Review - Queensrÿche - "Queensrÿche"
QUEENSRYCHE
“Queensrÿche”
[CD – Century Media]
Depois do vocalista Geoff Tate ter sido despedido
em Abril de 2012 e formado os seus próprios Queensrÿche, havendo neste momento
duas bandas com o mesmo nome, a primeira coisa a dizer aos leitores é a qual das
duas este trabalho pertence: “Queensrÿche” é o fruto de 3/5 da formação
original e o novo vocalista, Todd La Torre.
E depois de 30 anos com a mesma voz, as comparações
tornam-se inevitáveis e a segunda coisa a dizer é se La Torre é um substituto à
altura de Tate. Sim, é. Aliás, o timbre de voz é assustadoramente semelhante,
ao ponto de que talvez haja quem ponha a possibilidade de La Torre estar a
imitar Tate, mas não, este é o seu tom natural – uma rápida visita ao YouTube,
a vídeos de concertos com a sua banda anterior, Crimson Glory, são prova
irrefutável. Apenas o seu tom mais alto é ligeiramente mais agudo, talvez
não tão controlado como o de Tate, conforme regista “Redemption” por volta do
seu minuto 1:40. Nada de significativo, no entanto, pelo que os fãs não devem
temer pela performance ao vivo de
clássicos como “Eyes Of A Stranger” ou “Jet City Woman”.
Musicalmente, muitos concordarão que “Queensrÿche”
é o melhor álbum da banda na última década. Terminado o quase monopólio de Tate
na composição dos temas, Michael Wilton, Eddie Jackson e Scott Rockenfield
puderam, com a ajuda de La Torre e Parker Lundgren, realizar o que há muito
desejavam – recriar o som que caracterizava os Queensrÿche nos seus primeiros
anos/álbuns. As melodias fluidas de “Where Dreams Go To Die”, “Redemption” ou
“In The Light”, o progressivo harmonioso de “Vindication” e “Spore”, o ritmo
vivaz de “Fallout” e “Don’t Look Back” em oposição à sobriedade misteriosa de
“A World Without” e à melancolia de “Open Road”, são todos elementos que
constituem um álbum que, embora sem a grandiosidade de um “Empire” ou um
“Operation: Mindcrime”, tem a qualidade e requinte que traz os Queensrÿche de
volta às luzes da ribalta. [8/10] R.L.
Nota de estúdio:
produzido por James "Jimbo" Barton
Estilo: heavy
metal progressivo
Origem:
Seattle (E.U.A.)
Formação: 1982
Alinhamento:
1. “X2” (1:09)
2. “Where Dreams Go To
Die” (4:26)
3. “Spore” (3:25)
3. “In This Light”
(3:24)
4. “Redemption” (4:16)
5. “Vindication”
(3:26)
6. “Midnight Lullaby”
(0:56)
7. “A World Without”
(4:11)
8. “Don't Look Back”
(3:13)
9. “Fallout” (2:46)
10. “Open Road” (3:54)
Duração: 35 minutos
Elementos:
- Todd
La Torre (vozes)
-
Michael Wilton (guitarras)
- Eddie
Jackson (baixo)
- Scott
Rockenfield (bateria/percussão/orquestração)
- Parker Lundgren
(guitarras)
Discografia:
- "The
Warning" (CD - 1984)
- "Rage
for Order" (CD - 1986)
- "Operation:
Mindcrime" (CD - 1988)
- "Empire" (CD - 1990)
- "Promised
Land" (CD - 1994)
- "Hear In The Now Frontier" (CD - 1997)
- "Q2K" (CD
- 1999)
- "Tribe" (CD - 2003)
- "Operation:
Mindcrime II" (CD - 2006)
- "Take
Cover" (CD - 2007)
- "American
Soldier" (CD - 2009)
- "Dedicated To Chaos" (CD - 2011)
- "Queensrÿche" (CD - 2013)