Lisbon Dark Fest: Therion revelam que A Fábrica da Música falsificou documentos bancários
Christofer Johnsson (Therion) |
Cumpre-se precisamente três semanas desde a data de um dos festivais mais polémicos alguma vez realizados em Portugal. Entretanto, ainda existem factos por narrar.
O Lisbon Dark Fest decorreu no dia 27 de Abril na Voz do
Operário, em Lisboa, mas os meses que o precederam foram inflamados pelo
cancelamento de várias bandas e a dúvida sobre a realização do mesmo até à hora
prevista. Os Therion, os grandes cabeças-de-cartaz do evento, foram relatando
nas redes sociais todas as atribulações relativas à sua viagem a Portugal e
deram contam de que iriam cumprir o seu espectáculo já a poucos instantes do
previsto, visto que a organização ainda não lhes tinha pago a última parte do cachet.
Entretanto, a SounD(/)ZonE soube em exclusivo junto de
Christofer Johnsson, guitarrista e mentor da banda sueca, que o comprovativo de
pagamento foi falsificado e que a banda foi “abandonada” na hora de regressar a
Estocolmo.
“Em resumo, esta organização está no top cinco das piores que já encontrámos na nossa carreira. Mas o
concerto foi óptimo e esquecemos todos os problemas enquanto estivemos em palco”,
começou por confessar.
“Depois do concerto tivemos mais problemas. Não havia
transporte no dia a seguir para nos levar ao aeroporto, por isso tivemos que
pagar do nosso próprio bolso seis táxis para levar o nosso material. Para além
disso, a última tranche do pagamento do nosso cachet revelou-se falsa. Eles falsificaram os documentos bancários.
Este é um crime grave e se alguém de Portugal com conhecimento nos ajudar, garantimos
que vamos levantar acusações contra eles. Algo como isto é uma ofensa pública.”
Christofer acrescenta que A Fábrica da Música também os
acusou de terem feito gastos indevidos no que concerne ao alojamento, o que
também garante falso. “O promotor acusou o nosso agente de ter gasto 600 euros
no hotel. Uma mentira óbvia. E quando lhes pedimos uma cópia da factura do
hotel para sustentar a acusação, não havia, claro, nada.”
O músico terminou fazendo votos de que “um promotor sério”
lhes proponha um novo concerto em Portugal, realçando mais uma vez o prazer de
actuar para o público português.