«Onde estão as bandas dos dissidentes?»: Billy Corgan [Smashing Pumpkins]
Billy Corgan expressou várias visões pertinentes sobre o mundo da
música, tanto do ponto de vista meramente musical como da indústria. Para o
vocalista e fundador dos Smashing Pumpkins os jovens podem "esquecer"
de tentar serem os próximos Kurt Cobain, Trent Reznor ou Courtney Love. E uma das
razões são os "sites influentes como o Pitchfork.com", especializado
em música independente, que, segundo Corgan, é quem "estabelece as
regras".
"Vamos supor que é os próximo Kurt Cobain. Serás considerado
apropriado no primeiro álbum pela comunidade Pitchfork. A tua editora vai
seguir-se por aquela ideia porque aquela é a vossa plataforma de marketing. Mas
a partir do momento em que fazes parte dela estás congelado," apontou
o vocalista.
"As pessoas no Pitchfork importam-se muito com códigos
sociais, se estás a vestir a t-shirt certa ou não. Esta ortodoxia não é muito
diferente da de uma equipa de futebol escolar. Não podes ir contra a ordem social
se estiveres a pregar para o coro - e o coro já tem cortes de cabelo
fixe," ironizou.
O norte-americano de 45 anos reclama que é preciso "subverter
a ordem social do liceu" e uma atitude rebelde, pois, acredita, "foi
isso que tornou os Nirvana tão perigosos". "Onde está a rebeldia
hoje? Praticamente não há música sobre o cenário político, o que é absurdo,
pois neste âmbito estamos a viver os tempos mais malucos de sempre. Onde estão
as bandas dos dissidentes?" criticou.