Metallica - «Master Of Puppets» | SounD(/)ZonE - Magazine Online de Heavy Metal

METALLICA

“Master Of Puppets”

[CD – Elektra Records]

Após uma audição de "Master Of Puppets" passados muitos meses, é sempre bom sentir aquele mesmo arrepio na espinha que se sente quando o ouvimos pela primeira vez. Mesmo depois de tantos anos (26!), continua fresco, moderno e a influenciar um sem fim de bandas pelo mundo fora. Para muitos, talvez este seja o álbum mais marcante da história do metal. Como prova, temos o disco de platina sextuplo e a mais recente tour, em 2006, inspirado em "Master Of Puppets" e que serviu também de homenagem ao molagrado baixista Cliff Burton. Este é um disco conceptual que retrata o tema da dominação, e isso pode ser ouvido no seu decorrer.

"Battery" abre as hostes com a sua melodia limpa e lenta passando a uma velocidade estonteante e pura agressividade thrash. Segue-se a faixa-título que, como se sabe, é uma constante ao vivo e uma das que mais caracteriza o som dos Metallica. Sabe sempre bem ouvir e relembrar aquele solo de James Hetfield a meio. Curiosamente esta era a favorita de Burton.

"The Thing That Should Not Be" é, muito provavelmente, do mais pesado e obscuro que pode constar no reportório da banda. Riff pesadão, lento, letra sombria.

"Sanitarium" é uma “balada” bem ao estilo dos The Four Horsemen. Muita melodia nas guitarras, múltiplos solos, um riff principal memorável. De arrepiar. Uma boa maneira de acabar a primeira parte do disco.

"Disposable Heroes" traz de novo a rapidez tipicamente thrash. Letras sobre morte e guerra, solos ultra-rápidos, uma verdadeira montanha russa de emoções. O ritmo volta a abrandar de seguida com "Leper Messiah" mas os riffs continuam pesadíssimos. O que vem de seguida talvez seja uma das peças musicais mais inspiradas e belas de sempre: "Orion". Este instrumental escrito e composto por Cliff Burton inicia de uma forma bem pesada, passa para um meio excêntrico e cheio de brilhantes solos (de baixo e guitarra) e acaba da mesma forma que começa - pesado. O disco acaba com "Damage Inc.", uma verdadeira dose brutal do mais puro thrash que pode haver.

"Master Of Puppets" é daqueles discos que só fica melhor com a idade e que deve ser ouvido e adorado por todos os amantes de metal em geral. Genialidade é a única palavra que nos vêm à cabeça. Muito dificilmente haverá alguém a escrever algo melhor do que estes 55 minutos inspiradíssimos. M.M.