nunca passei das coisas mais rudimentares.
Fartei-me cedo. Depois, comecei a mandar uns berros assim só para experimentar.
Gostei e fui continuando.
Qual foi o primeiro disco de metal que ouviu
e o que comprou?
O que
ouvi acho que o "Black Album" dos Metallica. O que comprei, o "Chaos
AD" dos Sepultura.
Sempre ouviu metal ou teve aquela fase
pré-metal em que ouvia tudo o que lhe aparecia? Tem, por exemplo, vergonha de
certas coisas que ouvia?
Não
tive fase pré-metal nem pós-metal. Sempre ouvi mais estilos de música
diferentes do metal. Quando era miúdo, tive uma fase que ouvia muito
punk-rock... No
Fun At All, Bad Religion, Pennywise, Rancid, The Offspring, entre outros. Também sempre fui adepto dos sons do chamado grunge. Os Nirvana,
Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, Stone Temple Pilots rodaram sempre nas
minhas escolhas. Ou seja, sempre fui muito ligado a sonoridades “rockeiras”. Fora
deste espectro, Radiohead, Portishead e dEUS são bandas que também ouvi muito
quando era mais novo. The Doors e Queen também fizeram parte da minha
aprendizagem musical.
Qual foi o primeiro concerto a que assistiu?
Tenho
memória que foi um dos GNR nas festas de Setúbal, em 1992... se não me engano.
E o que mais o marcou até hoje e porquê?
Nunca
fui muito de guardar esse tipo de memórias… Existiram vários concertos que gostei
muito ao longo da minha vida. Contudo, acho que os concertos que mais me
marcaram foram dois concertos que não pude ir: Nirvana e Pantera, em 1994. Tinha
13 anos e a minha mãe não me deixou ir! [risos]
Qual é a sua grande referência musical e
porquê?
A minha banda preferida é
Pantera... a banda no seu conjunto e nenhum dos elementos em particular. Quando
os ouvi pela primeira vez senti que nunca tinha ouvido nada assim e isso fez
com que me marcasse para sempre! Não havia uma coisa que me soasse tao pesada,
tao suja mas ao mesmo tempo tão viciante.
Quais são as suas habilitações literárias e
qual é a sua ocupação profissional?
Completei
o 12º ano. Depois estive uns anos no Ensino Superior mas não o concluí. Estudei
Língua e Cultura Portuguesa e Línguas e Literaturas Modernas. Acabei por tirar um curso técnico na
ETIC, em Lisboa. Era um curso geral de som/produção. Actualmente, trabalho num
Auditório Municipal, o Fórum Cultural José Manuel Figueiredo na Baixa da
Banheira, na Moita. Sou mais um dos jovens contractados a recibos verdes pelo Estado…
há 7 anos! É obra!
Para si, qual seria a profissão ideal?
Músico. É
para isso que me esforço todos os dias, para conseguir fazer com que a música
seja a minha profissão.
Qual é o seu grande hobby?
Gosto de ver filmes, jogar
computador, ver futebol… coisas normais!
Qual a viagem que mais o marcou até hoje e qual é o seu destino
preferido de férias?
Fiz um inter-rail quando tinha 18
anos. Juntei umas massas e fui com um amigo meu. Um mês pela Europa a viajar
com a mochila às costas: França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, República Checa,
Polónia... E todas as viagens que faço coma banda são de mais, é sempre uma
festa! Não sou muito de férias, mas
gosto da paz do litoral alentejano. Melides é perto, barato e muito sossegado.
Tem lá um restaurante que adoro - “O Melidense”.
Que local ou país deseja mais conhecer?
Adorava conhecer a Rússia, mais
propriamente São Petersburgo. Um dia vou lá!
Tem um disco, canção, filme ou série da sua vida?
Muitos… "Nevermind" dos Nirvana ou o "Vulgar
Display Of Power" dos Pantera, por exemplo. Quanto a filmes, adoro o "Taxi
Driver", entre outros.
No sentido inverso;
pior disco, canção, filme…
As coisas más consigo apagar da
memória, felizmente!
Pratica ou acompanha algum desporto?
Sou fanático por futebol, do tipo
que grava jogos e mesmo sabendo o resultado, os vê na mesma! Joguei futebol dos
11 até aos 18. Depois entrei na universidade e como fiquei longe de casa,
deixei de jogar. Tenho pena, era uma coisa que gostava de fazer, embora não
tivesse muito jeito. Eu era do tipo Jorge Costa, metade na bola, metade no
osso! [risos]
É adepto de algum clube de futebol nacional? Qual?
Do glorioso SLB. Sócio nº 206.131!
[risos]
Utiliza as redes sociais? Que visão tem dessas e que papel lhes
atribui?
