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Lisbon Dark Fest: organização garante como falsos rumores que a ligam a promotora fraudulenta

O Lisbon Dark Fest é um dos eventos mais badalados do calendário "metálico" para 2013 em Portugal. As estreias dos Crematory e Haggard e o regresso dos Therion a território nacional mais de uma década depois, são motivos que prometem grande afluência de público à Voz do Operário, em Lisboa, no dia 27 de Abril.

Anunciado em vários meios de comunicação no final de 2012, é a primeira grande produção da promotora e agência de management Fábrica da Música (formada no início no ano transacto). Porém, pouco depois deste anúncio, cresceram rumores de que esta nova entidade teria uma relação muito próxima com a, aparentemente, extinta e polémica RDA Management, responsável por vários eventos adiados e cancelados também em 2012.

A RDA Management está ligada ao cancelamento dos concertos dos Bizarra Locomotiva, W.A.K.O. e Hang The Traitor no R.Evolution Fest em Fevereiro e Março de 2012, no Paradise Garage, e dos dinamarqueses Mnemic a 19 de Julho do mesmo ano no República da Música. Na altura, todas as bandas alegaram conflito de interesses com a promotora e falta de condições para realizarem os concertos. Os Mnemic falaram mesmo em "falta de profissionalismo" e "mentiras", aconselhando a "não se cruzarem no caminho" da RDA Management.

Avultados montantes estarão ainda em dívida para com várias bandas. Contactados pela SounD(/)ZonE, os espanhóis Noctem, também adicionados à última da hora para o concerto no República da Música, garantem que quase um ano depois a RDA Management ainda lhes deve 800 euros mas que, entretanto, acabaram por "fugir como cobardes".

Recentemente, utilizadores do popular fórum Metalunderground.pt acusaram a Fábrica da Música de partilhar elementos do mesmo staff, bandas do mesmo roster e até associaram o grafismo e a estrutura das suas páginas online com a RDA Management.

Convidado a comentar o assunto, David Ferreira, responsável pela promoção de eventos da Fábrica da Música, considerou infundadas e meramente especulativas todas as reacções negativas a circundar o Lisbon Dark Fest.

"O evento vai ser realizado. Está mais do que confirmado, tanto pelas bandas como pelo promotor", começou por destacar. "Relativamente às especulações, não as vamos alimentar, estamos num país livre e cada um diz o que pensa. Alguns [comentadores] poderão ser de produtoras irritadas com a presença de mais uma no mercado. Não temos rigorosamente nada com a produtora RDA", garantiu.

Também no dia de ontem foi cancelada mais uma banda ao cartaz do Lisbon Dark Fest, no caso os Holocausto Canibal, depois de seguirem o mesmo caminho os Inffection que colocaram um ponto final na carreira. Não havendo justificação oficial sobre este novo cancelamento, David Ferreira defende que por "respeito a todas as bandas que contactámos, não vamos adiantar nada em relação aos Holocausto Canibal".

Ainda sobre os comentários no referido fórum, David Ferreira explica que estiveram "atentos à polémica desde o início" e ainda que se apercebessem da gravidade da situação preferiram manter-se "low profile". "É muito importante para nós o nosso trabalho, pois somos uma equipa muito coesa e apaixonada pelo que faz. A nossa postura habitualmente é deixar esses assuntos passarem ao lado. No entanto, esta situação já estava a descambar. Inclusive, escrevemos para um dos autores dessa polémica a dizer quem somos. No entanto, não surtiu nenhum efeito."

David Ferreira acredita que se tratam de "ódios pessoais" e que "estavam a ir mais além do propósito de defender as bandas". "Estão a criar uma situação em que as bandas podem vir a actuar para menos pessoas, tudo porque houve alguém que 'diz que disse'. Isto para o ego de qualquer artista com o calibre das bandas que vêm, é frustrante. O propósito de defesa das bandas deixou de existir, fosse a que custo fosse. Simplesmente a ideia dos mesmos foi destruir", argumenta.

Ainda assim, David Ferreira relega a hipótese de "golpe da concorrência". "Não acho que ofendemos ninguém porque marcámos o evento para o último dia do SWR Barroselas Metalfest. Coincidiu por mero acaso. Temos a organização do Barroselas muito em conta e não acreditamos que tenham tempo para este género de 'novelas'."

No desenrolar da discussão no Metalunderground.pt, um dos pontos mais focados é a presença de Ana Rita Alves, que muitos acreditam ser Rita Alves que dirigia a RDA Management. David Ferreira nega determinantemente o cruzamento de executivos entre as duas entidades, mas reconhece que a Fábrica da Música é "uma equipa em que os elementos vêm de outras promotoras e, acima de tudo, um grupo de amigos que decidiu arriscar e colocar em prática as suas ideias".

Também qualquer semelhança entre o roster da Fábrica da Música e da RDA Management será mera casualidade, diz David Ferreira. "O facto de fazermos agenciamento das bandas que estiveram com a RDA foi porque vieram ter connosco, uma vez que tínhamos elementos que estavam a par do que se tinha passado com a RDA. Achamos que todos merecem uma oportunidade e porque não ajudá-los?"

Entretanto, a SounD(/)ZonE também tentou entrar em contacto com vários agentes ligados a artistas do cartaz do Lisbon Dark Fest, obtendo resposta de Henry Klaere, representante dos Therion, que refere: "De facto, várias pessoas nos têm passado estas informações, a maioria de bandas portuguesas e espanholas que não foram pagas. Até ao momento, com os Therion está tudo a correr bem com o promotor e contamos tocar em Portugal."

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