«O thrash metal é a ovelha negra da música»: James Hetfield [Metallica]
James
Hetfield teceu recentemente várias considerações sobre o thrash metal, um novo disco e o futuro dos Metallica. À margem de um dos três concertos na África do
Sul no mês passado, o vocalista e guitarrista do mítico grupo
californiano referiu ao MK Ondergrond que sem o glam rock o thrash metal não seria o que é.
"Assistiu-se
a um enorme ódio pelo glam que impulsionou o thrash metal. Os Metallica
cresceram em Los Angeles, mesmo no coração do glam e no pico de popularidade
dos Mötley Crue, Ratt e Poison. Nós éramos as figuras odiadas, mas eles eram
ainda mais odiados", explicou Hetfield acrescentando que à altura os
Metallica eram expulsos dos bares por serem julgados uma banda de punk.
Ainda
sobre o assunto, Hetfield diz que o segredo para o thrash metal se manter à
tona décadas depois, quando tantas modas surgiram e definharam, é a capacidade do género ligar as pessoas. "Quer o estilo continue a encher estádios ou simplesmente a bombar nas casas das pessoas, continua a emanar um sentimento e uma ligação entre as
pessoas que o apreciam. É um sentimento underground. É a ovelha negra da
música. É aquilo que atrai os 'mal vestidos'."
Cruzados
os 30 anos de carreira, Hetfield relembra o marcante concerto de aniversário
com muitos convidados especiais e já só anseia por mais dez anos. Questionado se
aquele evento foi o pico do seu percurso e quais os objectivos que agora persegue,
Heffield responde: "Quarenta anos. E espero que nessa altura não tenhamos
que convidar mais elementos antigos da banda. Aquelas quatro noites em 'casa'
foram mágicas."
E
a pergunta mais aguardada: para quando um sucessor de "Death
Magnetic" que já data de 2008? Não há qualquer dado conclusivo sobre o
assunto, mas Hetfield explica de onde pode vir a motivação. "O fuel virá de onde normalmente vem: da
vontade de fazer melhor. Continuar à procura do derradeiro
riff, do derradeiro som de guitarra, da derradeira letra, e tudo mais. É uma
busca sem fim, nunca ficamos satisfeitos. É isso e o gozo que tiramos de cuidar
das nossas vidas. Sentimo-nos abençoados."