Utilizo maioritariamente o Facebook,
pois os Myspace morreu completamente. Uso como ferramenta de divulgação do
trabalho da minha banda. É uma janela para o mundo. Contudo, não substitui o
contacto pessoal. Aí sim, tudo é diferente… mas pode ser importante para uma
primeira abordagem.
Consome ou já consumiu ilícitos?
Hmm… já
me esqueci! [risos]
Uma noite perfeita?
Concerto,
copos e amigos!
É casado? Tem filhos?
Não sou
casado nem tenho filhos.
Que facto mais o orgulha e envergonha na história nacional e/ou
internacional?
Na nossa história envergonha-me o
actual momento a que chegámos. Não fomos inteligentes para escolher o melhor
para o nosso país e, ao longo destes anos, metemos o nosso futuro nas mãos de
pessoas corruptas e que nunca fizeram nada em prol de Portugal, mas sim em nome
dos seus interesses pessoais! Orgulham-me todas as mentes criativas que existem
no nosso país. Somos uma pequena nação com menos gente que muitas outras, mas
existem aqui muitas pessoas com enorme capacidade.
Acredita em Deus? É
devoto de alguma religião?
Não! Nenhuma!
Acredita em fenómenos
paranormais? Já presenciou algum?
Acredito e já presenciei… tenho um enorme respeito por
isso!
E em extraterrestres?
Acredito em outras formas de vida totalmente diferentes
da nossa. É perfeitamente crível que não estejamos sozinhos.
Para si, qual é o maior flagelo mundial?
A ganância dos homens que o leva
a não olhar a meios para atingir fins. Tudo o resto são consequências disso.
Qual é a sua opinião sobre o aborto e o casamento homossexual?
Sou totalmente a favor do aborto.
É uma decisão da vida das pessoas. Existem casos em que essa prática evitava
muitos males. Contudo, a banalização do mesmo, já é uma coisa que me assusta. Mais
vale ser legal e com todas as condições do que algo escondido e que ponha em
risco a vida das mulheres. No que
diz respeito ao casamento homossexual e às tendências de cada um, não tenho qualquer
tipo de problema. Acho que as pessoas devem ter o direito de escolher e fazer o
que quiserem. O mais importante é que sejam felizes com as suas escolhas.
Gosta de animais? Tem algum?
Gosto mas não tenho…
Gosta de videojogos? Qual o seu tipo e/ou jogo favorito?
Gosto e jogo "PES" ou "Football
Manager". Também gosto de jogos como o "Call Of Duty" ou o "GTA"!
Enquanto músico, qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Existem vários momentos marcantes,
passando pelo que gravámos o nosso primeiro disco até ao momento em que
conseguimos cada vez mais internacionalizar a nossa música. Adoro os concertos
e o palco. Adoro aquele sentimento que se tem quando estás ali a fazer música
em directo para as pessoas ouvirem/verem e sentirem o mesmo que nós. Num nível
mais prático, respondo a esta entrevista nas vésperas de partirmos para um tour em Espanha a abrir para os Sepultura,
exactamente a banda do primeiro disco de metal que comprei!
E o mais insólito?
Complicada esta resposta… Houve
uma vez em que os Switchtense estavam sem baterista (em 2005) e metemos um
anúncio na net a procurar um. Ligou
um rapaz, que eu não conhecia, e que me disse, “Olha, estou-te a ligar para
dizer que não posso tocar com vocês. Domino o pedal-duplo mas neste momento não
estou disponível. Obrigado.". Hilariante!
Arrepende-se de algo que fez na música?
Não, nada!
Tem ainda algum sonho por cumprir na música?
Não são sonhos, são mesmo
objectivos que quero cumprir!
Qual é a sua banda/artista nacional e internacional preferidos?
Gosto de várias bandas
portuguesas, como os Pitch Black, Seven Stitches, For The Glory, Grankapo,
Grog, Holocausto Canibal, Simbiose, Revolution Whitin, Karnak Seti, Echidna e
muitas mais. Tem termos internacionais, os Pantera, Slayer, Dew-Scented,
Hatebreed, Cannibal Corpse, Municipal Waste… e continua por aí fora!
O que acha da qualidade dos músicos e bandas nacionais?
Brutal! Há excelentes músicos e bandas em Portugal, como em
todo o lado. Não estamos atrás de ninguém a esse nível!
O que acha que falha,
se é que alguma coisa falha, no panorama musical nacional? Acha que há
qualidade e quantidade de infra-estruturas e público suficientes? Falta
promoção e valorização do produto nacional. Nós temos vergonha de assumir que gostamos de
música portuguesa. Olhemos aqui para o lado para os espanhóis... eles exageram,
é um facto, mas o que é certo é que apoiam e valorizam bastante o que é deles.
Mas nós, cá continuamos na nossa tacanhez, a fazer vénias aos que vêm de fora e
a ignorarmos completamente o que de tão bom se faz cá. Os promotores e os agentes de informação/divulgação são na minha
opinião muito responsáveis por isto não evoluir.
