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Review - Vreid - "Welcome Farewell"

VREID
“Welcome Farewell”
[CD – Indie Recordings]

Quando se diz que o black metal dos Vreid é melódico, a referência não é ao uso de teclados/sintetizadores cujo som, por si só, lima qualquer aresta bruta. No caso destes noruegueses, “melódico” é sinónimo de “não tradicional”, uma vez que a melodia é introduzida através de um excelente trabalho de guitarra com uma sonoridade mais heavy ou thrash metal do que propriamente black. Alguém até aplicou o termo “black’n’roll”, precisamente para distinguir da noção mais comum que se tem do black melódico.

“Welcome Farewell” é forjado, novamente, nesses moldes, embora a sonoridade geral seja um pouco mais crua que no seu antecessor “V”. Mas curiosamente, escolheram para primeiro single o tema mais “brando”: o riff principal de “The Reap” e o seu solo empregam uma combinação de notas e ritmo bastante ligeira, apenas a voz de Sture denunciando a vertente black. Uma música que fica com facilidade no ouvido, o que também pode explicar o porquê da escolha para single.

 “The Devils Hand” tem a natureza rebelde e despreocupada do punk rock e “Black Waves”, onde Sture explora um tom limpo, ainda que sinistro, assume novamente um ritmo pesado mas não extremo. “At The Brook” segue-lhe o exemplo no que diz respeito à batida, com o baixo mais proeminente, mas as guitarras são mais fluídas, como nas bandas de heavy metal clássico.

São os restantes temas que apresentam a crueza anteriormente mencionada, com partes de verdadeiro black, ainda que à mistura com outros géneros: “Way Of The Serpent” e o próprio “Welcome Farewell”, por exemplo, são temperados com thrash, e o início de “Sights Of Old” tem um cheirinho a doom, mas a base é indiscutivelmente black.

Os Vreid têm uma sonoridade característica que mais uma vez reproduziram sem, no entanto, tornarem-se repetitivos ou perderem a qualidade que até agora os tem assistido. Continuam a não convencer os metaleiros “trve”, mas os fãs que fizeram até agora e os apreciadores de um black metal mais contido vão ter em “Welcome Farewell” uma agradável companhia durante quase três quartos de hora. [7/10] R.L.

Data de lançamento: 26 de Fevereiro de 2013
Nota de estúdio: produzido e misturado por Hváll no Studio 1184, Asker (Noruega) e masterizado no Studio 210 em Berlim (Alemanha). Digipack inclui bonus track “Fossil”.
Estilo: melodic black metal
Origem: Sogndal (Noruega)
Formação: 2004

Alinhamento:
1. “The Ramble” (5:17)
2. “Way Of The Serpent” (5:28)
3. “The Devils Hand” (3:39)
4. ”Welcome Farewell” (6:31)
5. “The Reap” (3:56)
6. “Sights Of Old” (8:36)
7. “Black Waves” (4:18)
8. “At The Brook” (4:47)
Duração: 42:32

Elementos:
- Hváll (baixo)
- Sture (vozes/guitarra)
- Strom (guitarra)
- Steingrim (bateria)

Discografia:
- “Kraft” (CD – 2004)
- “Pitch Black Brigade” (CD – 2006)
- “I Krig” (CD – 2007)
- “Milorg” (CD – 2009)
- “V” (CD – 2011)


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