Vencedores do Angra Rock 2012 - Art Capital falam de futuros planos em exclusivo
A digerir ainda vitória do passado sábado no Concurso Angra Rock, os terceirenses Art Capital fazem contas à vida e prometem investir os 1.500€ do prémio em infraestruturas de apoio à banda e futuros lançamentos.
"Iremos investir, sem sombra de dúvida, na banda, dando prioridade àquilo que identificámos como mais necessário para melhorar as nossas condições de ensaio e nos nossos projectos futuros, a nível de edição, produção e promoção", explicou o baterista João Cardoso.
Desta vez não à terceira, mas sim à segunda, foi de vez. Os Art Capital estrearam-se no Angra Rock em 2011, onde não foram além da final. No entanto, João tem uma explicação para isso.
"Desde há um ano até agora temos tido a oportunidade de nos conhecermos melhor, tanto pessoalmente como a nível musical porque a convivência tem sido muito frequente. Salvo algumas excepções, temos ensaiado com a frequência de duas vezes por semana, às vezes mais, outras menos. Durante esse tempo temos ganho à-vontade uns com os outros e temo-nos apercebido da espontaneidade e naturalidade da nossa criatividade em conjunto. Temos feito por não nos darmos por contentes com a simples combinação despreocupada de notas e ritmos. Temo-nos preocupado em polir as músicas e com o seu aspecto geral. De qualquer forma, temos primado pela criatividade e por tocar aquilo que sentimos que soa bem, mesmo que não seja um som muito convencional. Este pequeno percurso tem sido muitíssimo entusiasmante para nós e talvez tenha sido esse modo de funcionarmos em conjunto que acabou por nos brindar com esse prémio."
Enquanto já rodam os temas "Cravings" e "Wasted On Lies", constantes de um registo promocional gravado já este ano, o quarteto composto também por Marta Inácio na voz, Bruno Moniz na guitarra e Freddy Duarte no baixo, discrimina os vários objectivos da banda doravante.
"Pretendemos gravar os temas que temos vindo a criar, produzir um videoclip, apostar na promoção da banda e, claro, criar novos temas", refere João, salientando que o objectivo mais apetecível agora é "gravar um álbum de estreia".
Para além da coesão, um dos segredos da banda com nome inspirado em "O Capital" de Karl Marx, parece estar na sonoridade acessível e abrangente que abre aspirações a uma facilitada afirmação.
"Realmente o nosso som tem o potencial de ser apreciado por um público mais abrangente comparativamente a sonoridades mais extremas que costumam agradar a públicos mais específicos. O som que tocamos é a combinação das diversas influências musicais que cada um de nós tem e estas são mesmo muitas. Talvez por isso mesmo poderemos vir a ter aceitação por parte de muitos públicos. Sendo assim e havendo essa hipótese, queremos que a nossa música chegue ao público em geral, mas para que isso aconteça há muito trabalho de promoção que é preciso ser feito. Temos de conseguir expor a nossa sonoridade, utilizando da melhor forma possível os meios que estão à nossa disposição."