A internet é um problema
ou uma virtude para os músicos e/ou a indústria discográfica?
A internet é uma virtude. O uso
da mesma é que nem sempre é salutar.
É a favor ou contra a pirataria?
Sou contra a pirataria, contra as
pessoas que fazem cópias ilegais e que fazem dinheiro com isso. Sou a favor da
partilha de música, depois é uma questão da educação das pessoas. Eu quando
gosto de um artista/banda compro a sua música, pois tenho a perfeita noção que
só assim essa pessoa vai continuar a fazer aquilo que faz e que eu gosto. Se as
pessoas pagam o pão na padaria, têm que pagar para ter música.
O que acha dos organismos que gerem os direitos de autor, nomeadamente
a SPA?
Sinceramente, nem ligo a isso.
Acho que é um organismo que pura e simplesmente serve os interesses dos
maiores. Pessoalmente, não estou inscrito nem faço intenção de me inscrever.
Concorda com as leis que estão a ser estudadas para combater a
pirataria (ACTA, SOPA, etc)?
Sou contra qualquer tipo de
corporativismo. Não concordo com essas medidas extremas de controlo desmedido!
O que é que o irrita mais?
A soberba e a vaidade.
Qual é a maior surpresa que o podem fazer?
Não sou muito adepto de
surpresas…
Já praticou algum acto de solidariedade? Se sim, qual?
Já dei comida e roupa a pessoas
mais necessitadas.
Acha que ainda tem algum dom escondido por revelar?
Não sei nem o procuro.
Prefere o Verão ou o Inverno? O sol ou o frio? A praia ou a neve?
Prefiro o Inverno e o frio. O Verão
deixa-me mole, preguiçoso… não gosto disso!
Qual é o carro dos seus sonhos?
Primeiro tenho que tirar a carta!
[risos] Não percebo nada de carros.
Sente-se dependente do telemóvel?
Como qualquer pessoa que precisa
de um telemóvel para contactar outras…
Qual é a sua comida favorita?
Tanta coisa. Gosto de Cozido à
Portuguesa, sardinhas assadas, Bacalhau à Brás ou à Gomes de Sá... Sou o que se
chama um bom garfo.
E a bebida?
Cerveja, Cola e Whisky.
Sabe cozinhar? Qual o prato que confecciona com maior mestria?
Sei cozinhar… cozinho de tudo um
pouco. Doces é que não é comigo, mas de resto, faço tudo!
Qual é o seu maior medo?
Perder a voz!
Tem alguma fobia?
Tenho vertigens, detesto alturas!
Neste momento está optimista em relação à recuperação económica do
país?
Não. Se continuarmos esta política de austeridade aplicada
aos trabalhadores enquanto a banca e os grandes grupos económicos continuam a
facturar milhões, a desviar os seus dinheiros para offshore's, nada vai mudar! Vamos
ficar mais pobres, com mais desemprego e arriscamo-nos a daqui a uns anos a sermos
apenas uma estância de férias com servos para os grandes senhores da Europa e
do mundo. Estamos a vender ao desbarato sectores fulcrais da nossa económica com
a agravante de ser a países que vivem sob regimes ditatoriais. Gostava de estar
optimista, mas neste momento não consigo.
Identifica-se com
alguma ideologia política?
Identifico-me mais com ideais de
esquerda, embora consiga ver algumas coisas positivas na direita.
Se pudesse recuar no tempo, até onde e quando recuava? Porquê?
Não sou saudosista. Quero é viver
o futuro!
Acredita na reencarnação? Em quem ou no que gostava de reencarnar numa
outra vida?
Acredito na imortalidade da alma. Acho que existe mais qualquer coisa que apenas esta carcaça de carne que nos transporta.
Acredito na imortalidade da alma. Acho que existe mais qualquer coisa que apenas esta carcaça de carne que nos transporta.
É supersticioso?
Não sou.
Para si, como se descobrem as verdadeiras amizades? O que é uma
verdadeira amizade?
As verdadeiras amizades
descobrem-se ao longo da vida. Um amigo são aquelas pessoas que nunca te
falham, que estão sempre lá por ti.
Tem tatuagens?
Não tenho.
E piercings?
Não tenho.
Considera-se vaidoso? Que cuidados tem com a aparência e a saúde?
Não sou vaidoso, nada mesmo.
Devia ter mais cuidados com a saúde e com a alimentação. É algo que pretendo
alterar em breve.
Que tipo de roupa nunca seria capaz de usar?
Roupas justas... odeio!
Qual o seu maior defeito e a sua maior virtude?
Sou persistente e ambicioso. Por vezes sou muito
intempestivo e penso que poderia ouvir mais do que aquilo
que consigo ouvir.facebook.com/HugoSwitchtense?ref=ts
facebook.com/SWITCHTENSE
myspace.com/switchtenseportugal